Olhar de Cinema faz abertura festiva, na Ópera de Arame, com “Retrato de um Certo Oriente”, de Milton Hatoum

Foto: “Relato de um Certo Oriente”, de Marcelo Gomes

Por Maria do Rosário Caetano

O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba tem, esse ano, dois trunfos de causar inveja – sua sessão inaugural na charmosíssima Ópera de Arame, que trará a première brasileira de “Retrato de um Certo Oriente”, recriação cinematográfica de romance de Milton Hatoum (“Relato de um Certo Oriente”), e retrospectiva do cineasta chinês (da insular Taiwan) Hou Hsiao-hsien, de 77 anos.

Serão apresentados oito dos 18 filmes realizados pelo autor de “Cidade das Tristezas” e “O Mestre das Marionetes”. Os escolhidos representam cada uma das fases mais importantes da trajetória do artista. Aquela em que se deu o estabelecimento de sua visão de mundo e do cinema (década de 1980), a da consolidação de seu estilo e seu reconhecimento mundial (anos 1990), e suas obras de “maturidade”, já nesse século.

A Retrospectiva programada pelo Olhar ganha ainda mais relevo se levarmos em conta que não haverá novos frutos hsiao-hsiénicos em festivais espalhados pelo mundo, pois o Mal de Alzheimer aposentou prematuramente o mestre chinês. Ele, lembremos, é um dos nomes mais destacados da febre asiática, aquela que varreu o mundo no final do século XX. E que teve na revista Cahiers du Cinéma seu veículo difusor e, em Olivier “Carlos” Assayas, o seu arauto.

Curitiba tem fama de cidade arrumadinha, fria e conservadora. Quem, porém, a conhecer por sua face cinéfila (representada pelo Olhar de Cinema), descobrirá outra configuração da capital paranaense.

No ambiente audiovisual, nos deparamos com uma cidade calorosa, em que cinéfilos lotam as diversas salas de exibição dos filmes programados pelo ousado Olhar, divididos em dez (sim dez!) mostras competitivas, informativas, retrospectivas (este é um dos festivais brasileiros que mais valorizam o diálogo com o grande cinema do passado) e infantis. No café do belo (e caprichosamente) restaurado Cine Passeio, principal palco do evento, as conversas se multiplicam e nada faz lembrar a cidade frio-arrumadinha apregoada nacionalmente pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner (1931-2021).

O Olhar de Cinema, em seus tempos iniciais, parecia um festival excessivamente “cabeçudo”. Os cinéfilos pulavam de uma sala para outra, sem que houvesse preocupação com espaços de convivência. Ou com a exploração das belezas (os cartões postais, por que não?) da capital sulista. Depois da reinauguração do Cine Passeio, composto com duas salas (Luz e Ritz), o astral começou a mudar. E mudou de vez com a arrebatadora abertura da edição do ano passado, na imensa e fascinante Ópera de Arame.

Para a “noite da mudança” foi escalado o filme “Casa Izabel”, de Gil Barone, com o grande ator Luis Mello, paranaense da gema, como protagonista. O que se viu naquele espaço (em noite de chuva!) foi algo impressionante. Todas as cadeiras do grande teatro de arame estavam ocupadas. A alegria e o calor se assemelhavam a aberturas de festivais em ensolaradas capitais nordestinas.

A opção por uma Curitiba calorosa não significa que o Olhar de Cinema abandonou seu lado “cabeçudo”. De forma alguma. A programação continua voltada, majoritariamente, para o cinema de arte e ensaio, realizado preferencialmente com baixos orçamentos. Ou seja, nos melhores moldes do cinema independente.

Basta relembrar que a Mostra Olhar Retrospectivo, um dos carros-chefe do festival, vai festejar Hou Hsiao-hsien, praticante de cinema marcado pela invenção.

