Marcha Cega

Sérgio Silva, fotógrafo, saiu de casa para trabalhar no dia 13 de junho de 2013, na cobertura de uma manifestação contra o aumento das tarifas do ônibus. Voltou cego para casa. A história dele é uma das contadas no documentário Marcha Cega, que retrata a violenta repressão estatal nas manifestações em São Paulo.

O filme tem depoimentos do vereador Eduardo Suplicy, do tenente-coronel reformado da PM Adilson Paes e Souza, de um dos mais importantes especialistas em segurança pública do país Luiz Eduardo Soares, entre outras vítimas e especialistas que acrescentam à discussão temas como a desmilitarização da polícia e a democratização real da segurança pública.

A narrativa linear acompanha as reivindicações acontecidas na capital paulista, nos anos de 2013 a 2017. Com depoimentos das vítimas alternados com as imagens dos protestos, o diretor Gabriel Di Giacomo expõe a dificuldade de filmar as ações policiais.

Em 2018, o filme foi exibido no festival Cine PE, em Recife, e selecionado para o Media Library do festival suíço Visions du Réel.

Marcha Cega foi produzido pela Salvatore Filmes e tem distribuição da Elo Company. O filme estreia dia 27 de setembro, em 20 salas de 19 cidades do país, pelo Projeta às 7, parceria da Cinemark com a Elo Company que abre uma nova janela para o cinema nacional. E, no dia 1º de outubro, às 19h acontece uma sessão do filme seguida de debate, no Cinemark do Shopping Eldorado, com a presença do diretor do documentário Gabriel Di Giacomo e dos entrevistados Adilson Paes de Souza, Sérgio Silva e Micaela Cyrino, artista visual também vítima PMESP durante das manifestações de 2013.

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