“Ainda Estou Aqui”, novo longa de Walter Salles, é ovacionado no Festival de Veneza
Foto © Fiorenzo De Luca
No último domingo, dia 1º de setembro, na competição oficial do 81º Festival de Veneza, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, foi aplaudido por 10 minutos na sua estreia mundial. Além do cineasta, estiveram presentes no tapete vermelho os protagonistas do longa, Fernanda Torres e Selton Mello, e Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Pri Helena, Antonio Saboia, Humberto Carrão, Luiz Bertazzo, Guilherme Silveira e Cora Mora, que integram o elenco.
Com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, “Ainda Estou Aqui” é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção. Marcelo, Anna Lucia, Beatriz e Vera, filhos de Rubens Paiva, também participaram da cerimônia em Veneza.
Esta é a terceira vez que o cineasta participa do festival, onde esteve em 2001 acompanhando a estreia de “Abril Despedaçado” e em 2009 recebeu o prêmio Robert Bresson, pelo conjunto da sua obra. Em seguida da estreia mundial, o longa participa do 49º Festival de Toronto e, depois, na sessão Spotlight do 62º Festival de Nova York, realizado no Lincoln Center.
“Ainda Estou Aqui” promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de “Terra Estrangeira” e “O Primeiro Dia”. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles 26 anos depois de seu trabalho em “Central do Brasil” – filme que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, o Globo de Ouro de melhor longa estrangeiro e o Bafta de melhor filme em língua não inglesa –, e deu a ela o Urso de Prata de melhor atriz.
Com distribuição nos cinemas brasileiros pela Sony Pictures, “Ainda Estou Aqui” é uma coprodução entre Brasil e França. O longa é o primeiro filme original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração.