Cinemateca Brasileira faz sessões especiais com acessibilidade
A Cinemateca Brasileira vai realizar, nos meses de agosto e setembro, uma série de sessões ao ar livre e acessíveis para pessoas com deficiências visual e auditiva. A seleção de filmes brasileiros recentes será projetada com acessibilidade Libras e audiodescrição de forma gratuita.
As sessões fazem parte do Projeto Modernização dos Espaços de Exibição da Cinemateca Brasileira, aprovado por edital da Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. O projeto modernizou a infraestrutura de projeção da área externa da Cinemateca Brasileira, que agora conta com um novo projetor a laser, com resolução de imagem 4K, e kits de acessibilidade audiovisual.
Em parceria com a Downtown Filmes, “Mussum, o Filmis” (2023) abre a programação no dia 9 de agosto. O longa-metragem narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, indo muito além do Mussum que o grande público conhece: a infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira, o sucesso com os Originais do Samba, além de bastidores de Os Trapalhões. Dirigido por Silvio Guindane, a obra foi premiada como Melhor Filme pelo Júri Técnico e pelo Júri Popular no Festival de Gramado.
Para marcar o mês do orgulho lésbico, no dia 11 de agosto será exibido “Neirud” (2023), de Fernanda Faya. O filme conta a história da tia da diretora, cujas origens ninguém sabe ao certo. Ao longo dos 10 anos que se estenderam a realização da obra, Fernanda busca conhecer sua protagonista, que trabalhava no circo como parte da trupe de luta livre feminina, junto de sua avó. O longa foi vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, dentre eles, Melhor Filme no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, Melhor Roteiro no Festival Mix Brasil, Melhor Documentário no KASHISH Pride Film Festival (Índia) e no OUTshine LGBTQ+ Film Festival (Estados Unidos).
No dia 16 de agosto, em parceria com a Manjericão Filmes, será exibido “Meu Nome é Bagdá” (2020), de Caru Alves de Souza. A obra acompanha a trajetória de Badgá, uma jovem de 17 anos que vive na periferia de São Paulo. Quando ela finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda completamente. Selecionado para a mostra Generation do Festival de Berlim, levou o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Internacional.
No dia 6 de setembro, em parceria com a Paranoid Filmes, os espectadores poderão conferir “A Batalha da Rua Maria Antônia” (foto, 2023), de Vera Egito. Rodado em 21 planos-sequência, o drama histórico resgata um episódio central da resistência estudantil à ditadura militar. Grande vencedor do Festival do Rio, o filme entrará no circuito comercial nos próximos meses, mas já poderá ser assistido gratuitamente na Cinemateca Brasileira na sessão especial.
Em parceria com a Descoloniza Filmes, será exibido o musical queer infanto-juvenil “Nós Somos o Amanhã” (2024), de Lufe Steffen. O filme parte do universo escolar dos anos 80 para examinar o bullying de forma lúdica e inventiva. Com elementos do universo fantástico e da cultura LGBT e um elenco de peso, composto, entre outros, por Claudia Ohana e Silvero Pereira, “Nós Somos o Amanhã” ocupa a tela externa em grande estilo no dia 7 de setembro.
A programação é inteiramente gratuita e sujeita à lotação do espaço e disponibilidade dos aparelhos. A Cinemateca Brasileira fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, em São Paulo. Os horários das sessões podem ser consultados em www.cinemateca.org.br.
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