A décima-terceira edição da festa curitibana, que começa na quarta-feira, 12, e prossegue até o dia 20 de junho, exibirá mais de 80 filmes de curta e longa duração, brasileiros e internacionais. Não será esquecida a produção estadual (“Mirada Paranaense”), nem os filmes para crianças. Os melhores curtas e longas brasileiros (assim como os internacionais) serão premiados com o Troféu Olhar, depois de serem exibidos, com rigor técnico (e em alta definição), em salas do Cine Passeio, do Cinemark Mueller, da Ópera de Arame e do Teatro da Vila, este na Cidade Industrial de Curitiba.

Os 80 filmes estarão espalhados por dez mostras cinematográficas — Competitiva Brasileira, Competitiva Internacional, Novos Olhares, Mirada Paranaense, Exibições Especiais, Olhar Retrospectivo, Olhares Clássicos, Foco, Pequenos Olhares, esta para os cinéfilos mirins, além do filme de abertura (o ficcional “Retrato de um Certo Oriente”) e o de encerramento (o documentário “Salão de Baile”, de Juru e  Vitã).

Detalhe importante: de 18 de junho a 7 de julho, os curtas-metragens brasileiros que compõem o festival estarão disponíveis, gratuitamente, na plataforma de streaming Itaú Cultural Play, com alcance nacional.

“Retrato de um Certo Oriente” marca o encontro do cineasta pernambucano Marcelo Gomes com o escritor manauara Milton Hatoum. Festejadíssimo pelo fascinante “Cinema, Aspirinas e Urubus”, o diretor, de 61 anos, construiu sólida e respeitada carreira, seja em direções-solo (“Era Uma Vez, Verônica”, “Joaquim”, “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”, “Paloma”), seja em parceria (“Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo” e  “Sertão de Acrílico Azul Piscina”, ambos com Karim Aïnouz, e “O Homem das Multidões”, com Cao Guimarães).

Milton Hatoum tem tido a visibilidade que merece no audiovisual brasileiro. Além de participação com seu testemunho em muitos filmes documentais, caso de “Segredos do Putumayo” (Aurélio Michiles, 2023), ele viu quatro de suas obras transpostas para o cinema e a TV.

O primeiro de seus romances a virar filme foi “Órfãos do Eldorado”, dirigido por Guilherme Coelho e protagonizado por Daniel Oliveira e Dira Paes. Depois, veio a minissérie “Dois Irmãos” (2017), apresentada pela Rede Globo, em recriação assinada pela roteirista Maria Camargo e dirigida pelo criativo Luiz Fernando Carvalho. No elenco, Cauã Reymond, Eliane Giardini, Antônio Fagundes, Antônio Calloni, Juliana Paes e, como narrador, Irandhir Santos.

Em 2023, o baiano Sérgio Machado, transformou um conto de Milton – “O Adeus do Comandante” – em filme denso, de envolvente erotismo e ambientado em paisagens amazônicas. Dessa vez, Hatoum, que nunca vigia (por preferir dar liberdade total ao transcriador) as adaptações audiovisuais de sua obra, ajudou no roteiro, a pedido do próprio Sérgio “Cidade Baixa” Machado. O resultado se fez ver no longa-metragem “Rio do Desejo”, com Daniel Oliveira, Sophie Charlotte, Rômulo Braga, Gabriel Leone, Adanilo, Jorge Paz e Gilda Nomacce.

Agora chegou a hora e vez de “Retrato de um Certo Oriente”, que Marcelo Gomes construiu com personagens expulsos de suas terras (no Líbano) por conflitos sociopolíticos. Eles são os irmãos Emilie e Emir, católicos, que embarcam, a partir do solo libanês, em viagem rumo ao Brasil. No trajeto, Emilie apaixona-se por Omar, um comerciante muçulmano, causando incontroláveis ciúmes no irmão, que usará as diferenças religiosas para separá-los. Antes, porém, de chegar ao destino final, Emir será gravemente ferido durante briga com Omar. A única opção de Emilie é descer em uma aldeia indígena no meio da selva para encontrar um curandeiro que o salve. Após a recuperação do irmão, Emilie toma decisão que levará a consequências trágicas.

