Estreia “O Estranho”, coprodução Brasil-França de Flora Dias e Juruna Mallon

“O Estranho”, escrito e dirigido pela dupla Flora Dias e Juruna Mallon, estreia nos cinemas em 20 de junho. O longa, que esteve na seleção do Festival de Berlim, no ano passado, é uma produção Lira Cinematográfica e Enquadramento Produções, em coprodução com a francesa Pomme Hurlante Films e as brasileiras Filmes de Abril e Ipê Branco Filmes. A distribuição é da Embaúba Filmes.

Antes do lançamento no circuito comercial, o filme terá sessões especiais em São Paulo. Em Guarulhos, será no Teatro William Silva de Moraes, localizado no Auditório da Unifesp, no dia 19, às 20h. Após a exibição, acontecerá um debate mediado por Babalorixá Vadinho de Ogum, professora da casa Claudia Plens e Simone Pankararu da Aldeia Filhos desta Terra. E, no dia 20, a exibição será no cinema Espaço Augusta, localizado na Rua Augusta, R. Augusta, 1475. A sessão conta com a presença especial da equipe e da direção do filme.

O longa fez trajetória em festivais, tendo ganhado os prêmios de Melhor Filme no Queer Lisboa (Portugal) e no Festival Internacional de Direitos Humanos de Nuremberg (Alemanha), além de Melhor Som no Festival de Havana (Cuba) e de Melhor Fotografia e Melhor Som em sua estreia nacional no Olhar de Cinema, em Curitiba.

O principal cenário de “O Estranho” é o Aeroporto de Guarulhos (SP), um símbolo de progresso e um monumento do mundo globalizado, mas também um marco do agressivo processo de colonização e ocupação do território. Embora seja um lugar onde as pessoas transitam o tempo todo, o filme joga seu olhar para aqueles que ficam, cujas vidas se cruzam naquele solo onde trabalham.

Filmando no próprio aeroporto e seus arredores, Dias e Mallon definem o processo do filme como uma total imersão no território de Guarulhos. Diretoras de “O Sol nos meus Olhos”, de 2012, Dias e Mallon encontram na nova parceria a oportunidade de conjugar interesses em comum.

O longa foi realizado com recursos do FSA e da Lei Aldir Blanc, em coprodução com a Spcine e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, teve o apoio financeiro do fundo holandês Hubert Bals Fund e do fundo suíço Visions Sud Est, além do apoio do Projeto Paradiso. Participou também dos laboratórios LoboLab, Novas Histórias e BrLab, do encontro Proyecta do Ventana Sur e dos eventos de work in progress do Brasil CineMundi e do Festival de Rotterdam.

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