Mostra SP exibe retrospectiva Antonioni, homenageia Kusturica e festeja a “Saudosa Maloca” de Adoniran

Foto: “Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano

Por Maria do Rosário Caetano

“Ela voltou!” Foi com essa exclamação – pronunciada em tom de exultante alegria – que Renata Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, anunciou o regresso da septuagenária Petrobras à condição de patrocinadora do maior festival de cinema do país.

O evento paulistano, que acontecerá de 19 de outubro a primeiro de novembro, em 24 salas e centros culturais, exibirá 360 filmes vindos de 96 países. Sessenta deles são brasileiros. E prestará tributo a Michelângelo Antonioni, com retrospectiva composta de 23 filmes. Uma obra plástica do artista peninsular é o leitmotiv de todo material visual da Mostra.

E por que festejar uma empresa de petróleo, se à coletiva de imprensa (realizada no sábado, 7 de outubro, no Espaço Augusta) compareceram parceiros históricos do festival, como o Sesc SP, o Itaú Cultural, a Spcine-Prefeitura Municipal e o Governo de São Paulo, agora – em tempos ultra-neoliberais – representado pela Desenvolve SP?

A razão é, admitamos, meritória: a empresa, que produz petróleo e gás, está festejando seus 70 anos e quis ser mais que uma patrocinadora. Fez questão de retomar parceria, interrompida no governo Bolsonaro, em grande estilo. Tanto que vai transformar o território do telão externo da Cinemateca Brasileira no “Espaço Petrobras”.

Um espaço ao relento, sujeito a chuvas e trovoadas?

Não! Muito pelo contrário. Das falas de Milton Bittencourt Neto, endossadas por Renata Almeida, deduzimos que o investimento no “Espaço Petrobras” será de arromba.

Primeiro, ele será coberto com zelo para evitar chuvas e ventanias inesperadas. Segundo, contará com 800 lugares. E terceiro: será o coração dos festejos cinematográficos da quadragésima-sétima edição da maratona paulistana.

Além da noite inaugural, que troca o Auditório Itaú do Ibiraquera pelo novo Espaço Petrobras, será servido cardápio dos mais variados e festivos. Tudo começará com a exibição (para convidados) do grande vencedor da Palma de Ouro, “Anatomia de uma Queda”, de Justine Triet. Depois, o local será palco de imagens (muitos filmes) e sons (rodas de samba e shows). Incluindo a pré-estreia do adonirônico (encarnado na pele do titã Paulo Miklos) “Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano.

Antes de seguirmos na maratona cinematográfico-musical prevista para o descolado Espaço Petrobras, vamos aparar duas arestas: 1. Como Serrano é novato no longa ficcional, ele foi selecionado para a competição Novos Realizadores. Surge, então, conflito ético: como é que seu filme ganhará exibição tão festeira? Afinal, os Demônios da Garoa, os mais respeitados intérpretes das criações de Adoniran Barbosa (1910-1982) são esperados para show que animará a sessão.

O comando da Mostra está tranquilo. Quem elege os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista é o público, que deposita seu voto nas urnas. O júri oficial – presidido por Emir Kusturica, detentor de duas Palmas de Ouro, em Cannes – só assistirá aos filmes que passarem pelo crivo popular. E nos derradeiros dias do evento.

A outra aresta tem a ver com o ineditismo exigido pela Mostra para selecionar títulos de realizadores de primeiras obras (até segundo longa-metragem). Um dos cinco brasileiros selecionados – o catarinense “Porto Príncipe”, competiu ao Troféu Vitória, no Festival de Cinema Brasileiro, recém-realizado na capital capixaba. Sua presença fere, portanto, o regulamento.

