Perspectiva do cinema brasileiro

Por Maria do Rosário Caetano

“Tô Ryca 2”, comédia protagonizada pela atriz Samantha Schmütz, chega nessa quinta-feira, 3 de fevereiro, aos cinemas. Vem somar-se à “Turma da Mônica – Licões” (740 mil espectadores), “Marighella” (330 mil), “Eduardo e Mônica” (240 mil) e “Juntos e Enrolados” (220 mil) em tentativa de compor safra na qual se deposita esperança de reencontro da produção brasileira com seu público. Afinal, a relação deteriorou-se ao longo dos dois anos de epidemia e três de desmonte de políticas governamentais para o audiovisual.

Depois de manter, na década passada, média de 15% do market share, a queda verificada em 2020 e 2021 foi aterradora: menos de 3%. Muito pouco para cinematografia que, nos tempos da Embrafilme, chegou a ocupar mais de um terço de seu mercado interno. E que, na era FHC e Lula, almejou meta de 25%. Em 2003 chegou-se a quase 22% com safra encabeçada por “Carandiru”, “Lisbela e o Prisioneiro” e “Os Normais”.

O ano que chega agora ao seu segundo mês, mesmo com a variante ômicrom, não parece desanimador, a julgar-se pelo quadro de estreias prometidas. Há dezenas de títulos pré-agendados. Só a atriz Glória Pires encabeça dois elencos – o suspense “A Suspeita”, de Pedro Peregrino, e a comédia “Vovó Ninja”, de Bruno Barreto – e divide o protagonismo com Maísa em “Desapega”, de Hsu Chien.

Órfã de seu Midas, o ator e roteirista Paulo Gustavo (1978-2021), que vendeu milhões de ingressos com a trilogia “Minha Mãe é uma Peça”, a comédia brasileira tenta reerguer-se depois da fase mais aguda da pandemia.

Edmilson Filho, sob direção de Halder Gomes, protagoniza “Bem-Vindo a Quixeramobim”, Leandro Hassum, “Vizinhos”, Cacau Protásio, “Barraco de Família”, Lázaro Ramos, “Papai é Pop”, Cleo Pires e família, a comédia policial “Me Tira da Mira”, Fábio Porchat, “O Palestrante”, Fabiana Karla, “Uma Pitada de Sorte”, Rodrigo Sant’Anna, “Os Suburbanos”. E um dos reis da comédia, o cineasta Roberto Santucci, marca sua volta com “Quatro Amigas Numa Fria”. E o faz em alto estilo. Em Bariloche, no inverno, colocando para esquiar e viver aventuras inesperadas as atrizes Maria Flor (“Diabo a 4”), Priscila Assum (“Como Nascem os Anjos”), Fernanda Paes Leme (“Pode Crer”) e Micheli Machado (em sua estreia como protagonista). No time masculino, Robson Nunes, Marcelo Saback e Charles Paraventi. Na retaguarda, a produtora Gullane, dos irmãos Fabiano e Caio, de filmes importantes como “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi.

“Vovó Ninja”, de Bruno Barreto

No terreno infantil, há três promessas. Duas têm tudo para atingir grandes plateias – “DPA 3”, de Mauro Lima, pois os Detetives do Prédio Azul (1 e 2) levaram média de dois milhões de espectadores, cada um, aos cinemas, e “Pluft, o Fantasminha”, o aguardadíssimo filme de Rosane Svartman, que finalmente desencantou.

“DPA” está previsto para o feriado de 21 de abril. O Fantasminha Camarada, para as férias (14 de julho). Além da peça teatral de Maria Clara Machado, um clássico de nossa dramaturgia, que lhe deu origem, o filme de Rosane Svartman, realizado em 3D, vem escorado em sofisticados efeitos especiais. Tão sofisticados que farão a primeira versão (de Romain Lesage, 1962) parecer um filme do século XIX.

A terceira atração infantil – “Tarsilinha”, animação da dupla Célia Catunda e Kiko Mistrorigo – conta, para crianças, a história da pintora Tarsila Amaral (1886-1973), nome da linha de frente da arte moderna brasileira. Sua estreia estava prevista para 10 de fevereiro, portanto às portas do centenário da Semana de Arte Moderna, ocorrida entre 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal paulistano. Mas o lançamento foi remarcado para 17 de março. O desenho da dupla de animadores é de grande beleza e, claro, inspirado nos trabalhos da criadora do “Abaporu”, “Manacá”, “A Cuca” e de tantas obras que marcaram o imaginário iconográfico brasileiro.

