Olhar de Cinema divulga filmes selecionados para sua 14ª edição

Foto: “Cais”, de Safira Moreira

Chegando em sua 14ª edição, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba anunciou os longas e curtas-metragens que compõem a programação deste ano. Com realização de 11 a 19 de junho, o evento contará com sessões em espaços emblemáticos da capital paranaense, ocupando de forma inédita o MON – Museu Oscar Niemeyer (Auditório Poty Lazzarotto), um dos principais pontos turísticos da cidade. A Ópera de Arame, outro local imponente da capital, receberá por mais um ano a exibição do filme de abertura. As sessões também ocorrem no Cine Passeio, no Teatro da Vila, Cine Guarani, que pela primeira vez será local de exibição após passar por um processo de reforma e reestruturação, e a Cinemateca, que completa 50 anos de história com novos equipamentos de projeção e som.

Composto por 10 mostras, sendo Competitiva Brasileira, Competitiva Internacional, Novos Olhares, Mirada Paranaense, Exibições Especiais, Olhar Retrospectivo, Olhares Clássicos, Foco, Pequenos Olhares, Filme de Abertura e Encerramento, o festival promove diferentes olhares sobre determinados segmento, pauta, idade, diretor ou estilo de produção, contando com mais de 80 produções para a edição deste ano.

Os ingressos para as sessões estarão à venda a partir do dia 16 de maio, com valores que vão de R$8 (meia-entrada) a R$16, disponíveis pelo site oficial, www.olhardecinema.com.br. O Olhar de Cinema ainda contará com sessões gratuitas no Teatro da Vila, na CIC, e no Cine Guarani, no bairro Portão.

O longa-metragem que abrirá a edição 2025 do Festival Internacional de Curitiba é o “Cloud” (“Kuraudo”), assinado pelo diretor japonês Kiyoshi Kurosawa, um dos mais cultuados cineastas contemporâneos, conhecido por produções como “Pulse”(2001), “Creepy” (2016), e “A Cura” (1997).

O filme, que estreia no Brasil dentro do evento, representou o Japão na corrida do Oscar deste ano, na categoria Melhor Filme Internacional, e passou por outros renomados festivais internacionais, como o de Veneza, Toronto e Chicago.

Inspirado em uma história real, a produção é um suspense que aborda a história de um grupo de justiceiros formado na internet que se rebela contra Yoshii (Masaki Suda), que usa o pseudônimo Ratel, um revendedor online de produtos baratos a preços elevados. Apesar de trabalhar como operário em uma pequena fábrica, o jovem se dedica a revender todos os tipos de mercadorias online, desde roupas a equipamentos médicos. Após negar uma promoção no local onde trabalha, ele decide viver com sua namorada em uma casa afastada da cidade.

Ao se sentir lesada, sua clientela é dominada por um sentimento de raiva, levando até mesmo pessoas não diretamente prejudicadas a se unirem contra ele, motivadas por ressentimentos pessoais.

O filme de abertura será exibido em uma sessão exclusiva na Ópera de Arame, em uma tela especial de mais de 400 polegadas montada especialmente para a exibição.

Confira todos os filmes que fazem parte da 14ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba:

Mostras Competitivas

As produções selecionadas para as Mostras Competitivas, tanto a Internacional quanto a Brasileira, concorrem pelos prêmios de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Atuação, entre outros, concedidos pelo Júri, além das premiações do público, responsável por eleger o Melhor Longa e Melhor Curta nas duas mostras.

Competitiva Brasileira – Longas

– “Apenas Coisas Boas” (Dir. Daniel Nolasco | Brasil | 2025 | 108’)
– “Aurora” (Dir. João Vieira Torres | Brasil, Portugal, França | 2025 | 130’)
– “A Voz de Deus” (Miguel Antunes Ramos | Brasil | 2025 | 85’)
– “Cais” (Dir. Safira Moreira | Brasil | 2025 | 69’)
–  “Explode São Paulo, Gil” (Dir. Maria Clara Escobar | Brasil, Portugal | 2025| 97’)
– “Glória & Liberdade” (Dir. Letícia Simões | Brasil | 2025 | 73’)
– “Paraíso” (Dir. Ana Rieper | Brasil | 2025 | 76’)
– “Torniquete” (Dir. Ana Catarina Lugarini | Brasil | 2025 | 75’)