O elenco de “Retrato de um Certo Oriente”, escrito por Marcelo Gomes, Maria Camargo (de “Dois Irmãos” e “Rio do Desejo”) e Gustavo Campos, reúne atores de origem árabe — Wafa’a Celine Halawi (Emilie), Zakaria Kaakour (Emir) e Charbel Kamel (Omar) — ao italiano Eros Galbiati e à atriz brasileira Rosa Peixoto, de origem indígena, protagonista, com Regis Myrupu, do premiado “A Febre”, de Maya Da-Rin.

“Salão de Baile”, de Juru, Vitã / Paula Monte

“Salão de Baile”, o documentário que terá sessão especial na noite de encerramento e entrega do Troféu Olhar aos premiados deste ano, é uma criação do pesquisador Juru e da cineasta Vitã. O filme tem a cultura do ballroom em foco. Mostra as houses fluminenses, que se apropriam de influências estrangeiras e também de elementos reconhecidamente brasileiros para construir universo que combina dança, música, moda e performance. Tudo “a partir das experiências queer periféricas e racializadas”.

Este ano, o comando do Olhar de Cinema resolveu acertar o foco da intitulada Mostra Foco com instigante conceito norteador: o “Cinema de Luta”. Serão exibidos quatro filmes recentes que estabelecem relação imediata e frontal com a vida social e política do país. As produções escolhidas mostram a atuação de cidadãos brasileiros envolvidos em movimentos sociais e que “fazem de suas práticas audiovisuais parte integrante de combate interessado em produzir mudanças efetivas em seu entorno”.

São eles: “O Canto das Margaridas”, do Coletivo Mulheres no Audiovisual PE, “Lagoa do Nado – A Festa de um Parque”, de Arthur B. Senra, “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, e “Ouvidor”, de Matias Borgström. Enfim, obras que se apresentam como “forma de pensar o poder do cinema entendido como parte intrínseca de lutas maiores”.

Na mostra Progaramas Especiais, quatro realizadores chamam atenção. Primeiro, a documentarista e diretora de fotografia paranaense Heloisa Passos, que já dirigiu importantes longas-metragens, e que ganha exibição de três de seus curta-metragens, devidamente restaurados em 4K, realizados sozinha (caso de “Viva Volta”, sobre o trombonista Raul de Souza, que completa 20 anos) ou com parceiras (“Osório”, com Tina Hardy, e “Do Tempo que Eu Comia Pipoca”, com Catherine Agniez). Segundo, a dupla Ortega e Carvalho. Terceiro, o experiente Murilo Salles.

Do Rio Grande do Sul, em parceria com o seminal núcleo pernambucano do Vídeo nas Aldeias, o Olhar de Cinema exibirá  “A Transformação de Canuto”. Trata-se de obra singularíssima, gerada pelo imaginário de um indígena-cineasta, Ariel Kuaray Ortega, do Coletivo Mbyá-Guarani, em parceria com Ernesto de Carvalho. Discípulo de Vincent Carelli (e Ernesto de Carvalho, também diretor de fotografia), Ariel e equipe se uniram para contar a história de Canuto, um indígena que, em tempos passados, teria se transformado em uma onça. Trata-se de filme-processo, premiado no IDFA, o poderoso Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, e que contou com opiniões conceituais até da cineasta argentina Lucrécia Martel. Sim, ela leu o roteiro e fez sugestões, algumas delas acatadas. O filme soma, com imensa liberdade, documentário e ficção. Recomendado a quem quer mergulhar numa instigante experiência cinematográfica, que dura 2h10′.

Outro destaque é “Mário de Andrade, o Turista Aprendiz”, de Murilo Salles, um de nossos mais importantes diretores de fotografia (“Cabaret Mineiro”, de Prates, “Tabu”, de Bressane, “Eu te Amo”, de Jabor) e diretor de obras ficcionais (de “Nunca Fomos Tão Felizes” a “Os Fins e os Meios”) e de muitos longas documentais. Um dos mais recentes, “Uma Baía”, chegou aos cinemas mês passado.