Voltemos, pois, ao Espaço Petrobras. Os 800 espectadores esperados para as sessões ao ar livre (não mais ao relento) poderão ver filmes que têm na música sua peça de resistência. Caso de “Mussum, o Filmis”, de Silvio Guindane, vencedor do Festival de Gramado. Como o Trapalhão foi, além de humorista, integrante do grupo Originais do Samba, haverá Roda de…. Samba, para festejá-lo. Guindane e seus trilheiros esqueceram de destacar um dos maiores sucessos do conjunto de Mussum – “O Ouro e a Madeira”, do baiano Ederaldo Gentil. Tomara que os sambistas da Roda Petrobras reparem a imperdoável falha.

Outro filme escalado para a festança do Espaço Petrobras é “De Longe Toda Serra é Azul”, do desconhecido Neto Borges. Seu famoso trilheiro, o maranhense Zeca Baleiro, vai cantar temas da banda sonora.

A Mostra entrou na onda e vai exibir “O meu Sangue Ferve por Você”, de Paulo Machline. Trata-se da versão ficcional da vida do “arroz de festa” do cinema brasileiro contemporâneo – Sidney Magal. Dessa vez, a narrativa se apega – em busca de alguma novidade – à paixão que uniu o cantor-rebolador à esposa de toda a sua vida, Magaly West.

Na coletiva de imprensa da Mostra, Renata Almeida destacou que o iugoslavo (se dependesse dele, seu país não teria se esfacelado) Emir Kusturica e o brasileiro Julio Bressane receberão o Troféu Leon Cakoff por suas trajetórias fílmicas.

De Bressane serão exibidos o novíssimo “Leme do Destino” e o longuíssimo “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo” (este assinado em parceria com Rodrigo Lima). Quem se dispuser a assisti-lo na íntegra, deverá reservar um dia inteiro, pois são mais de sete horas de revisita ao universo criativo do diretor de “O Anjo Nasceu”.

Perto do “Ônibus Amarelo”, de Bressane, o “Underground”, de Kusturica é até sintético: dura apenas 164 minutos.

Renata Almeida aproveitou a coletiva, que reuniu mais de 150 jornalistas, além dos patrocinadores da Mostra, para revelar seu espanto. Quando encheu seu rosto de alegria para anunciar a presença de Emir Kusturica em São Paulo (como presidente do júri, merecedor do Troféu Cakoff e apresentador da exibição de “Underground”) descobriu, estupefata, que ninguém de sua jovem equipe o conhecia. “Nem meu filho Jonas (Chadarevian), cinéfilo até demais” – brincou – “conhece ‘Underground’”.

“Underground – Mentiras de Guerra”, de Emir Kusturica

Vinte e oito anos atrás, com seu louco (e longo) filme, Kusturica ganhou sua segunda Palma de Ouro em Cannes. Estávamos no ano do Centenário do Cinema e havia concorrentes de peso, como “Terra e Liberdade”, de Ken Loach.

Naquela década de 1990, o iugoslavo era o tal. Todos os seus filmes chegavam aos cinemas brasileiros. E ele visitou a Mostra paulistana com sua banda de rock cigano. E até inspirou – com sua primeira Palma de Ouro ganha (dez anos antes de “Underground”) com “Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios” – o paulistano Cao Hamburger (“O Ano em que meus Pais Saíram de Férias”, 2006). Nos últimos anos, Kusturica realizou documentários sobre alguns de seus ídolos latinos: Diego Maradona e Pepe Mujica.

O outro astro internacional homenageado pela Mostra SP, se vivo fosse, teria mais de 100 anos. Como Michelângelo Antonioni morreu em 2007, ele será representado na maratona paulistana por sua viúva, a atriz e produtora Enrica Fico. Foi ela – que integrará o júri oficial – quem ofertou, à Mostra, uma criação plástica do espólio do marido. Que assemelha-se à obra mais famosa de Picasso. Uma “Guernica psicodélica” e, portanto, muito colorida. Como uma explosão de “Zabriskie Point”.

