Olhar de Cinema exibe “Cloud”, na Ópera de Arame, e ocupa “cartões postais” de Curitiba

Por Maria do Rosário Caetano

O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba resolveu ampliar sua relação com os principais cartões postais da capital paranaense. Depois de transferir sua festa inaugural para a originalíssima Ópera de Arame e encantar os cinéfilos com a beleza art nouveau do Cine Passeio, chegou a hora de agregar o MON (o badalado Museu Oscar Niemeyer) como mais um dos privilegiados cenários de sua décima-quarta edição.

Na noite dessa quarta-feira, 11 de junho, o filme “Cloud – Nuvem da Vingança”, eletrizante thriller do japonês Kiyoshi Kurosawa (nenhum parentesco com o “samurai” Akira), será exibido para convidados na Ópera de Arame, cercada de água-e-mata.

Somente na décima-segunda edição do Olhar de Cinema, em 2023, surgiu a ideia de transferir a sessão inaugural para a Ópera do Arame. O primeiro convidado foi a comédia homoafetiva paranaense “Casa Izabel”, de Gil Baroni. Sucesso avassalador. No ano seguinte, o escolhido foi o amazônico “Retrato de um Certo Oriente”, parceria do pernambucano Marcelo Gomes com o manauara Milton Hatoum. Outro sucesso estrondoso. Agora, chegou a vez de testar um convidado internacional, vindo do sudeste asiático. Vejamos como o público vai receber “Nuvem da Vingança”.

O Olhar de Cinema prossegue até dia 19 de junho, quando serão entregues troféus aos premiados de suas diversas mostras competitivas. Ao longo de nove dias serão exibidas 80 produções vindas da África, Oriente Médio, Ásia, Europa, das Américas e da Oceania. Com destaque especial para o Brasil, pois, desde o ano passado, a produção nacional ganhou destaque especial, com competição de longas-metragens.

O Festival de Curitiba nasceu ancorado em nome de explícita cinefilia – Olhar de Cinema. Os anos foram passando e a cumplicidade dos espectadores com o evento só fez crescer. Cumplicidade com os filmes, claro!, mas também com “espaços afetivos” como os agora mobilizados pela equipe de Antônio Gonçalves Jr, um dos fundadores do Olhar de Cinema e seu diretor geral e artístico.

Por isso, além do uso da Ópera de Arame, do Cine Passeio e do MON, agregam-se ao festival o Teatro da Vila e o Cine Guarani. E aprofunda-se a parceria com a Cinemateca de Curitiba, outro espaço emblemático da cidade. A instituição comemora seus 50 anos e o faz com “novos e qualificados equipamentos de projeção e som”.

O sucesso do restauro do charmoso Cine Passeio serviu para chamar atenção para outros espaços tradicionais (caso do Cine Guarani, reaberto em 2012) de uma capital tão orgulhosa de seu planejamento arquitetônico-urbanístico. A ponto de ter servido como um dos modelos de “Megalopolis”, o derradeiro (e megalomaníaco) filme de Francis Ford Coppola.

O Teatro da Vila, que passa a sediar atividades do Olhar de Cinema, situa-se na Vila Nossa Senhora da Luz, na CIC (Cidade Industrial de Curitiba). Ao tornar-se um dos cenários do festival, o “Vila” ajuda o Olhar de Cinema a ampliar seu alcance para além dos “cartões postais” curitibanos. Ciente de seu zelo com os espaços públicos, a Fundação Cultural de Curitiba avisa que “o cine-teatro conta com 245 lugares, modernos equipamentos de projeção de filmes”, além de “sistema de iluminação e sonorização para espetáculos cênicos”.

Há festivais brasileiros que acontecem em tendas, pois suas cidades-sede não dispõem de cinemas (nem de teatros). Já o Olhar de Cinema, que até o ano passado recorria aos circuitos de shoppings-centers, agora, dá-se ao luxo de servir de vitrine à saudável febre de restauração cultural que tomou conta do município de Curitiba. São seis – vale repetir – os espaços que vão respirar cinema e mobilizar os munícipes por nove dias – Arame, Passeio, MON, Cinemateca, Vila CIC e Guarani. Se continuar nesse embalo, o Olhar irá parar (até) no Teatro Guaíra!

Redesenhada a nova configuração arquitetônico-urbanística do festival, chega a hora de ir à sua essência – os filmes que serão exibidos em seus dez segmentos. Os principais são as Competitiva Brasileira, a Competitiva Internacional (de curtas e longas-metragens) e a Novos Olhares (esta para filmes mais “cabeçudos” ou arriscados). Complementadas com a Mirada Paranaense (para a produção local, com quatro longas-metragens, dois médias e onze curtas), Exibições Especiais (filmes contemporâneos), Olhar Retrospectivo (Mostra Agnès Varda), Olhares Clássicos (do centenário “A Greve”, de Eisenstein, a “Eu, a Pior de Todas”, da argentina Maria Luiza Bemberg), Mostra Foco (com filmes de Patricio Guzmán, Mati Diop, da Palestina e de coletivos indígenas) e Pequenos Olhares (para a garotada).

Os convidados para a noite inaugural e para a festa de encerramento assistirão a “Cloud”, do prolífico Kiyoshi Kurosawa, e ao brasileiro “Verde Oliva”, de Wellington Sari. Com seis sedes e 80 filmes no cardápio, os cinéfilos terão que desdobrar-se, fibra por fibra (e dormir pouco), caso queiram desfrutar de metade dos títulos da robusta programação. O Festival de Curitiba, registre-se, firmou-se, em sua primeira década de existência, como um dos mais importantes do país.