“Tarsilinha”, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo

Outro filme que teve sua estreia adiada foi “O Predestinado”, de Gustavo Fernández, sobre José Arigó (1921-1971), médium mineiro (atuante em Congonhas do Campo), que – segundo a crença popular – fazia cirurgias espirituais e curava enfermidades para as quais a medicina não encontrava solução. Com Danton Mello no papel principal e Juliana Paes como sua esposa, o filme estreia dia 25 de agosto, data de lançamento de muitos sucessos nacionais. Recomenda-se, até, que o filme tenha pré-estreia vesperal (ou na madrugada) no Festival de Gramado. Foi assim com “2 Filhos de Francisco”, que estourou nas bilheterias.

No terreno do filme-evento, a pedida é “Eike – Tudo ou Nada”, projeto da produtora Mariza Leão, que vai narrar apogeu e queda do empresário Eike Batista, a partir do livro de Malu Gaspar. O filme está previsto para 18 de agosto, portanto, uma semana antes de “O Predestinado”.

Em setembro, chega a hora e vez de produção que uniu Brasil e Itália – “Duetto”, de Vicente Amorim, produzido por Rita Buzzar (de “Olga”). Com elenco italiano (Giancarlo Giannini, Elizabetta de Palo e Michele Morrone) e brasileiro (Marieta Severo, Luisa Arraes, Maeve Jinkings, Gabriel Leone e Rodrigo Lomardi), o filme, situado na década de 1960, foi rodado em São Paulo e na cidade de Forte dei Marmi, na Toscana. E, entre os personagens peninsulares há um cantautore (cantor-autor), pois nos sixties, a canção italiana corria mundo e o Festival de San Remo era vitrine das mais poderosas.

No terreno das curiosidades, uma salta aos olhos: “O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh”, de Claudia Mattos, que a distribuidora Pipa promete colocar nos cinemas no dia 26 de maio. Como sabem alguns, o líder do povo vietnamita, que derrotou a maior potência do mundo – os EUA – em guerra que ceifou milhões de vidas e cobriu florestas de napalm, viveu curiosa passagem pelo Brasil. Isso aconteceu em 1910 e ele era cozinheiro de um navio. Doente, foi abandonado na então capital brasileira e, para sobreviver, exerceu, ao que parece, o ofício de garçon num restaurante. Bem, a história é meio nebulosa. O filme deve tentar iluminá-la. Ho Chi Minh nasceu em 1890 e foi registrado com o nome civil de Nguyen Sinh Cung, na Indochina, colônia francesa (que agrupava os atuais Laos, Camboja e Vietnã). Ele morreu em 1969.

“O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh”, de Claudia Mattos

A Pipa lançará, também, “Lima Barreto, Ao Terceiro Dia”, de Luiz Antônio Pilar”, sobre o grande escritor carioca, autor de “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”. A estreia está prevista para 23 de junho.

Os 90 anos de Ziraldo serão comemorados em outubro. Nesse mês deve ser lançado o documentário “Ziraldo – Era uma Vez um Menino…”, de Fabrizia Pinto, escrito por Fernanda Polacow e Júlia de Abreu. Ao longo de 100 minutos, e pela voz de Ziraldo, em depoimentos colhidos ao longo de quatro décadas, acompanha-se a trajetória do incansável cartunista, escritor e jornalista mineiro, que ajudou a fundar o Pasquim e criou a Turma do Pererê e o Menino Maluquinho.

Os fãs da Jovem Guarda têm encontro marcado com Celly Campelo na cinebiografia “Um Broto Legal”. Na direção do filme, o experiente cineasta paulista Luiz Alberto Pereira, diretor do irreverente “Jânio a 24 Quadros” e do ótimo “Tapete Vermelho” (com Matheus Nachtergaele e Gorete Milagres dialogando com Mazzaropi e senhora). Para interpretar o broto de Taubaté, Luiz Alberto escalou a jovem Marianna Alexandre. O mano Tony foi recriado por Murilo Armacollo.

