Aruanda exibe 16 longas, destaca filme de Beto Brant sobre a maconha, o inédito “Citrotoxic” e “O Maior Rio do Mundo”

Foto: Cena de “Citrotoxic”, de Julia Zakia

Por Maria do Rosário Caetano

Três documentários abrem e fecham a décima-oitava edição do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontece em João Pessoa, capital da Paraíba, dessa quinta-feira, 30 de novembro, até 6 de dezembro.

O filme inaugural é “Nada Será como Antes”, de Ana Rieper, registro da trajetória do Clube da Esquina mineiro. Ele se fará acompanhar do curta-metragem “Aruanda”, de Linduarte Noronha, realizado há 63 anos, na Serra do Talhado paraibana. Este filme empresta nome, troféu e símbolo visual – peças de cerâmica feitas por quilombolas – ao festival nordestino.

No noite de encerramento e entrega de prêmios (o Troféu Aruanda) será exibido “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, vitrine dos animados bailes que fertilizaram a autoestima da juventude afro-brasileira.

No recheio, duas mostras competitivas (uma de alcance nacional, com seis longas, e uma nordestina, com quatro) somadas a núcleo de filmes hors concours. Neste segmento serão exibidos seis longas, quatro contemporâneos e dois integrantes do patrimônio audiovisual brasileiro. Caso de “Amazonas, o Maior Rio do Mundo”, do luso-brasileiro Silvino Santos (1886-1970), realizado em 1919, e desaparecido desde 1930.

Por sorte, o documentário foi descoberto, meses atrás, nos arquivos da Cinemateca Tcheca, sob outro nome (“Amazonas, Um Rio Maravilhoso”) e procedência (EUA, ao invés de Amazônia-Brasil). Sólidas pesquisas provaram que Propércio Mello Saraiva, sócio de Silvino, apropriou-se da cópia e a comercializou na Europa, sem dar-lhe a autoria devida. Ou seja, omitiu o nome de seu realizador. A redescoberta do documentário repercutiu até no jornal britânico The Guardian. E com toda razão, pois trata-se de tesouro da distante época do cinema do nitrato (depois substituído pelo acetato e, agora, pelo digital).

Ao ser exibido no Festival de Filmes Mudos de Pordenone, na Itália, a curadoria do evento desconfiou dos dados que cercavam o documentário (66 minutos de duração) sobre o “Rio Maravilhoso”. Procurou, então, o pesquisador brasileiro Sávio Luis Stocco, biógrafo de Silvino Santos, que, depois de assistir à cópia de trabalho do filme, identificou a obra realizada na Amazônia e que desaparecera de circulação.

O tesouro reencontrado traz imagens (acompanhadas de textos-legenda em tcheco e, agora, em português) que registram atividades extrativistas (do látex e da castanha-do-pará, em especial) e as ricas flora e fauna amazônicas. Vistas, claro, do ponto de vista dos proprietários das terras que circundam “o maior rio do mundo”. Com trabalhadores braçais e indígenas como coadjuvantes ou figurantes.

Cena de “Amazonas, o Maior Rio do Mundo”, de Silvino Santos

Junto com filme redescoberto, o Festival Aruanda exibirá  “O Cineasta da Selva”, de Aurélio Michiles (1997), cinebiografia do pioneiro de nosso cinema. Representado pelo ator José de Abreu, Silvino tem sua trajetória relembrada pelos filhos Lilian e Guilherme, por Márcio de Souza, Djalma Limongi, entre outros conhecedores de sua vida como diretor de fotografia e documentarista.

O filme mais famoso do cineasta luso-brasileiro – “No País das Amazonas” (1922) – foi realizado para Exposição Internacional sediada no Brasil no ano do Centenário de sua Independência.

Aurélio Michiles e Sávio Luís Stocco debaterão a importância do resgate de “O Maior Rio do Mundo” e a trajetória do pioneiro amazônico. Sávio é professor da Universidade Federal do Pará e teve sua pesquisa editada no livro “O Cinema de Silvino Santos e a Representação da Amazônia: História, Arte e Sociedade”.

Outro filme do núcleo especial a ser debatido será “A Planta”, de Beto Brant. O vegetal do título é a Cannabis Sativa, a popular maconha. Brant, diretor de filmes importantes como “Os Matadores” e “O Invasor”, refaz, no Brasil, documentário que ele mesmo realizara, em 2020, no Uruguai (onde a maconha é legalizada). Passados três anos, ele discute, no Brasil, com especialistas o uso medicinal da Cannabis. O tema será motivo de debate estético e ético no festival paraibano. Espera-se auditório lotado.

