Caixa Cultural RJ apresenta mostra inédita do cineasta alemão Werner Herzog
A Caixa Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 12 a 23 de dezembro, a Mostra Herzog – Além das Margens, uma das maiores já realizadas no Brasil, entre filmes de ficção e documentários, os mais emblemáticos e significativos da carreira do cineasta alemão Werner Herzog. Com curadoria da diretora e roteirista Sylvia Palma e do crítico de cinema Filippo Pitanga, a mostra exibe 30 títulos, muitos inéditos no Brasil, e certifica o alargamento da pesquisa cinematográfica do diretor, que vai aos extremos da realidade e da ficção, explorando os limites da natureza, do ser humano e da vida no planeta, pautando reflexões sobre a civilização, seus modos de ser e de estar no mundo.
Herzog – Além das Margens traz a profícua produção do cineasta que usa todos os recursos estéticos e tecnológicos em sua cinematografia, de câmeras especias à celulares, para construir de ficções dramaticamente elaboradas à documentários super experimentais.
A programação inclui, além dos filmes, algumas atividades, como debates com os curadores e convidados, como os cineastas José Joffily, Sylvio Back e João Jardim; bate-papos com os curadores; e masterclasses com os críticos Carlos Alberto Mattos e Marcelo Janot. Além de promover sessões especiais para estudantes e instituições sociais, e uma sessão acessível com o filme “Aguirre, a Cólera dos Deuses”, no dia 23 de dezembro, às 18h, com legenda descritiva.
A produção da mostra, em parceria com a ONG Circoola, irá disponibilizar uma caixa coletora de pilhas, baterias e eletrônicos durante todo o evento. As pessoas que depositarem algum desses itens terão 50% de desconto na compra de um ingresso de qualquer filme da programação.
Werner Herzog tem meio século de carreira, mais de setenta filmes, inúmeras variações de registros audiovisuais, instigando e provocando o olhar tanto dos novos quanto dos velhos admiradores de seu trabalho, muitas vezes inclassificável, tamanha potência e atemporalidade de sua obra. Trabalha imagens grandiosas e os sentimentos profundos que elas provocam, através da experimentação, da inovação, da transgressão, da potência levada ao máximo da possibilidade humana. Ele soube dar voz à crueldade do mundo e da sociedade de modo a enredar seus personagens em teias que cerceiam ou mesmo aprisionam, mas também que libertam. Essas características são levadas a cabo por uma inteligência rara, não desprovida de rigor e convicções estéticas.
Werner Herzog é de uma geração privilegiada que entende a arte como uma forma de crítica. Rever seus filmes hoje é fundamental para uma nova geração de artistas e pessoas movidas pela inquietação do seu tempo e pelo desejo de afetar e transformar o mundo.
A programação completa da mostra pode ser conferida aqui.