“Tô Ryca 2”, de Pedro Antônio

Muitos estranharão a presença de Ana Paula Arósio – hoje com 46 anos e afastada da TV, do teatro e do cinema – no elenco de um filme, caso de “Primavera”, que só agora chega aos cinemas. O estranhamento passará ao vermos mais dois outros nomes presentes no elenco – o de Ruth Escobar (1935-2017) e o de Ruth de Souza (1921-2019). Concluímos, claro, tratar-se de filme inacabado por muitos anos e que, só agora, foi finalizado. O diretor Carlos Porto de Andrade Jr. confirma. Portanto, Ana Paula Arósio continua em seu retiro artístico. “Primavera” consumiu 20 anos em sua feitura. A atriz não chegara, portanto, aos 30 anos, quando filmou sua participação no longa, que acabou recorrendo a materiais de arquivo em sua montagem.

Dos muitos projetos audiovisuais anunciados depois da morte do cantor Belchior (1946-2017), o primeiro a ficar pronto é “Apenas um Coração Selvagem”, documentário de Camilo Cavalcanti e Natália Dias, com roteiro de Paulo Henrique Fontenelle. O filme – explica Camilo – “foi construído essencialmente com material de arquivo, a partir de incansável pesquisa de Isabela Mota e de laborioso trabalho de licenciamento da produtora Letícia de Souza Barbosa, que nos trouxeram pérolas capazes de enriquecer nossa construção narrativa”.

“Apenas um Coração Selvagem” fará o circuito de festivais, nos próximos meses e, depois, cuidará de seu lançamento. Contando, na retaguarda, com a contribuição do ator e performer Silvero Pereira, o “Lunga” do filme “Bacurau”, conterrâneo de Belchior. Ele participa do filme interpretando poemas e letras do compositor cearense.

A Gullane Filmes tem uma dezena de produções para lançar ao longo deste ano. A maior delas é o longa “O Traidor”, de Marco Bellocchio, fruto de parceria Itália-Brasil, com elenco encabeçado por Pierfrancesco Favini e Maria Fernanda Cândido. Por causa da pandemia, Fabiano e Caio Gullane resolveram guardar o filme – elogiadíssimo pela revista Cahiers du Cinéma – para momento mais seguro. A estreia deve ocorrer em março ou abril. E, nos meses seguintes, virão: “Incompatível”, de Johnny Araújo, “Vida que Resta”, de Flávio Botelho, “O Marinheiro das Montanhas” e “Nardjes”, ambos de Karim Aïnouz, “As Verdades”, de José Eduardo Belmonte, “Aldeotas”, de Gero Camilo, entre outros.

Apesar do centenário da Semana de 22 estar em seu mês exato, não há previsão de lançamento de “Por Onde Makunaíma?”, de Rodrigo Séllos, vencedor do Festival de Brasília, 14 meses atrás. Não há, também, previsão de lançamento para outros filmes que venceram importantes festivais brasileiros.

 

LANÇAMENTOS COM DATAS PREVISTAS:

FEVEREIRO

Nessa quinta-feira, 3:

. “Tô Ryca 2”, de Pedro Antônio. Comédia com Samantha Schümtz, Katiuscha Canoro, Fiorella Mattheis, Marcelo Melo Jr, Anderson Di Rizzi, Rafael Portugal, Charles Paraventi – Selminha, a personagem de Samantha Schmütz, volta à pobreza, depois de provar o bem-bom da fartura financeira.

Dia 17:

. “Primavera”, de Carlos Porto de Andrade Jr (Brasil, 2002-2022). Com Ana Paula Arósio, Ruth de Souza, Ruth Escobar, Marília Gabriela.

. “Rio das Vozes”. Documentário de Andrea Santana e Jean-Pierre Duret. Produção baiana sobre o Rio São Francisco, que banha terras semi-áridas do sertão brasileiro.

. “A Jaula”, de João Wainer. Suspense com Chay Suede, Alexandre Nero e Mariana Lima.

MARÇO

Dia 17:

. “A Espera de Liz”, de Bruno Torres. Com Simone Iliescu, Rosane Mulholand, Bruno Torres e Túlio Starling. Primeiro longa-metragem do ator brasiliense Bruno Torres.

. “Me Tira da Mira”, de Hsu Chien. Comédia policial com Cleo Pires, Fábio Jr, Fiuk, Sérgio Guizé, Regiana Antoni, Gessica Kayane e Vilma Melo.