Competitiva Brasileira – Curtas

– “A Nave que Nunca Pousa” ( Dir. Ellen Morais | Brasil | 2025 Z 15’)
– “Americana” (Dir. Agarb Braga |Brasil | 2025 | 20’)
– “Fronteriza” (Dir. Rosa Caldeira, Nay Mendl | Brasil, Paraguai | 2025 | 20’)
– “Girassóis” (Dir. Jessica Linhares, Miguel Chaves |Brasil, Paraguai |2025 |20’)
– “Maira Porongyta – O Aviso do Céu” (Dir. Kujãesage Kaiabi |Brasil |2025 | 21’)
– “Mais Um Dia” (Dir. Vinícius Silva | Brasil | 2025 | 21’)
– “Ontem Lembrei de Minha Mãe” (Dir. Leandro Afonso | Brasil | 2025 | 23’)
– “Seco” (Dir. Stefano Volp | Brasil | 2025 | 17’)

Competitiva Internacional – Longas

– “A Árvore da Autenticidade” (“L’arbre de l’authenticité” | Dir. Sammy Baloji | Bélgica, Congo |2025 | 87 min’)
– “Ariel” (Dir. Lois Patiño | Espanha, Portugal | 2025 | 108’)
– “Fire Supply” (“Fire Supply” | Dir. Lucía Seles | Argentina | 2024 | 156’)
– “Medidas para um Funeral” (“Measures For A Funeral”|Dir. Sofia Bohdanowicz|Canadá|2024|142 min)
– “Quando o Telefone Tocou” (“Kada je Zazvonio Telefon”|Dir. Iva Radivojević|Sérvia, Estados Unidos|2024|73 min)
– “Um Corpo Para Habitar” (“A Body To Live In”|Dir. Angelo Madsen|Estados Unidos|2025|98’)

Competitiva Internacional – Curtas

– “As Loucas do Sótão” (“Locas del Ático”| Dir. Tamara García Iglesias|Espanha|2024|16’)
– “Barco dos Tolos” (“ىقمحلا ةنيفس | Dir. Alia Haju | Líbano, Alemanha | 2024 | 30’)
– “Conseguimos Fazer um Filme” (Dir. Tota Alves | Portugal | 2024 | 15’)
– “Coração Azul” (“Coeur Bleu“| Dir. Samuel Suffren | Haiti, França | 2025 | 15’)
– “Después del Silencio” (Dir. Matilde-Luna Perotti | Canadá | 2024 | 14’)
– “Esportes Aquáticos” (“Water Sports” | Dir. Whammy Alcazaren | Filipinas | 2024 | 15’)
– “Ídolo Evanescente” (“ليخنلا تابس” | Dir. Majid Al-Remaihi | França, Kuwait, Catar | 2025 | 19’)
– “O Reinado de Antoine” (“El Reinado de Antoine” | Dir. José  Luis Jiménez Gómez | Cuba | 2024 | 19’)

Mostra Olhar Retrospectivo – Agnès Varda

A Mostra Olhar Retrospectivo é um espaço dedicado a um grande nome do cinema mundial, apresentando um panorama de suas produções e uma reflexão sobre sua trajetória. Quem integra a mostra na 14ª edição do Olhar de Cinema é a cineasta Agnès Varda, cujo trabalho é referido como um dos marcos do cinema moderno, do cinema realizado por mulheres, dos filmes-ensaios e dos documentários subjetivos.

Foram selecionados 10 filmes da cineasta francesa, sendo seis longas e quatro curtas-metragens, em uma temática intitulada “Derivas por Varda”, em referência aos personagens “em deriva” da realizadora e ao percurso do público pela mostra.

– “Saudações aos Cubanos” (“Salut les Cubains / Dir Agnès Varda | França / 1964 / 29’)
– “La Pointe-Courte” (“La Pointe-Courte | Dir. Agnès Varda | França | 1955 | 81’)
– “A Ópera-Mouffe” (“L’Ópera Mouffe” | Dir. Agnès Varda | França | 1958 | 17’)
– “Cléo das 5 às 7” (“Cléo de 5 às 7” | Dir. Agnès Varda | França | 1962 | 90’)
– “Tio Yanco” (“Oncle Yanco” | Dir. Agnès Varda | França | 1967 | 19’)
– “Documentira” (“Documenteur” | Dir. Agnès Varda | França | 1981 | 65’)
– “Uma canta, a outra não” (“L’une chante l’autre pas” | Dir. Agnès Varda | França | 1977 | 122’)
– “Ulysse“ (“Ulysse” | Dir. Agnès Varda | França | 1983 | 22’)
– “Os Catadores e Eu“ (“Les glaneurs et la glaneuse” | Dir. Agnès Varda | França | 2000 | 82’)
– “As Praias de Agnès“ (“Les Plages de Agnès” | Dir. Agnès Varda | França | 2008 | 108’)

Mostra Pequenos Olhares

Este espaço reúne uma seleção de produções voltada às crianças, entre longas e curtas-metragens, com o intuito de promover aos pequenos uma experiência única dentro do festival.