Confira a programação do festival:

Mostra Competitiva Brasileira (longa-metragem)

. “Praia Formosa”, de Julia De Simone (90’)
. “Quem É essa Mulher?”, de Mariana Jaspe (70’)
. “Um Dia Antes de Todos os Outros”, de Valentina Homem e Fernanda Bond (73′)
. “Tijolo por Tijolo”, de Victoria Alvares e Quentin Delaroche (102’)
. “A Mensageira”, de Cláudio Marques (140’)
. “Greice”, de Leonardo Mouramateus, (110’)
. “O Rancho da Goiabada, ou Pois É Meu Camarada, a Vida Não é Fácil”, de Guilherme Martins (72’)
. “O Sol das Mariposas”, de Fábio Allon (105’)

Mostra Competitiva Brasileira (curta e média-metragem)

. “Povo do Coração da Terra”, do Coletivo Guahu’i Guyra (39’)
. “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro”, de Larissa Barbosa (25’)
. “Rinha”, de Rita M. Pestana (22’)
. “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”, de Clari Ribeiro (21’)
. “Capturar o Fantasma”, de Davi Mello (12’)
. “Caravana da Coragem”, de Pedro B. Garcia (24’)
. “Viventes”, de Fabrício Basílio (20’)
. “Cavaram uma Cova no meu Coração”, de Ulisses Arthur (24’)

Mostra Competitiva Internacional (longa-metragem)

. “Os Paraísos de Diane” (“Les Paradis de Diane”), de Carmen Jaquier, Jan Grassmann (Suíça, 97’)
. “Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser” (“Ještě Nejsem, Kým Chci Být”), de Klára Tasovská (Rep. Tcheca, Eslováquia, Áustria, 90′)
. “Ivo” (“Ivo”), de Eva Trobisch (Alemanha, 104’)
. “Caminhos Cruzados” (“Crossing”), de Levan Akin (Suécia, Dinamarca, França, 105’)
. “As Noites Ainda Cheiram a Pólvora” (“The Nights Still Smell Of Gunpowder”), de Inadelso Cossa (Moçambique, França, Alemanha,Portugal, 92’)
. “Pepe” (“Pepe”), de Nelson Carlos De Los Santos Arias (Rep. Dominicana, Namíbia, Alemanha, França,122’)

Mostra Competitiva Internacional (curta e média-metragem)

. “Nossas Ilhas” (“Nos Îles”), de Aiha Thalien (França, Martinica, 23’)
. “Caindo” (“Falling”), de Anna Gyimesi (Hungria, Bélgica, Portugal , 16’)
. “Contrações” (“Contractions”) de Lynne Sachs ( EUA, 12’)
. “Uma Pedra Atirada”, de Razan AlSalah (Palestina, Líbano, Canadá, 40 min)
. “Desde Então, Estou Voando” (“O Gün Bu Gündür, Uçuyorum”), de Aylin Gökmen (Suíça , 19’)
. “Mamántula” (“Mamántula”), de Ion de Sosa ( Espanha, Alemanha, 45’)
. “Minha Pátria” (“Mawtini”), de Tabarak Abbas (Suíça, 13’)
. “Sonhos como Barcos de Papel” (“Des Rêves en Bateaux Papiers”), de Samuel Suffren (Haiti, 19′)

Mostra Novos Olhares (dedicada a longas que têm maior radicalidade em suas propostas estéticas, trilhando caminhos desconhecidos)

. “Entre Vênus e Marte”, de Cris Ventura (Brasil, 61’)
.  “Perdendo a Fé”  (“Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin”), de Martha Mechow (Áustria, Alemanha, 100’)
. “Idade da Pedra”, de Renan Rovida (Brasil, 70’)
. “Jean Genet Agora” (“Jean Genet Ahora”), de Miguel Zeballos (Argentina, 75’)
. “Caixa de Areia” (“Bac a Sable”), de Lucas Azémar e Charlotte Cherici (França, 59’)
. “Geração Ciborgue” (“Cyborg Generation”, de Miguel Morillo Vega (Espanha, 63’)

Mostra Olhar Retrospectivo (Hou Hsiao-hsien – Taiwan)