. “Vale Night”, de Luís Pinheiro. Comédia romântica escrita por Caco Galhardo e Renata Martins. Com Gabriela Dias, Yuri Marçal, Linn da Quebrada, Pedro Ottoni, Brenda Lígia, Neusa Borges, Jonathan Haagensen, Barroso.

. (*) “O Traidor”, de Marco Bellocchio (Itália-Brasil). Drama sobre o mafioso Tommaso Buscetta. Com Pierfrancesco Favino, Maria Fernanda Candido, Luigi Lo Cascio, Marilina Marino, Fausto Alesi. (Março ou abril)

Dia 31:

. “O Palestrante”, de Marcelo Antunez. Comédia protagonizada por Fábio Porchat. Com Dani Calabresa, Letícia Lima e Maria Clara Gueiros.

. “Pajeú”, ficção de Pedro Diógenes (Ceará)

ABRIL

Dia 7:

. “Mar de Dentro”, de Dainara Toffoli. Drama com Monica Iozzi, Rafael Losso, Gilda Nomacce, Zécarlos Machado, Fabiana Gugli.

Dia 14:

. “Medida Provisória”, de Lázaro Tamos. Drama com toques de ficção científica (baseado na peça “Namíbia, Não!”, de Aldri Anunciação). Com Taís Araújo, Alfred Enock, Seu Jorge. Adriana Esteves, William Russell, Emicida, Renata Sorrah, Flávio Bauraqui, Jéssica Ellen.

. “Um Broto Legal”, de Luiz Alberto Pereira – Cinebiografia da cantora Celly Campello (1942-2003). Com Marianna Alexandre e Murilo Armacollo.

. “A Suspeita”, de Pedro Peregrino. Suspense com Glória Pires (melhor atriz no Festival de Gramado 2020), Gustavo Machado, Julia Gorman, Charles Fricks.

Dia 21:

. “Aos Nossos Filhos” (Brasil-Portugal), de Maria de Medeiros. Drama com Marieta Severo, Laura Castro, José de Abreu, Claudio Lins, Ricardo Pereira, Antônio Pitanga, Aldri Anunciação, Denise Crispim e Marta Nóbrega.

. “DPA 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo” (Detetives do Prédio Azul), de Mauro Lima – Aventura infanto-juvenil, com Letícia Braga, Pedro Henrique Motta, Anderson Lima, Klara Castanho e Alexandra Richter.

. “Nunca Fomos Tão Modernos”, de Gustavo Coelho Moretzsohn. Com Letícia Spiller, Duda Azevedo. Lucinha Lins e Guga Moretzsohn.

Dia 28:

. “Sol”, de Lô Politi. Drama road movie com Rômulo Braga, Malu Landin e Everaldo Pontes.

. (*) “Incompatível”, de Jonhnny Araújo. Com Nathalia Dill, Gabriel Louchard, Giovanna Lancellotti, Gabriel Godoy, Patrycia Travassos. (Abril)

MAIO

Dia 5:

. “Pureza”, de Renato Barbieri. Drama biográfico com Dira Paes, Matheus Abreu, Mariana Nunes, Cláudio Barros, Sérgio Sartório e Flávio Bauraqui.

Dia 12:

. “45 do Segundo Tempo”, de Luiz Villaça. Com Tony Ramos, Denise Fraga, Cássio Gabus Mendes.

. “Águas Selvagens” (Argentina, Brasil), de Roly Santos. Com Mayana Neiva, Roberto Birindelli, Mário José Paz.

Dia 19:

. “Uma Pitada de Sorte”, de Pedro Antônio. Comédia com Fabiana Karla, Jandira Martini, Mouhamed Harfouch

. “Quatro Amigas numa Fria”, de Roberto Santucci. Comédia filmada em Bariloche, na Argentina. Com Maria Flor, Priscila Assum, Fernanda Paes Leme, Micheli Machado, Robson Nunes, Marcelo Saback e Charles Paraventi.

. “Um Dia Qualquer”, de Pedro von Krüger. Drama com Pablo Barros, Augusto Madeira, Mariana Nunes, Tainá Medina.

. “A Felicidade das Coisas”, de Thaís  Fujinaga (São Paulo)

Dia 26:

. “O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh”, de Claudia Mattos. Documentário sobre a passagem, na juventude, de Nguyen Sinh Cung (1890-1969), o futuro líder vietnamita Ho Chi Minh pelo Brasil, onde trabalhou em restaurante carioca e fez contato com trabalhadores.