– “Dentro da Caixinha – Mundo de Papel” (Dir. Guilherme Reis | Brasil |2025 | 83’)
– “A Lenda de Zamu” (Dir.Ana Clara Mancuso, Marina Okamoto, Mayara Mello, Ronaldo Yoshio, Theo Souza | Brasil | 2025 | 5’)
– “A Viagem de Tetê” (Dir. Betânia Furtado | Brasil | 2025 | 10’)
– “Abraços” (Dir. Barcabogante | Brasil | 2025 | 10’)
– “Mahuru” (Dir. Vitor Ferraz | Brasil | 2025 | 12’)
– “No Início do Mundo” (Dir. Camilla Osório de Castro| Brasil |2024 | 7’)
– “Rosetta” (Dir. Isabela Paulovic |Brasil | 2025 | 7’)
– “Três Vírgula Catorze” (Dir. Joana Nogueira, Patrícia Rodrigues |Portugal | 2024 | 11’)
– “Um Monstro e Meia” (Dir. Rama Rambo, Mariana Leal | Brasil | 2025 | 22’)

Mirada Paranaense

A Mirada Paranaense promove um panorama da produção audiovisual do Paraná, com um olhar dedicado a filmes de todo o estado.

– “Notas Sobre um Desterro” (Dir. Gustavo Castro | Brasil | 2025 | 80’)
– “A Mão Invisível” (Dir. Fernando Moreira | Brasil | 2024|16’)
– “Areia” (Dir. Ive Machado, Gustavo Ribeiro | BRasil | 2024 | 7’)
– “Bem Me Quer, Mal Me Quer” (Dir. Victoria Spitzner, Gabrielle Santana |Brasil| 2025| 14’)
– “Dança dos Vagalumes” (Dir. Maikon Nery | BRasil | 2025 | 25’)
– “Entre Sinais e Marés” (Dir. João Gabriel Ferreira, João Gabriel Kowalski |Brasil |2025|14’)
– “Fabulosas – Operação Aranha” (Dir. Th Fernandes, Lua Lambertti | Brasil | 2025 | 15’)
– “Guairacá” (Dir. Luan Rodrigues | Brasil | 2025 | 18’)
– “Interior, Dia” (Dir. Luciano Carneiro, Paulo Abrão| Brasil | 2025|20’)

Mostra Exibições Especiais

Esse espaço é dedicado a obras inéditas no Brasil de grandes nomes do cinema mundial, assim como filmes brasileiros incontornáveis da última temporada que estrearam em outros eventos, mas chegam para Curitiba no Olhar de Cinema.

– “Batguano Returnos – Roben na Estrada” (Dir. Tavinho Teixeira, Fred Benevides |Brasil | 2025 | 84 min)
– “Canções de uma Terra Ardente” (Dir. Olha Zhurba | Ucrânia, França, Suécia, Dinamarca | 2024 |95 min)
– “Hot Milk” (Dir. Rebecca Lenkiewicz | Reino Unido, Grécia | 2024 | 92 min)
– “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” (Dir. Bruno Costa | Brasil | 2025 | 84’)
– “Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas” (Dir. Júlio Bressane, Rodrigo Lima |Brasil |2025 | 147’)
– “Salomé” (Dir. André Antônio | Brasil | 2024 | 118’)
– “Tardes de Solidão” (“Tardes de Soledad” | Dir Albert Serra| Espanha, França, Portugal| 2024|125’)

Novos Olhares

A Mostra Novos Olhares é voltada a produções ousadas, que flertam com o risco, a invenção e caminhos desconhecidos em seu uso da linguagem cinematográfica, optando pela radicalidade e desprendimento das convenções do cinema.

– “Aoquic iez in Mexico! O méxico Não Existirá Mais” (“¡Aoquic iez in Mexico! ¡Ya México no existirá más!|Dir. Annalisa D. Quagliata Blanco | México | 2024 | 80’)
– “Em vez de Árvores” (“En vez de árboles” / “Anstatt Bäumen” | Dir Philipp Hartmann |Alemanha, Argentina | 2024 | 79’)
– “Invenção” (“Invention” | Dir. Courtney Stephens| Estados Unidos | 2024 | 72’)
– “Na Passagem do Trópico” (Dir. Francisco Miguez| Brasil |2025 | 86’)
– “Os Lobos” (“Les Loups” | Dir. Isabelle Prim| França | 2024 | 96’)
– “Voz Zov Vzo” (Dir. Yhuri Cruz | Brasil | 2025 | 51’)

Olhares Clássicos

Este espaço reúne uma seleção diversa de filmes de todo o mundo que marcaram a história da sétima arte, integrando a mostra como uma homenagem a seus realizadores, assim como por seus posicionamentos inovadores em relação às produções contemporâneas da edição.