Quem aprecia filmes de temática política tem encontro marcado (no Nucleo Especial) com o documentário “Nada sobre meu Pai”, da carioca Susanna Lira, e com a ficção (baseada em fatos reais) “Zé”, do mineiro Rafael Conde. Susanna realiza um apaixonante road movie que a levou do Rio de Janeiro a várias localidades da América Hispânica, em especial ao Equador, terra do pai que ela não conheceu. O filme participou da competição oficial do Festival É Tudo Verdade e causou sensação em festivais equatorianos.

“Zé”, terceiro longa-metragem de Rafael Conde, é uma exceção em sua obra. Depois de curtas distantes de abordagens histórico-políticas, ele estreou no longa com o metalinguístico “Samba Canção”. Fez um segundo longa baseado em obra literária de Cornelio Pena (“Fronteira”). Agora, ele mergulha na história de família mineira, os Mata Machado, em especial de José Carlos Novais da Mata Machado, militante político em célula clandestina, preso, torturado e morto, em 1973, nos porões da Ditadura Militar. Tinha apenas 28 anos. A notar-se que Rafael Conde, professor da UFMG, não recorre a cenas de tortura gráfica.

Na mostra competitiva nacional há um título 100% inédito e de nome sintético e instigante – “Citrotoxic”. Sua realizadora, a paulistana Julia Zakia, formada pela ECA-USP, é mais conhecida como diretora de fotografia, atualmente das mais requisitadas (“Partida”, “Até que a Música Pare”). Ela volta à direção de longa-metragem – dez anos depois de “Rio Cigano”, sua estreia no formato – com narrativa ligada aos pesticidas aplicados nas lavouras.

Na trama, Bianca e sua filha Serena, de 7 anos, vivem em meio aos excessos e toxicidades da vida urbana. Advertência médica as motivará a retiro interiorano. Elas pretendem passar um fim de semana perto da natureza. Lá encontram Zé, trabalhador rural que aplica pesticidas nas plantações da fazenda vizinha. Desta prática nascerão as angústias da mãe frente ao perigo do veneno. E ela perceberá a espontânea conexão entre sua filha e o trabalhador.

Cena de “A Planta”, de Beto Brant

A competição completa-se com três ficções e dois documentários biográficos que causaram frisson nos festivais do Rio e na Mostra SP – o premiado “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi, e o atrevido “Peréio, Eu te Odeio”, de Tasso Dourado e Allan Sieber.

Marcus Faustini, estudioso da arte das periferias, diretor de teatro e ex-secretário de Cultura da cidade do Rio de Janeiro, faz sua segunda incursão na ficção, depois de “Vende-se esta Moto”.

Sua protagonista é Ana (Priscila Lima), moradora do subúrbio da Pavuna, de quase 30 anos, que trabalha como passeadora de cães na Zona Sul carioca. Ela se incomoda com as atitudes de alguns vizinhos, que perseguem seu irmão Diego. Ele está descobrindo a cultura drag. Ana faz tudo para cuidar do irmão, pois perderam a mãe recentemente. Um casal de amigas feministas a motivam a frequentar sessões na terapia. Ao longo do filme, ela enfrentará as adversidades e perigos urbanos.

“Levante”, de Lillah Halla, foi exibido em Cannes, Biarritz, Montreal, Festival do Rio e Mix Brasil. Colecionou prêmios em todos eles (acaba de vencer o Mix Brasil). Sua protagonista, a atleta Sofia, de 17 anos, descobre gravidez indesejada, justo às vésperas de campeonato de vôlei decisivo para seu futuro. Na tentativa de interromper a gravidez, ela acabará se convertendo em alvo de grupo fundamentalista, disposto a detê-la custe o que custar. A jovem e pessoas que a amam decidem resistir com todas as suas forças ao fervor cego dos anti-abortistas.

“Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano, estreou na Mostra SP e, depois, foi exibido para o presidente Luiz Inacio Lula da Silva e convidados na reinauguração do Cineminha do Palácio da Alvorada.

O filme, que marca a estreia de Serrano na ficção, empreende mergulho nas letras criadas pelo compositor Adoniran Barbosa (1910-1982 ). Mais nos personagens – registre-se – que na música propriamente dita. Tudo começa numa mesa de bar. O septuagenário Adoniran (Paulo Miklos), já em final de carreira, conta a um jovem garçom (Sidney Santiago), histórias de uma São Paulo que já não existe. Lembra da maloca onde viveu com Joca (Gustavo Dourado) e Mato Grosso (Gero Camilo), da paixão deles por Iracema (Leilah Moreno) e de outros personagens eternizados em seus sambas e crônicas. Cercado de imensa expectativa, já que o próprio Serrano realizara ótimo longa documental sobre o criador de “Trem das Onze”, o filme causou certa decepção. Em especial nos espectadores que aguardavam um filmusical com os maiores sucessos do artista ítalo-brasileiro.