. “Vovó Ninja”, de Bruno Barreto. Roteiro de Rodrigo Goulart e Bruno Acioly. Com Glória Pires, Angelo Vital, Luiza Salles, Michel Felberg, Leandro Ramos, Dadá Coelho, Thiago Justino, Luiza Nery , Matheus Ceará, Pedro Miranda, Miguel Lobo e Cleo Pires.

. (*) “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Ainouz (Brasil, Argélia, Alemanha, França) – Documentário autobiográfico. O cineasta cearense vai à Argélia em busca de parentes do lado paterno. (Maio)

JUNHO

Dia 2:

. “Café, Pépi e Limão”, de Adler Paz e Pedro Léo Martins. Produção baiana com João Vitor Souza, Mary Nascimento, Leonardo Lacerda.

 

 

Dia 9:

. “Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem”. Documentário de Nayara Ney (Pernambuco/Rio)

Dia 16:

. “Nada É Por Acaso”, de Márcio Trigo. Com Rafael Cardoso, Giovana Lancellotti, Werner Schumann, Tiago Luz.

Dia 23:

. “Lima Barreto ao Terceiro Dia”, de Luiz Antônio Pilar. Drama protagonizado pelo ator Luis Miranda, que interpreta o escritor Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), na fase em que esteve internado no manicômio. Baseado em peça de mesmo nome. Com Sidney Santiago, Orã Figueiredo, Fernando Santana.

. (*) “As Verdades”, de José Eduardo Belmonte. Com Lázaro Ramos, Bianca Bin, Drica Moraes, Edvana Carvalho, Thomás Aquino, Zécarlos Machado (Junho ou julho)

JULHO

Dia 14:

. “Pluft, o Fantasminha”, de Rosane Svartman. Fantasia infantil em 3D, adaptada da peça homônima de Maria Clara Machado. Com Lola Belli, Lucas Salles, Hugo Germano, Fabiula Nascimento, Gregório Duvivier, Juliano Cazarré, Cleber Salgado, Arthur Aguiar.

. “Rua Guaicurus”, de João Borges. (Minas Gerais)

AGOSTO

Dia 4:

. “Os Suburbanos”, de Luciano Sabino. Comédia com Rodrigo Sant’Anna, Carla Cristina Cardoso, Babu Santana, Nando Cunha, Isabela Marques, Tadeu Mello, Mariah da Penha, Wagner Trindade, Tiago Abravanel, Paulo Cesar Pereio, Cristiana Oliveira, Antônio Fragoso.

Dia 18:

. “Eike – Tudo ou Nada”, de Mariza Leão e Tiago Rezende. Roteiro de Andradina Azevedo e Dida andrade. Com Nelson Freitas, Carol Castro, Thelmo Fernandes, Marcelo Valle. Cinebiografia baseada no livro de Malu Gaspar.

Dia 25:

. “O Predestinado”, de Gustavo Fernández. Cinebiografia do médium José Arigó. Com Danton Mello, Juliana Paz, Marco Ricca, Alexandre Borges, Cássio Gabus Mendes, Marcos Caruso, James Faulkner, Antônio Saboia, Ravel Cabral, Matheus Fagundes.

. “Marte Um”, ficção de Gabriel Martins (Minas Gerais)

SETEMBRO

 

Dia 22:

. “Desterro”, de Maria Clara Escobar (Brasil, Portugal, Argentina)

Dia 29:

. “Duetto”, de Vicente Amorim (Brasil-Itália). Produção de Rita Buzzar. Drama filmado em São Paulo e na Toscana. Com Giancarlo Gianini, Marieta Severo, Michele Morrone, Luisa Arraes, Gabriel Leone, Elisabeta de Palo, Maeve Jinkings, Rodrigo Lombardi.

. “O Mágico di Ó”, de Pedro Vasconcelos. Aventura inspirada no musical “O Mágico de Oz” e adaptada, em ritmo de cordel, à realidade brasileira. Com Luiza Porto, Vitor Rocha, Elton Toweresey, Lui Vizotto, Thiago Sak, Renata Versolato, Diego Rodda.

OUTUBRO

Dia 13:

. “Fé e Fúria”, documentário de Marcos Pimentel (Minas Gerais)

NOVEMBRO

 

Dia 3:

. “Kevin”, de Joana Oliveira (Brasil, África)

Dia 24:

. “Nas Ondas da Fé”, de Felipe Joffily. Comédia com Marcelo Adnet, Letícia Lima, Otávio Muller, Roberta Rodrigues, Márcio Vito, Gregório Duvivier, Orã Figueiredo, Ernani Moraes, Marcos Veras, Stepan Nercessian, Érico Brás.

