Filme brasileiro ganha prêmio de melhor curta de ficção do Festival Internacional Cine Gibara, em Cuba

O curta-metragem “Como Matar uma Boneca”, do cineasta meritiense Alek Lean, já havia sido premiado em diversos festivais internacionais antes de chegar à ilha de Cuba. Alek Lean recebeu o Prêmio da Crítica de Melhor Roteiro no 1º Festival de Cinema de Xerém. Além disso, “Como Matar uma Boneca” conquistou o Prêmio de Melhor Curta de Conscientização Social na Índia (SIFF) e mais três prêmios de melhor roteiro: no Festival Internacional de Cinema de Curta-metragem do Rio de Janeiro, no CCAIFF de Pernambuco e no Brazil New Visions Film Festival.

A trama do filme gira em torno de “Senhora”, uma fotógrafa ambiental sensitiva que sente energias através de uma guia de Oxumaré que carrega no peito. Após encontrar uma boneca na mata fechada, ela decide entregá-la na casa mais próxima. A boneca, por coincidência, pertence à dona da casa, uma mulher peculiar que demonstra comportamentos inquietantes em relação ao brinquedo. Com poucos diálogos, o filme usa símbolos e easter eggs para fazer críticas e reflexões sobre os anos recentes.

“Como Matar uma Boneca” estreou no final de 2023, no Brasil e em Portugal, e já foi exibido em festivais de cinema em Hollywood (EUA), Bollywood (Índia) e Nollywood (Nigéria). Produzido pelo coletivo Experimental Filmes de São João de Meriti e gravado próximo à reserva biológica de Jaceruba, o curta envolveu profissionais majoritariamente negros da Baixada Fluminense e de regiões periféricas do Rio de Janeiro, com uma locação no meio da floresta.

O projeto de Alek Lean venceu o Prêmio LabCurta – FUNARJ e teve seu lançamento internacional em Lisboa, no FESTin, e no Festival Guarnicê de Cinema (Maranhão). O curta também foi escolhido para ser o filme de encerramento do Inside Nollywood International Film Festival & Awards (INIFFAA), um evento que celebra as realizações de mentes criativas africanas e cineastas de ascendência africana ao redor do mundo.

O diretor Alek Lean é conhecido por suas experimentações em diversos gêneros, como a videoarte “Por Trás das Tintas” e o docudrama “Eu Não Nasci pra Ser Discreta”, ambos disponíveis na plataforma Todesplay. É também o idealizador do coletivo Experimental Filmes, focado em direitos humanos, e curador da Mostra de Cinema Curta Meriti. Em 2022, ganhou o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana de Literatura na FLIDAM e, em 2023, o Prêmio Pretas Potências na categoria audiovisual.

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