Renata Almeida contou na coletiva que foram gastos 12 meses para montar a Retrospetiva. Ou seja, mal terminou a Mostra 2022 e todos puseram mãos à obra. Em especial, o cineasta André Ristum, que prepara, junto com os Irmãos Gullane, a transformação de roteiro inédito (“Tecnicamente Doce”) do diretor de “O Eclipse” em coprodução Brasil-Itália.

A trama ambienta-se na Sicília e na Amazônia brasileira. Enrica Fico e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo ajudaram o mais que puderam na organização de todas as atividades que homenageiam “o mestre da incomunicabilidade”. Haverá inclusive exposição de 20 quadros do artista de Ferrara.

“Estamos felizes em colaborar com mais essa coprodução entre Brasil e Itália”, ponderou Renata na coletiva. Lembremos que a Mostra foi palco privilegiado das tratativas que deram consistência ao filme “O Traidor”, de Marco Bellocchio, protagonizado por Pierfrancesco Favino e Maria Fernanda Candido.

Bellocchio, maior cineasta vivo da Itália, recebeu o Troféu Humanidades da Mostra, apresentou seus filmes em poderosa retrospectiva e esteve no centro de concorrido debate no CineSesc.

Como o Festival do Rio “passou o rodo” na produção nacional, selecionando longas ficcionais, documentais, Retratos e obras experimentais, pensou-se que não haveria nada inédito para apresentar na maratona paulistana. Mas há. Pedro Serrano quis que a Mostra fosse a primeira vitrine de Adoniran, Mato Grosso e o Joca (Miklos, Gero Camilo e Gustavo Machado). Evaldo Mocarzel guardou seu documentário sobre editor e prestador de serviços inestimáveis ao pensamento brasileiro, Jacó Guinsburg (da Perspectiva).

Há outras obras – caso de “Partido”, de César Charlone – que terão aqui suas primeiras exibições (ver tabela abaixo). E há dobradinhas que, mesmo não sendo 100% inéditas, darão ao paulistano o prazer de mergulhar na história do Clube da Esquina (com “Nada Será como Antes”, de Ana Rieper, e “Lô Borges -Toda essa Água”, de Rodrigo de Oliveira).

No campo das cinebiografias, a produção brasileira vem quente. Com retratos de Nelson Pereira dos Santos, de Paulo Cezar Peréio, o mais gentil dos “cafajestes” brasileiros, e – para assistirmos em estado de graça – “Othelo, o Grande”. O imenso. E tem mais um Dorival Caymmi, o quarto. E por que o baiano não vira arroz de festa? Porque suas 70 composições são tão férteis e imorredouras, que nunca nos cansam.

As iguarias internacionais da Mostra SP ultrapassam os 300 títulos. Há filmes do genial e econômico Victor Erice, de “O Espírito da Colmeia”, que encantou Cannes com “Fechar os Olhos”, e do turco Nuri Bilge Ceylan (com “Ervas Secas”). Do finlandês Aki Kaurismaki (“Fallen Leaves”), do japonês de Ryûsuke Hamaguchi, do inesquecível e oscarizado “Drive my Car” (agora com “Evil Does No Exist), da italiana “La Chimera”, de Alice Rohrwacher (“La Chinera”, com a brasileira Carol Duarte no elenco) e da camaronesa Cyrielle Raingou (com “O Espectro do Boko Haram”).

Como esquecer o romeno Radu Jude (agora com “Não Espere Muito do Fim do Mundo”), se menos de dois anos atrás ele nos arrebatou com seu irreverente e cáustico “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental”?

Como faz todos os anos, a Mostra vai apresentar 15 pré-candidatos ao Oscar de melhor filme internacional. Ou seja, alguns dos filmes europeus, asiáticos e latino-americanos que disputarão, com “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça, uma das cinco cobiçadas vagas estrangeiras da Academia de Hollywood.