DEZEMBRO

Dia 1:

. “Os Aventureiros – A Origem”, de André Pelenz. Filme baseado em série homônima com Lucas Neto, o influenciador de milhares de crianças brasileiras e lusitanas.

. “Breve História do Planeta Verde”, de Santiago Loza (Brazil, Argentina)

Dia 29:

“Minha Irmã e Eu”. Com Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. As duas comediantes se unem para protagonizar comédia capaz de repetir sucessos da primeira, uma das recordistas brasileiras de público.

DATA A DEFINIR:

. “Belchior – Apenas um Coração Selvagem”, de Camilo Cavalcanti e Natália Dias. Roteiro da dupla, em parceria com Paulo Henrique Fontenelle, de “Cássia” (sobre Cássia Eller), também montador. O filme conta com a participação especial do ator Silvero Pereira. Antes da estreia comercial, o filme percorrerá o circuito de festivais do primeiro semestre.

. “Carro Rei”, de Renata Pinheiro. Híbrido de ficção científica e drama sócio-ambiental. Com Matheus Nachtergaele, Luciano Pedro Jr, Julia Elting, Clara Pinheiro, Tavinho Teixeira. Vencedor do Festival de Gramado de 2021.

. “Por Onde Anda Makunaíma?”, de Rodrigo Séllos. Documentário vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2020.

. “Saudade do Futuro“, de Ana Azevedo (Brasil, Portugal, África Lusitana). Documentário. Vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2021.

. “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira. Híbrido de cinema fantástico, horror, thriller psicológico e sátira política. Com Lara Tremouroux, Mari Oliveira, Bruna Linzmeyer, Felipe Frazão, Thiago Fragoso. Vencedor do Festival de Cinema do Rio de Janeiro 2021.

. “Os Arrependidos”, de Ricardo Calil e Armando Antenore. Documentário sobre presos políticos que, sob tortura, se “arrependeram” de sua militância política. Vencedor do Festival É Tudo Verdade 2021.

. “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto. Documentário gaúcho, vencedor do CineCeará (Festival de Cinema Ibero-Americano) 2021.

. “Aldeotas”, de Gero Camilo. Recriação cinematográfica da peça teatral escrita pelo ator e dramaturgo cearense-paulista Gero Camilo, em 2004. Com Marat, Claudio Jaborandy e Gero Camilo.

. “O Pai da Rita”, de Joel Zito Araújo. Comédia com Ailton Graça, Jéssica Barbosa, Wilson Rabelo, Elisa Lucinda, Paulo Betti, Léa Garcia, Eduardo Silva, Sidney Santiago, Francisco Gaspar.

. “Jesus Kid”, de Aly Muritiba. Com Paulo Miklos, Sérgio Marrone, Maureen Miranda, Leandro Daniel, Luthero de Almeida e Tadeu Mello. Baseado em livro de Lourenço Mutarelli. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado 2021.

. “Urubus”, de Cláudio Borelli. Com Gustavo Garcez, Bella Camero, Leonardo Muniz, Julio Martins, Matias Antonio, Bruno Santaella, Ana Paula Bouzas, Robert Orlando. Prêmio da Crítica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2021.

. “Ziraldo – Era Uma Vez Um Menino…”, de Fabrizia Pinto. Documentário de longa-metragem que integrará calendário de festejos dos 90 anos do artista, que acontecerão em outubro.

. “Che – Memórias de Um Ano Secreto”, de Margarita Hernandez (Brasil, Cuba, República Tcheca). Longa documental que revela por onde andou Ernesto Guevara de la Serna, no período (parte de 1965/66) em que ninguém sabia onde ele se encontrava).

. “Soldados da Borracha”, de Wolney Oliveira. Documentário de longa-metragem sobre trabalhadores nordestinos que foram colher látex na Amazônia em esforço de guerra empreendido pela ditadura Vargas. Prêmio Margarida de Prata da CNBB.

. “Vida que Resta”, de Flávio Botelho. Com Denise Weinberg e Cacá Amaral. Produção da Gullane Filmes.

One thought on “Perspectiva do cinema brasileiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.