“Para Onde Voam as Feiticeiras” entra no circuito comercial

Foto © Henrique Hennies

Chega em circuito nacional, no dia 31 de agosto, “Para Onde Voam as Feiticeiras”, documentário híbrido com direção coletiva assinada por Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral. Através de interações com transeuntes, improvisos cênicos e rodas de conversa, o filme entrelaça realidade e ficção para discutir a marginalização de diferentes grupos na sociedade. O longa tem produção da Aurora Filmes, coprodução da Cisma Produções e distribuição da Descoloniza Filmes.

“Para Onde Voam as Feiticeiras” tem a narrativa centralizada em sete personagens LGBTQIA+, as artistas-ativistas autodenominadas “manas”: Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thatha Lopes e Wan Gomez. Apesar da direção assinada pelo trio de cineastas, o filme precisou ser construído horizontalmente, em conjunto com as personagens centrais, para que atendesse fielmente à proposta. Como forma de amplificar vozes frequentemente silenciadas, as manas transformam o centro de São Paulo em um palco aberto para a troca de ideias, talentos e revoltas pessoais. O resultado é um grande encontro de personagens de mundos diferentes, que ora se chocam e entram em contradição, ora se apaziguam e se aliam.

Para enriquecer o debate sobre a interseccionalidade dos movimentos e a formação de alianças políticaso filme conta com a participação especial de importantes personalidades. Entre elas, Judith Butler, filósofa reconhecida internacionalmente por obras que revolucionaram os estudos de gênero; Carmen Silva, líder do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC); Helena Vieira, pesquisadora e professora de gênero e sexualidade; nia Barbosa (em guarani: Ara Mirim), ativista indígena da terra do Jaraguá; e os deputados federais eleitos pelo PSOL Erika Hilton e o Pastor Henrique Vieira. 

Depois da estreia nacional na 9ª edição do Festival Olhar de Cinema de Curitiba, o longa passou por diversos festivais e mostras competitivas, onde venceu como Melhor Filme no Festival Queer Porto; Melhor Filme (voto popular) e Melhor Direção no Rio Festival LGBTQIA+; Melhor Direção e Melhor Filme (júri técnico) no Festival de Vitória; e Melhor Direção Longa Nacional no Santos Film Fest. Também esteve nas seleções oficiais do 23º Festival de Documentários de Montreal, 42º Festival de Havana, Chicago Change Fest 2021 e La Fête du Slip (Lausanne, Suíça).

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