“Pérola”, de Murilo Benício, é o vencedor do 26º Festival de Cinema Brasileiro de Paris

Foto: Murilo Benício na sessão de apresentação do filme “Pérola”, no cinema L’Arlequin, em Paris © Ana Paganini

O 26º Festival de Cinema Brasileiro de Paris chegou ao fim hoje, depois de oito dias intensos de programação na capital francesa, e premiou com o Troféu Jangada de Melhor Filme o longa-metragem “Pérola”, de Murilo Benício, que foi duplamente premiado como diretor: “O Beijo no Asfalto” venceu a mostra Sessão Escolar, dedicada à exibição e debates de filmes brasileiros para estudantes parisienses. Principal vitrine do cinema brasileiro na Europa, o evento apresentou 31 filmes brasileiros e reuniu mais de seis mil pessoas no tradicional cinema de rua L’Arlequin, no bairro de Saint-Germain-des-Prés, com um panorama diversificado da produção audiovisual nacional, entre ficções e documentários.

Realizada pela Jangada, da carioca Katia Adler, a mostra teve Antônio Pitanga como o grande homenageado e apresentou seis longas de sua filmografia, entre eles “Na Boca do Mundo”, primeira produção dirigida por ele, “Barravento”, de Glauber Rocha, e “Nosso Sonho”, o filme nacional mais visto de 2023.

Nesta edição, estiveram presentes em Paris Antônio Pitanga (homenageado), Murilo Benício (diretor de “Pérola”), Helio Pitanga (produtor de “Nas Ondas de Dorival Caymmi”), Luiz Fernando Carvalho e Maria Fernanda Cândido (diretor e atriz de “A Paixão Segundo G.H.”), Liliane Mutti e Robertinho Chaves (diretora e ator de “Madeleine à Paris”), Sandra Kogut (diretora de “No Céu da Pátria Nesse Instante”), Fernando Velasco (argumentista e roteirista de “Nosso Sonho”), Marcelo Freixo (presidente da Embratur e personagem do documentário “No Céu da Pátria Nesse Instante”), Christiane Jatahy (diretora de “A Falta que nos Move”), Bia Lessa (diretora de “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”), Marcelo Botta (diretor de “Betania”), Wagner Schwartz (autor do livro “A Nudez da Cópia Imperfeita”, lançado durante o evento), além do embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, e convidados como Raí e a atriz portuguesa Maria de Medeiros.

Estrelado pela atriz Drica Moraes e dirigido por Murilo Benício (em seu segundo longa como diretor), “Pérola” foi exibido no dia 29 de março, seguido de debate do diretor com a plateia, que lotou o cinema L’Arlequin, com capacidade para 400 pessoas. O filme é uma produção de República Pureza Filmes e coprodução da Globo Filmes, Rio Filme, Canal Brasil e Telecine.

A mostra competitiva contou com outros sete longas de ficção: “Betânia”, de Marcelo Botta, produção do Maranhão, que também faz parte da seleção do Festival de Berlim; “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, vencedor do Prêmio Félix de Melhor Filme Brasileiro e do troféu Redentor de Melhor Fotografia no Festival do Rio de 2023; “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges, exibido no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo; “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, ficção vencedora do Festival do Rio de 2023, que se passa na época da ditadura no Brasil, exibida no dia 31 de março, quando se completaram 60 anos do golpe militar; “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria; “Pedágio”, de Carolina Markowicz, vencedor do prêmio de Melhor Filme do Festival de Roma de 2023; e “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa, exibido no Festival do Rio e protagonizado por Caio Blat.

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