. “A Assassina” (“Cike Nie Yin Niang”, Taiwan, 2015, 105’)
. “Café Lumière” (“Kôhî Jikô”, Japão, 2003, 108’)
. “Millennium Mambo” (“Qian Xi Man Bo”, Taiwan, 2000, 119’)
. “Adeus, Ao Sul” (“Nan Guo Zai Jian, Nan Guo”, Taiwan, 1996, 116’)
. “O Mestre das Marionetes” (“Xi Meng Ren Sheng”, Taiwan, 1993, 142’)
. “Cidade das Tristezas” (“Bei Qing Cheng Shi”, Taiwan, 1989, 157’)
. “Poeira ao Vento” (“Liàn Liàn Fengchén”, Taiwan, 1986, 109’)
. “Tempo de Viver e Tempo de Morrer“ (“Tóngnián Wangshì”, Taiwan, 1985, 138’)

Mostra Pequenos Olhares

. “O Sonho de Clarice”, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho (Brasil, 83’)
. “Almadia”, de Mariana Medina (Brasil, 8’)
. “Ana e as Montanhas”, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (Brasil, 13’)
. “Ária”, de Arthur P. Motta (Brasil, 13’)
. “Camille”, de Denise Roldán (México, 12’)
. “Casa na Árvore”, de Guilherme Lepca (Brasil, 8’)
. “Lagrimar” , de Paula Vanina (Brasil, 14’)
. “Os Defensores de Típota”, de Caio Guerra (Brasil, 14’)
. “Pororoca”, de  Fernanda Roque e Francis Frank (Brasil, 6′)

Mostra Olhares Clássicos

. “Era Uma Vez Beirute” (“Kanya Ya Ma Kan, Beyrouth”), de Jocelyne Saab (Líbano, 1994, 104’)
. “As Mulheres Palestinas” (“Les Femmes Palestiniennes”), de Jocelyne Saab (Líbano, 1974, 16’)
. “O Comboio do Medo” (“Sorcerer”), de William Friedkin (EUA, 1977, 121’)
. “Sem Chão” (“Losing Ground”), de Kathleen Collins (EUA, 1982, 86’)
. “Sherlock Jr.”, de Buster Keaton (EUA, 1924, 45’)
. “A Guerra do Pente”, de Nivaldo Lopes (Brasil, 1986, 45’)
. “Um é Pouco, Dois é Bom”, de Odilon Lopez (Brasil, 1970, 94’)

Mostra Mirada Paranaense

. “A Cápsula”, de Ribamar Nascimento (longa-metragem, 92’)
. “Adam”, de Ana Catarina (14’)
. “BAOBAB, de Bea Gerolin (10’)
. “Esse Navio Vai Afundar”, de Luc da Silveira (6’)
. “Jacu Herói”, de Pedro Carregã (7’)
. “Nada Ficou no Lugar”, de Stefano Lopes (21’)
. “Prontuário nº415361”, de Vino Carvalho (19’)
. “Quarto Vazio”, de Julia Vidal (19’)
. “Terra Incógnita”, de Waleska Antunes (9′)

Mostra Foco (Brasil)

. “O Canto das Margaridas”, Coletivo Mulheres no Audiovisual PE (80’)
. “Lagoa do Nado – A Festa de Um Parque”, de Arthur B. Senra (77’)
. “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (74’)
. “Ouvidor”, de Matias Borgström (74’)

Mostra Exibições Especiais

. “A Transformação de Canuto”, de Ariel Ortega e Ernesto de Carvalho (Brasil, 130’)
. “Mário de Andrade, o Turista Aprendiz”, de Murilo Salles (Brasil, 92’)
. “Lista de Desejos Para Superagüi” , de Pedrio Giongo (Brasil, 72’)
. “Mário”, de Billy Woodbury (Portugal, França, 120’)
. “O Patinador, A Vida, A Luta” (“The Roller, The Life, The Fight”), de Elettra Bisogno e Hazem Alqaddi (Bélgica, 83’)
. “Viva Volta”, de Heloísa Passos (Brasil,15’)
. “Osório”, de Heloísa Passos e Tina Hardy (Brasil, 12’)
. “Do Tempo que Eu Comia Pipoca”, de Heloísa Passos e Catherine Agniez (Brasil, 18’)

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