A competição de longas intitulada Sob o Céu Nordestino terá, este ano, representação modesta. Decerto para não ofuscar a competição nacional, repetindo o que aconteceu em 2019, quando cinco longas paraibanos entusiasmaram até o exigente Jean-Claude Bernardet. O entusiasmo do professor da USP, escritor, ator e cineasta foi tanto, que ele sugeriu a criação de Prêmio da Crítica para valorizar a mostra regional. Ano passado, deu-se o mesmo. A competição com filmes dos estados nordestinos reuniu obras mais substantivas que as reunidas na mostra nacional.

Só a intenção de evitar tal “ofuscamento” justifica a escolha de apenas quatro títulos, num momento em que o cinema nordestino vive explosão quantitativa e qualitativa. A título de exemplificação, vale lembrar que o Ceará está exibindo 11 (onze!) longas ficcionais e documentais em seu no Festival Ibero-Americano de Cinema.

Quatro Estados marcam presença na mostra nordestina – Bahia, com “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges; Pernambuco, com “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião; Ceará, com “Memórias da Chuva”, de Wolney Oliveira, e a anfitriã Paraíba, com “Cervejas no Escuro”, de Tiago A. Neves.

O filme baiano vem colecionando prêmios desde o Festival de Mar del Plata de 2022, na Argentina. Ganhou o prêmio principal. Depois venceu a mostra Rumos, no Festival do Rio. Na Mostra SP conquistou os prêmios Netflix e Paradiso.

“Sem Coração” é uma recriação de dois curtas de Nara – o premiadíssimo “Guaxuma” e o anterior, “Sem Coração” (este em parceria com Tião). Também vem chamando atenção por onde passa. Seja em festivais internacionais ou nacionais.

O longa documental de Wolney Oliveira (“Memórias da Chuva”) tem como ponto de partida projeto hídrico (e faraônico) empreendido pelo Governo do Ceará, décadas atrás, ao construir gigantesco açude, que encobriu a cidade de Jaguaribara. A população local foi transferida para Nova Jaguaribara. A solução vendida como salvadora não se concretizou.

O paraibano “Cervejas no Escuro” é fruto do labor de Tiago A. Neves no interior de seu Estado natal, em especial no município de Princesa Isabel. O longa registra o luto de Edna. A morte do marido significa muita dor, mas também, oportunidade para a viúva repensar e  refazer sua vida. Ela buscará por novas amizades e novas situações existenciais, cujos enlaces “vão costurar o passado histórico local à sua própria vida”.

Além refletir sobre  o histórico resgate do filme “Amazonas, o Maior Rio do Mundo” e dos debates diários de todos os filmes das mostras competitivas (de longas e curtas), o Festival Aruanda vai dedicar espaço nobre à discussão de tema relevante: o chamado “Cangaço Novo”. Ou seja, a ação de bandoleiros que assaltam, fortemente armados,  instituições financeiras em cidades nordestinas. Seriam eles uma versão moderna do cangaceirismo praticados por Jesuino Brilhante, Antonio Silvino, Lampião e Corisco?

Em busca de resposta, o festival convocou Fábio Mendonça, um dos idealizadores e diretores de “Cangaço Novo”, série de imenso sucesso nacional (e internacional), produzida pela Amazon Prime. Como atores paraibanos continuam brilhando em elencos de filmes e séries afiliadas ao gênero ‘Nordestern’, Fábio debaterá o fenômeno temático com Marcélia Cartaxo, Buda Lira, Dudas Moreira e a atriz potiguar Aline Carvalho.

Serão lembradas também a macro-série (45 capítulos) “Guerreiros do Sol”, de George Moura e Sergio Goldenberg, que estreará em 2024 na Globoplay, e “Maria Bonita”, direção de Sérgio Machado, com Isis Valverde como protagonista (para o Star+).

No campo das homenagens, o festival entregará o Troféu Aruanda à atriz Soia Lira, integrante de verdadeira Lirolândia, brotada em Cajazeiras. Ela e os irmãos Buda, Nanego e Bertrand Lira dedicam-se todos ao audiovisual paraibano e brasileiro. Para marcar a entrega do Troféu Aruanda-Homenagem à atriz, será exibido o filme “Pacarrete”, que rendeu a ela o Kikito de melhor coadjuvante no Festival de Gramado. Soia (de nascimento Maria Auxiliadora Lira) interpreta Maria, doméstica na casa da obstinada  Pacarrete (Marcélia Cartaxo) e de sua irmã Chiquinha (Zezita Mattos). Seu desempenho no filme de Allan Deberton é minimalista e dotado de fino humor.