E se falamos tanto de filmes brasileiros que dialogam com nossa música popular, como esquecer a sessão do mais criativo documentário da história do cinema planetário – o soviético “O Homem com uma Câmara”. O invento de Dziga Vertov, o peão em eterno movimento, será apresentado na Cinemateca Brasileira, com trilha ao vivo, composta por Luiz Henrique Xavier. Uma sessão para assistirmos em feitio de oração. É o que fará esta repórter agnóstica!

Confira os filmes selecionados:

COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES

. “Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano
. “Telas”, de Leandro Godinho
. “Ouvidor”, de Matias Borgstöm
. “Euclydes”, de Rafael Machado
. “Porto Príncipe”, de Maria Emília Azevedo (*)
. “Razões Africanas”, de Jefferson Mello

MOSTRA BRASIL

. “Jacó Guinsburg – Um Intelectual em Cena”, de Evaldo Mocarzel
. “A Planta”, de Beto Brant
. “Partido”, de César Charlone
. “Noite e Dia – Lima Barreto Vida e Obra”, de Rodrigo Grota
. “Quando o Manto Fala e o que o Manto Diz”, de Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortágua
. “O Sequestro do Vôo 375”, de Marcus Baldini
. “O Barulho da Noite”, de Eva Pereira
. “Adriana Varejão – Entre Carnes e Mares”, de Andrucha Waddington e Pedro Buarque de Hollanda
. “Meu Casulo de Drywall”, de Carolina Fioratti
. “Arte da Diplomacia”, de João Teixeira de Brito
. “A Alegria é a Prova dos Nove”, de Helena Ignez
. “De Longe Toda Serra é Azul”, de Netto Borges
. “Inventor de Imagens Perdidas”, de Gustavo Galvão
. “O Vazio do Domingo”, de Gustavo Galvão
. “Tia Virgínia”, de Fábio Meira
. “A Metade de Nós”, de de Flávio Botelho
. “Agreste”, de Sérgio Roizenblit
. “A Portas Fechadas”, de João Pedro Bin
• “Nada Será Como Antes, A Música do Clube da Esquina”, de Ana Rieper
. “Lô Borges, Toda Essa Água”, de Rodrigo de Oliveira e Vânia Catani
. “Lenita”, de Dácio Pinheiro
• “A Festa de Léo”, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo
• “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito
• “Até que a Música Pare”, de Cristiane Oliveira
• “O Dia Que Te Conheci”, de André Novais Oliveira
• “O Mensageiro”, de Lúcia Murat
• “On off”, de Lírio Ferreira
• “Pedágio”, de Carolina Markowicz
• “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião
• “Estranho Caminho”, de Guto Parente
• “As Polacas”, de João Jardim
• “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi
• “Nelson Pereira dos Santos – Uma Vida de Cinema”, de Ivelise Ferreira e Aída Marques
. “Mais Pesado que o Céu”, de Petrus Cariry
. “Represa”, de Diego Hoefel
. “Quando eu Me Encontrar”, de Amanda Pontes e Micheline Helena
. “O Mel é Mais Doce que o Sangue”, de André Guerreiro Lopes
• “Línguas da Nossa Língua”, de Estevão Ciavatta
• “Utopia Tropical”, de João Amorim
• “A Paixão Segundo G.H.”, de Luiz Fernando Carvalho
• “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” , de Bia Lessa
• “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora
• “Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão
• “Eu Sou Maria”, de Clara Linhart
• “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges
• “Termodielétrico”, de Ana Costa Ribeiro
• “Peréio, Eu Te Odeio”, de Tasso Dourado e Allan Sieber
• “Nas Ondas de Dorival Caymmi”, de Locca Faria
• “Dois Sertões”, de Caio Resende e Fabiana Leite
• “Mulheres Radicais”, de Isabel Nascimento Silva
. “Helô”, de Lula Buarque de Hollanda
. “Mussum, o Filmis”, de Silvio Guindane
. “O meu Sangue Ferve por Você”, de Paulo Machline
. “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte
• “Sem Pátria” (The Ballad of a Hustler), de Heitor Dhalia
. “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges

