Cine Diversidade abre chamada para curtas-metragens latino-americanos

O Rio de Janeiro receberá, em 2025, a 7ª edição da Cine Diversidade – Gênero e Sexualidade no Cinema, uma mostra que reúne curtas-metragens, videoartes e clipes independentes de diversos países da América Latina. Com o tema de gênero e diversidade sexual, o evento marca a primeira edição com participação internacional, ampliando o alcance para filmes latino-americanos que explorem a intersecção entre identidade de gênero, orientação sexual, questões étnico-raciais e ambientais. Com inscrições abertas até o dia 25 de novembro, as produções selecionadas concorrerão a prêmios em dinheiro.

Para participar, os interessados devem inscrever suas produções no formulário oficial disponível neste link, seguindo o regulamento do evento.

A programação da Cine Diversidade no próximo ano será a maior já organizada pelo evento, com quase três meses de duração. As exibições temáticas acontecem em diferentes bairros do Rio de Janeiro e, entre 17 de janeiro e 15 de fevereiro, a mostra oferecerá sessões gratuitas ao público e, de 16 de fevereiro a 15 de março, uma etapa online, no canal da Coletiva Delas, no YouTube. Durante este período, o público poderá votar nos filmes favoritos, interagindo digitalmente com os conteúdos.

Para 2025, a mostra contará com 50 filmes selecionados, divididos em cinco categorias temáticas, cada uma com uma curadoria específica, garantindo uma visão especializada e diversa para a seleção de cada segmento. Uma das categorias é Reflexos do Feminino, composta por filmes que abordam a luta das mulheres, com histórias protagonizadas e dirigidas por equipes majoritariamente femininas. A curadoria desta categoria é realizada por Luana Rocha, cineasta com sólida formação e experiência em documentários de impacto social.

A segunda categoria, Ser Trans, destaca produções que exploram as questões de identidade de gênero, com protagonismo e direção de pessoas transvestigêneres. A curadoria é assinada por Julia Katharine, cineasta e a primeira diretora trans do Brasil a entrar no circuito comercial, reconhecida pelo curta-metragem “Tea for Two”. Já a categoria Cine Sexualidade recebe obras que tratam da diversidade sexual, incluindo produções protagonizadas e realizadas por equipes não heteronormativas. O ator e produtor cultural Renan Fragale, que atua na valorização da produção LGBTQIAPN+, é o responsável por essa curadoria.

Além disso, a mostra abre espaço para produções de videoarte e clipes que abordem os temas de gênero e diversidade sexual, coordenados pelo multiartista visual Hiura Fernandes, que investiga culturas afro-diaspóricas em contextos urbanos. Por fim, a sessão Corpos Visíveis terá uma retrospectiva com filmes que marcaram edições anteriores da mostra, trazendo uma seleção realizada pela própria Coletiva Delas, idealizadora e organizadora da Cine Diversidade.

A programação completa será divulgada nas redes sociais e no site oficial da mostra.

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