Festival de Gramado 2015: “O Fim e os Meios”, Cintia Rosa e Pedro Brício
Por Maria do Rosário Caetano, de Gramado
Nesta foto, estão CINTIA ROSA E PEDRO BRÍCIO, protagonistas, junto com Marco Ricca, de O FIM E OS MEIOS, filme de MURILO SALLES, que integra a Mostra Competitiva do Fest Gramado. Ela, que tornou-se atriz nas montagens teatrais do COLETIVO NÓS DO MORRO (base do elenco de CIDADE DE DEUS, de Fernando Meirelles, no qual atua), protagonizou um dos episódios de CINCO VEZES FAVELA -AGORA POR NÓS MESMOS. Cris, sua personagem em O FIM E OS MEIOS, constitui sua estreia, para valer, como protagonista de um longa-metragem. Pedro, de 43 anos, que goza de grande prestígio no teatro carioca (como ator, diretor e dramaturgo) estreou no cinema em “A Falta que Nos Move”, de Cristine Jatahy. Cintia conquistou o Troféu Aruanda de melhor atriz no Festival do Audiovisual de João Pessoa, em dezembro passado. É forte candidata ao KIKITO, em Gramado.
Os dois tiveram intensa participação no debate do filme, na manhã de hoje (10-08-15), e BRÍCIO contou história tão absurda, que deve entrar para o folclore do cinema nacional. Seu personagem, PAULO Henrique MARTINS (qualquer coincidência com o Paulo Martins/Jardel Filho, de “Terra em Transe” não constitui mera coincidência) é um publicitário que vai prestar serviços como marqueteiro a um político que tenta reeleger-se para o Senado Federal (Emiliano Queiroz). Depois de um escândalo político que envolve dossiês e muito grana, ele necessita esconder-se. O fará na mata e no cume de alto prédio, que descortina ao fundo as praias da Zona Sul carioca. Pois não é que Murilo Salles pediu (será possível?) que ele dormisse, a título de laboratório, ao relento, na referida laje? O ator assegura que, ao cair da noite, subiu para o inóspito local. Lá permaneceu por algum tempo. Viu baratas zanzando e decidiu, sem que o diretor soubesse, cair fora e passar a noite num hotel. “Vi que não necessitava de experiência tão radical para interpretar Paulo Martins”.