– “A Grande Cidade” (Dir. Carlos Diegues | Brasil| 1966 | 80’)
– “A Greve” (“Stachka” | Dir. Sergei Eisenstein | URSS | 1925 | 82’)
– “Carta Camponesa” (“Kaddu Beykat” | Dir. Safi Faye | Senegal | 1975 | 98’)
– “Desapropriado” (Dir. Frederico Fullgraf | Brasil | 1983 | 59’)
– “Eraserhead” (Dir. David Lynch | Estados Unidos | 1977 | 89’)
– “Eu, A Pior de Todas” (“Yo, La Peor de Todas”| Dir. Maria Luisa Bemberg | Argentina | 1990 |105 min)
– “Meu Nome é Oona” (“My name is Oona” | Dir. Gunvor Nelson | Estados Unidos | 1969|10’)
– “Plantar nas Estrelas” (Dir. Geraldo Sarno | Brasil | 1978 | 17’)
– “Quarup Sete Quedas” (Dir. Frederico Fullgraf | Brasil | 1983 | 14’)
– “Yeelen – A Luz” (“The Light” | Dir. Souleymane Cissé | Mali | 1987 | 105’)

Mostra Foco

Neste ano, a Mostra Foco leva o tema “Arquivos Desobedientes: O Cinema e as Rasuras da História”, promovendo um recorte de filmes e diálogos entre comunidades do Sul Global, com obras de diferentes contextos e épocas, que convocam e elaboram arquivos a partir de posturas contestatórias.

– “A Fidai Film” (Dir. Kamal Aljafari | Alemanha, Catar, Brasil, França |2024 | 78 min)
– “A Zerda e os Cantos do Esquecimento” (“La Zerda et Les Chants de l’Oubli” | Dir. Assia Djebar |Algeria | 1983 | 60’)
– “Dahomey” (Dir. Mati Diop| Senegal, França, Benim | 2024 | 68’)
– “Ngupelngamarrunu, Tempo da Noite Vamos” (“Ngupelngamarrunu, Night Time Go” | Dir. Elizabeth Povinelli | Austrália| 2017 | 31’)
– “Notas Sobre a Tortura e Outras Formas de Diálogo” (“Apuntes sobre la tortura y otras formas de diálogo” | Dir. Patricio Guzmán | Espanha | 1968 | 15’)
– “O Grito” (“El Grito” | Dir. Leobardo López Arretche | México | 1968 | 120’)
– “Recorrências Perpétuas” (“Perpetual Recurrences” | Dir. Reem Shilleh | Palestina | 2016 | 60’)
– “Sobrenome Viet, Nome Próprio Nam” (“Surname Viet Given Name Nam” | Dir. Trinh T. Minh-ha | Estados Unidos | 1988 | 108’)
– “Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá” (Dir. Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero, Luisa Lanna | Brasil | 2024 | 90’)

Filme de encerramento

O longa selecionado para encerrar a 14ª edição do Festival Internacional de Curitiba é o “Verde Oliva”, do diretor Wellington Sari, um suspense político inspirado no filme de Brian de Palma, “Um Tiro na Noite”.

1º MECI – Mercado do Cinema Independente

A programação do Olhar de Cinema deste ano ainda conta com o 1º MECI – Mercado do Cinema Independente, um evento que nasce com o objetivo de fortalecer o cinema independente, criando um espaço dedicado à conexão entre realizadores, distribuidores, exibidores, plataformas de streaming, canais e profissionais do setor audiovisual.

Com realização de 16 a 18 de junho, no MON – Museu Oscar Niemeyer, o MECI é a primeira iniciativa no Brasil focada em longas-metragens independentes, visando ampliar oportunidades, fomentar parcerias estratégicas e impulsionar negócios que movimentam e fortalecem a sétima arte.

Entre alguns dos nomes confirmados para o 1º Mercado do Cinema Independente, estão as produtoras Fernanda Lomba e Ana Camila Esteves; o executivo de aquisição e coprodução de conteúdo nacional do Telecine, Gabriel Cohen; o chefe de estratégias de conteúdo da Disney, Cristiano Lima; a pesquisadora de cinema alemã, Barbara Wurm; e os cineastas Aly Muritiba e Marcelo Caetano.

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