SESSÕES ESPECIAIS

. “25”, de Celso Lucas e José Celso Martinez Corrêa (120’)
. “O Parto”, de Celso Lucas e José Celso Martinez Corrêa ( curta-metragem)
. “Corisco &Dadá”, de Rosemberg Cariry
. “Carandiru”, de Héctor Babenco

TROFÉU LEON CAKOFF

Para Julio Bressane, com exibição de:
. “Leme do Destino” (73’)
. “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, este em parceria com Rodrigo Lima (mais de sete horas de duração)

Para Emir Kusturica: com exibição de
. “Underground – Mentiras de Guerra” (2h44’)

PRÊMIO HUMANIDADES

Para Errol Moris (EUA): com exibição de “The Pigeon Tunnel”
Para Sylvain George (França): com exibição de sete de seus documentários

DESTAQUES INTERNACIONAIS

. “Fechar os Olhos”, de Victor Erice (Espanha”
. “Ervas Secas”, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
. “Fallen Leaves”, de Aki Kaurismaki (Finlândia)
. “Evil Does Not Exist”, de Ryûsuke Hamaguchi (Japão)
. “No Adamant”, de Nicolas Philibert )França)
. “La Chimera”, de Alice Rohrwacher (Itália)
. “Afire”, de Christian Petzhold (Alemanha)
. “Samsara, a Jornada da Alma”, de Lois Patiño (Espanha)
. “Anselm – 3D”, de Wim Wenders (Alemanha)
. “A Besta”, de Bertrand Bonello (França)
. “Bom Dia à Linguagem”, de Paul Vecchiali (França)
. “Mulher de…”, de Malgorzata Szumowska e Michal Englert (Polônia)
. “O Maestro, de Bradley Cooper ( EUA)
. “Juventude” (Primavera), de Wang Bing (China)
. “Na Água”, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
. “In Our Day”, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
. “A Teoria Universal”, de Timm Kröger (Alemanha)
. “O Espectro do Boko Haram”, de Cyrielle Raingou (Camarões)
. “O Livro das Soluções”, de Michel Gondry (França)

SAFRA OSCAR

. “Não Espere Muito do Fim do Mundo”, de Radu Jude (Romênia)
. Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
. “Excursão”, de Una Gunjak (Bósnia e Herzegovina)
. “Lições de Blaga”, de Stephan Komandarev (Bulgária)
. “ Los Colonos”, de Felipe Gálvez Harbeale (Chile)
. “Fotofobia”, de Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarcík (Eslovaquia)
. “Irmandade da Sauna a Vapor”, de Anna Hints (Estonia)
. “Fallen Leaves”, de Aki Kaurismaki (Finlândia)
. “Cidadão Santo”, de Tinatin Kajrishvili (Geórgia)
. “Devagar”, de Marija Kavtaradze (Lituânia)
. “Bons Sonhos”, de Ena Sendijarevic (Holanda)
. “A Ereção de Toribio Bardelli”, de Adrián Saba (Peru)
. “Oponente”, de Milad Alami (Suécia)
. “Ervas Secas”, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
. “Tiger Stripes”, de Amanda Nell Eu (Malásia)
. “20 Dias em Mariupol”, de Mstyslav Chernov (Ucrânia)

PRINCIPAIS PRÊMIOS

. Melhor filme da Mostra de Novos Diretores (Júri Oficial). O colegiado pode atribuir prêmios especiais.
. Prêmio Netflix para distribuição global no streaming de um filme brasileiro (criado para essa edição)
. Prêmio Paradiso no valor de R$25 mil para apoio de distribuição de um filme brasileiro (criado para essa edição)
. Prêmio Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) para melhor filme brasileiro de realizador até segundo longa-metragem
. Prêmio da Crítica para melhor filme internacional e para melhor filme brasileiro (incluindo veteranos e jovens)

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