Confira os vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

A décima quinta edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro reuniu grandes nomes do cinema nacional na noite de 4 de outubro, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. O filme “Que Horas Ela Volta?” foi o grande vencedor da noite, com sete troféus: Melhor roteiro original, Melhor montagem ficção, Melhor longa-metragem ficção (voto popular), Melhor atriz coadjuvante, Melhor atriz, Melhor direção e Melhor montagem ficção.

A premiação também teve destaque para “Chatô – O Rei do Brasil”, que levou cinco dos 12 prêmios a que estava indicado: Melhor roteiro adaptado, Melhor figurino, Melhor maquiagem, Melhor direção de arte e Melhor ator.

Com a participação ativa do público, que podia projetar mensagens no palco através da #GPdoCinema, a cerimônia foi comandada pelos atores Cris Vianna e Fabrício Boliveira, que anunciaram os vencedores em diversas categorias. Ao todo, 25 prêmios foram entregues a atrizes, atores, diretores e outros profissionais da indústria do cinema nacional, escolhidos exclusivamente pelos membros da Academia Brasileira de Cinema. O prêmio dos três escolhidos pelo Voto Popular, “O Sal da Terra”, em Melhor Longa-metragem Estrangeiro, ”Betinho, a Esperança equilibrista”, em Melhor Longa-metragem Documentário, e “Que Horas Ela Volta?”, em Longa-metragem Ficção, foram entregues por Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine.

Grande homenageado da noite, Daniel Filho comentou sua relação com o cinema desde a infância e agradeceu à academia. “Eu gosto é de ver cinema. Cinema sempre foi a minha vida. Aos sete anos, eu já matava aula para ir ao cinema. O cinema não tem preconceito, é democrático. O cinema faz, conta histórias. E o cinema está crescendo, está valendo. Nós não estamos usando o dinheiro do povo indiscriminadamente. Cada filme emprega no mínimo 600, 700 pessoas. O cinema dá identidade nacional”.

A homenagem foi comandada por Gregório Duvivier e teve a participação de Renato Aragão, Débora Bloch e Dênis Carvalho, que se destacaram na plateia para contar histórias curiosas vividas com o diretor. Durante o tributo, foram exibidas cenas de filmes de Daniel Filho, ao som de “Faz parte do meu show”, de Cazuza. A youtuber Kéfera Buchmann, protagonista de sua mais nova produção, o filme “É Fada!”, também participou, twittando uma mensagem ao diretor, projetada no palco: “Daniel, obrigada pela oportunidade de trabalhar ao seu lado”.

Outro momento de emoção foi a entrega do Prêmio Especial de Preservação (post morten) ao filho de Chico Moreira (1952-2016), Daniel Moreira. Chico atuou como fotógrafo, montador, pesquisador, conservador e restaurador cinematográfico, sendo um dos precursores da restauração e da utilização de imagens de arquivo em novas obras audiovisuais no Brasil.

O prêmio teve a participação das trans Gisele Almodovar (alter ego do ator Silvero Pereira, do elogiado “BR Trans”) e Valéria Houston, ao lado do cantor Matheus VK,  na homenagem musical a Chico Buarque, tema do documentário “Chico – Artista Brasileiro”, de Miguel Faria Jr., vencedor na categoria Melhor longa-metragem documentário. Outra homenageada foi à cantora Cássia Eller. No palco, diversas fãs fizeram uma performance ousada, com os seios de fora, ao lado da atriz Tacy de Campos, que já encarna a cantora nos palcos.

Dirigida pela primeira vez por Rafael Dragaud, a cerimônia se encerrou com a entrega do troféu mais aguardado da noite, Melhor longa-metragem ficção, pelo vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Peregrino, consagrando “Que Horas Ela Volta?”. Com toda equipe presente no palco, Anna Muylaert agradeceu à equipe, em especial a Regina Casé (vencedora na categoria Melhor atriz).

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