Outro Troféu Aruanda-Homenagem será entregue aos “atores naturais” Antônia Carneiro dos Santos e Érico Paulino Carneiro, do seminal curta de Linduarte Noronha, filmado na Serra do Talhado. Como o filme foi realizado há 63 anos, dá para saber que eles crianças na ocasião, portanto os filhos dos protagonistas, o casal de quilombolas, fabricantes artesanais de utensílios de argila.

Fecha a lista de homenageados o crítico Inácio Araujo, da Folha de S. Paulo, que iniciou sua carreira como montador cinematográfico (e depois realizador do episódio “Uma Aula de Sanfona”, do longa “As Safadas”). Inácio vai autografar o livro “Olhos Livres para Ver” (Sesc Editora que reúne textos sobre sua trajetória, escritos por associados da Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

O público que comparecer ao circuito Cinépolis Manaíra, no coração de Jampa (a Sampa paraibana), verá ainda 12 curtas brasileiros, e sete paraibanos. Um deles – o documentário “Pulmão de Pedra” – chama atenção pelo nome de seu autor, o incansável Torquato Joel. Ele volta ao formato curta, que o consagrou, depois do longa ficcional  “Ambiente Familiar” (2019). A sinopse de seu novo trabalho é sintética e enigmática: “Joãozinho trava luta insana contra pedras”.

COMPETITIVA NACIONAL

“Citroloxix”, de Julia Zakia (Ficção, SP)
“Levante”, de Lillah Halla (Ficção, SP)
“Ana”, de Marcus Faustini (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023).
“Saudosa Maloca”, de Pedro Serrano (Ficção). São Paulo/SP (2023).
“Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi  (Documentário). Rio de Janeiro/RJ (2023).
“Peréio, Eu Te Odeio”, de Tasso Dourado e Allan Sieber (Doc. /RJ/SP)

LONGAS (Sob o Céu Nordestino)

“Cervejas no Escuro”, de Tiago A. Neves (Ficção, PB)
“Memórias da Chuva” de Wolney Oliveira (Doc. CE)
“Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges (Ficção, BA)
“Sem Coração”, de Nara Normande e Tião (Ficção, PE)

SESSÕES ESPECIAIS

“Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina”, de Ana Rieper (Doc., RJ, 2023) – Filme inaugural
“Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos (Doc., RJ, 2023) – Filme de encerramento
“O Cineasta da Selva”, de Aurélio Michiles (Doc. SP, 1997)
“Amazonas, o Maior Rio do Mundo“, de Silvino Santos (Doc., AM, 1919)
“Zé”, de Rafael Conde (Ficção, MG, 2023)
“Pacarrete”, de Allan Deberton (Ficção, CE, 2019)
“A Planta”, de Beto Brant (Doc., SP, 2023)
“Nada Sobre Meu Pai”, de Susanna Lira (Doc, RJ, 2023
“Super 8 Mostras: Anos 1980 e Anos 2022”, vários diretores (curtas experimentais)

CURTAS (Brasil)

“Pulmão de Pedra”, de Torquato Joel (Documentário). João Pessoa/PB (2023)
“Alvará”, de Fernando Abreu (Ficção, PB)
“O Brilho Cega”, de Carlos Mosca (Ficção)
“Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Ficção, DF)
“Emerenciana”, de Larissa Nepomuceno (Doc, PR)
“Feira da Ladra”, de Diego Migliorini (Ficção). São Paulo/SP (2023)
“José Sette Cinema Infernal”, de Sávio Leite (Doc, MG)
“O Destino da Senhora Adelaide”, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (Animação, MG)
“O Presente”, de Ursula Marini (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2022)
“Sereia”, de Estevan de la Fuente (Ficção). Curitiba/PR (2023)
“Travessia”, de Gabriel Lima (Ficção, RJ)
“Bergamota”, de Hsu Chien (Ficção). Rio de Janeiro/RJ (2023)

CURTAS (Sob o Céu Nordestino)

“O Orgulho Não é Junino”, de Dimas Carvalho (Doc.). Campina Grande/PB
“Pantera dos Olhos Dormentes”, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (Animação). João Pessoa/PB
“Para Onde Eu Vou?” de Fabi Melo (Animação). Campina Grande/PB
“Abrição de Portas”, de Jaime Guimarães (Doc.). Campina Grande/PB
“Flora, a Mãe do Rei”, de Geóstenys de Melo Barbosa (Ficção). Alagoa Grande/PB
“Céu”, de Valtyennya Pires (Doc.). Santa Luzia/PB
“Flor dos Canaviais”, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Ficção). Alhandra/PB

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