Inspirado em Almodóvar, “A Miss” começa a ser gravado no Rio de Janeiro

Foto: Daniel Porto, Helga Nemetik, Alexandre Lino, Maitê Padilha e Pedro David

Fã dos concursos de Miss, aos quais assistia com a avó quando pequeno, o roteirista e dramaturgo Daniel Porto estreia na direção de longas com “A Miss”. O filme presta homenagem a esse universo e está sendo rodado no Rio de Janeiro, com elenco formado por Helga Nemetik, Alexandre Lino, Maitê Padilha e Pedro David. A produção é da Cineteatro e a distribuição da Olhar Filmes.

“A Miss” tem como protagonista Iêda (Helga Nemetik), ganhadora de concursos de beleza quando jovem, que sonha que sua filha, Martha (Maitê Padilha), siga a tradição da família, porém, a jovem não leva o menor jeito para isso. Por outro lado, seu filho Alan (Pedro David) parece ter mais talento para conseguir faixa e coroa de Miss com a ajuda do seu tio Atena (Alexandre Lino), realizando, assim, o sonho da mãe.

A trama do filme se passa no bairro do Grajaú, na zona norte do Rio de Janeiro. As filmagens também acontecerão em Jacarepaguá, Duque de Caxias e estúdio da Band Rio.

O longa conta ainda com a participação de Ellen de Lima, a última cantora de rádio viva no Brasil, e responsável pela canção original das Misses. Ela gravou uma nova versão exclusivamente para o filme, cuja trilha é uma variação temática dessa música, com direção musical de Alexandre Elias. Além disso, o elenco também traz Ava Simões, a Miss Brasil Gay e Miss Trans Universo.

O diretor tem em seu currículo o curta “Chemsex”, com temática LGBT+, o qual foi selecionado para a décima quinta edição do festival LGBT+ Film Festival Poland. Além disso, também trabalhou como roteirista de programas como Vai que Cola e A Vila, além de assinar, entre outras, as peças “O Pastor e Pinóquio”, indicado Prêmio APCA na categoria de melhor dramaturgia adaptada.

Fã de Almodóvar, Porto conta que adora as cores vibrantes contrastando com as histórias trágicas de suas personagens, como em “Volver”, “Tudo sobre minha Mãe” e “Julieta”. “Partindo descaradamente dessa referência eu quis que “A Miss” tivesse uma direção de arte colorida, em seus figurinos vibrantes, locações de cores marcantes, também bebendo da paleta de Wes Anderson, mas que isso tudo não fosse apenas um elemento decorativo para quem assiste, e sim, ajudasse a contar essa dramédia que se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. De alguma maneira com a direção de arte, figurino e fotografia, eu quis dizer que o riso e o choro podem caminhar juntos nesse filme.”

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