Circuito de Cinema Infantil abre inscrições para profissionais da educação e cinema

Estão abertas as inscrições para o Circuito de Cinema Infantil 2021. Este ano, o evento comemora a décima edição com programação especial para profissionais da educação e interessados em cinema e infância, entre os dias 14 e 19 de junho. O evento terá oficinas de audiovisual e animação, conversas com intelectuais renomados do Brasil para debater a representatividade das diferentes infâncias brasileiras nas telas e ainda exibição do aclamado longa Liyana, obra premiada dos diretores Aaron e Amanda Kopp, gratuita e acessível em LIBRAS e audiodescrição.

O Circuito de Cinema Infantil começou como uma ação complementar da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, um dos principais eventos do gênero no país. Foi criado com o propósito de democratizar o acesso aos filmes exibidos na mostra e hoje se consolida como um projeto que apoia profissionais da educação por meio de formação e do fortalecimento do audiovisual como recurso educativo. Em 2020, com a pandemia, o evento teve a primeira edição virtual, com cursos de formação, debates e exibição de curtas. Depois do recorde de público, o Circuito terá mais uma vez uma programação on-line e robusta em 2021.

Entre os dias 14 e 17 de junho, o Circuito promove duas formações práticas para professores, professoras e profissionais interessados em cinema e educação. A primeira será no dia 14, com o Coletivo Móbile Educacional. O grupo apresenta a oficina O audiovisual em contextos educativos: a construção do olhar, que apresenta possibilidades para inspirar práticas educativas por meio do audiovisual. Esse workshop é dividido em duas partes, ministradas nos turnos matutino e vespertino.

De Santa Catarina, o Coletivo Móbile Educacional é formado pelas educadoras e pesquisadoras Juliana Müller, Lídia Coutinho, Karine Joulie e Silviane Avila. O grupo se dedica à formação de educadores no contexto da cultura digital.

Nos dias 15, 16 e 17, no período matutino, ocorre a Oficina de Animação, com o Instituto Marlin Azul. A proposta é ensinar o passo a passo da produção de um curta-metragem e da técnica stop motion, além de promover um exercício de experimentação de animação livre usando um aplicativo.

O Instituto de Desenvolvimento Social e Gestão de Produção Cultural, Artística e Audiovisual Marlin Azul é uma ONG capixaba que desenvolve ações sociais comprometidas com a cultura, a arte e a educação por meio da democratização do acesso aos bens audiovisuais.

As inscrições para as oficinas e conversas do Circuito seguem abertas até a abertura do evento (dia 14) e dão direito a certificado mediante participação de no mínimo 10 horas de programação. Podem ser feitas pelo site https://www.mostradecinemainfantil.com.br/circuito. Serão transmitidas ao vivo pelo no YouTube da mostra e também ficarão disponíveis no canal para quem não puder acompanhar na hora.

As múltiplas infâncias do Brasil — dos povos indígenas, dos ribeirinhos, das crianças do interior, das áreas rurais e urbanas, entre tantas outras — serão debatidas ao longo de cinco dias durante o Circuito, sempre com a participação de convidados especiais. A abertura no dia 14 será sobre Pandemia, escola e outros agentes da educação, com a presença da socióloga Helena Singer, vice-presidente da Ashoka para América Latina e membro do Conselho Municipal de Educação de São Paulo. Também participam Maria Thereza Marcílio, presidente da Avante Educação e Mobilização Social, e representantes da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis.

Na terça (15), a conversa será sobre Povos indígenas: conhecer, respeitar e se encantar, com a presença da professora e antropóloga Jozileia Kaingang, do escritor e líder indígena André Baniwa e da antropóloga e cineasta Rita da Silva. Na quarta (16), os convidados Mayana Nunes, doutoranda em Antropologia Social; Anderson Lima, cineasta e educador; e Roselete Aviz, doutora em educação, debatem o tema Descolonizando Olhares.  No dia 17, a conversa será sobre Imagem, Infância e Cultura Popular, com a participação dos produtores e diretores do documentário Território do Brincar, Renata Meirelles e David Reeks. Eles farão uma retrospectiva do projeto. O doutor em educação e representante da Secretaria Municipal de Educação Nado (Reonaldo) Manoel Gonçalves, figura reconhecida em Florianópolis pelo trabalho com cultura popular, também é convidado.

O encerramento do ciclo de conversas será na sexta (18), com um papo sobre Séries de animação para todas as infâncias. Aída Queiroz, diretora de animação da série Mulheres Fantásticas e também diretora do Anima Mundi participa ao lado de Hygor Amorim, criador e diretor da série de animação infantil Mytikah – O Livro dos Heróis, e Renato Noguera, roteirista e pesquisador de infância, roteirista, compositor do Projeto multimídia Nana & Nilo.

As conversas serão transmitidas ao vivo pelo YouTube da Mostra e ficarão disponíveis no canal para quem quiser assistir depois.

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