A competição de longas nacionais reúne oito filmes, sendo cinco de diretoras-mulheres. Elas marcam presença com “Glória & Liberdade”, da baiana Letícia Simões, “Cais”, de Safira Morena (também baiana) e com três Anas – Ana Clara Escobar, com “Explode São Paulo, Gil!”, Ana Rieper, com “Paraíso”, e Ana Catarina Lugarini, com “Torniquete”.

Lugarini é curitibana, foi assistente de Aly Muritiba, um dos criadores do Olhar de Cinema, e faz sua estreia no longa-metragem. No elenco, Marieta Severo, que além de ser uma das protagonistas dessa trama embalada em atmosfera de horror, tornou-se sua produtora associada. A cineasta, acompanhada de sua famosa atriz, vai, portanto, jogar em casa.

O time masculino da competição compõe-se com o recifense (radicado na França) João Vieira Torres, diretor de “Aurora”; com o uspiano Miguel Antunes Ramos (“A Voz de Deus”, protagonizado por personagens ligados ao mundo da pregação religiosa), e o goiano Daniel Nolasco, com “Apenas Coisas Boas”.

As produções selecionadas para as mostras competitivas, tanto a internacional quanto a brasileira, concorrem ao Troféu Olhar de melhor filme, direção, atuação e roteiro concedidos pelo Júri oficial, além dos prêmios do Público, responsável por eleger os melhores longas e curtas, nacionais e internacionais, e da Crítica, outorgado pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

Como faz desde sua criação, 14 anos atrás, o Olhar de Cinema oferece aos cinéfilos, a cada novo ano, títulos memoráveis. O maior de todos, esse ano, é “Os Catadores e a Catadora” (“Les Glaneurs et la Glaneuse”), que Agnès Varda realizou 25 anos atrás. E que ocupa o oitavo lugar na lista de maiores documentários de todos os tempos, elaborada pela Sigth & Sound-BFI (Instituto Britânico de Cinema).

Ao longo de poderosos 82 minutos, Varda percorre a França filmando catadores, aqueles que recolhem sobras, objetos ou alimentos descartados.

Os norte-americanos batizaram o filme como “The Gleaners and I” (Os Catadores e Eu). O título francês é menos egóico. E de exatidão cristalina – “Les Glaneurs et la Glaneuse”. Os portugueses mataram a pau: “Os Respigadores e a Respigadora”. Está nos dicionários da língua de Camões: respigar – recolher, reunir. Não usamos esse vocábulo, pois preferimos “catar” (somos catadores).

Os festivais brasileiros – o filme não teve lançamento comercial por aqui – por azar, copiaram a matriz anglo-saxã. E colocaram um “Eu” no título agnesiano. Coisa que a saudosa realizadora jamais faria, pois coloca-se no filme (desde o título) como mais uma “catadora” (de imagens, no caso). Seu senso coletivo está na gentileza de se colocar depois dos principais sujeitos (Os Catadores… e a Catadora). E dirigir seu foco para a colheita das sobras do mundo, esse território de consumo desenfreado, força avassaladora de nosso tempo.

Assistir a “Les Glaneurs et la Glaneuse” na tela grande constituirá experiência inesquecível para os curitibanos. Quem quiser enriquecer sua fruição desse que é o mais importante filme da inquieta criadora de “Documentira” (“Documenteur”) deve ler o brilhante ensaio que Jean-Claude Bernardet dedicou à sua dupla conterrânea (ambos são belgo-franceses). O texto está na internet.

Outra fina iguaria oferecida pelo Olhar de Cinema é “Tardes de Solidão”, do espanhol Albert Serra. O filme foi capa de edição recente da revista “Cahiers du Cinéma” e vem sendo definido como um “documentário” sobre (ou com) o toureiro peruano Andrés Roca Rey. Mas “documentário à moda Serra”, o diretor de obrigatório “Pacifiction” (lê-se “pacifikissión”, soma de Pacífico, o oceano, e ficção), que ele rodou na Polinésia francesa. E que, felizmente, chegou ao circuito comercial brasileiro (rompendo, portanto o gueto dos festivais e mostras). “Pacificção” está disponível na plataforma Mubi.

Lembremos outros títulos que, por sua raridade (em nossas telas), merecem atenção: os curtas “Notas Sobre a Tortura e Outras Formas de Diálogo”, que o chileno Patricio Guzmán realizou no exílio espanhol, e “Plantar nas Estrelas”, do baiano Geraldo Sarno, em sua passagem pela Moçambique revolucionária de Samora Machel (meados da década de 1970).

Da África, destacam-se, também, o argelino “A Zerda e os Cantos do Esquecimento”, de Assia Djebar, e o senegalês “Dahomey”, de Mati Diop. Do Oriente Médio, os palestinos “Recorrências Perpétuas”, de Reem Shilleh, e “A Fidai Film”, de Kamal Aljafari.

“Cloud” (“Kuraudo”), o novo longa de Kiyoshi Kurosawa, será exibido “em tela de mais de 400 polegadas” montada em caráter especial na Ópera de Arame. Será que vai repetir o sucesso de “Alice Jr” e “Retrato de um Certo Oriente”? Aguardemos.

Kurosawa é autor de mais de 30 longas-metragens. No Brasil, foi descoberto tardiamente. E, mesmo descoberto, seus (raros) filmes lançados em nosso circuito comercial têm contado com presença discreta do público e reduzida análise nos grandes jornais. Caso de “A Mulher de um Espião”, cujo roteiro somou o labor de dois de seus discípulos, Ryûsuke Hamaguchi (de “Drive my Car”, Oscar de filme internacional) e Tadashi Nohara.

Cultor do cinema de gênero (o thriller, o filme policial ou de terror – sem esquecer o cinema fantástico), Kiyoshi Kurosawa, que fará 70 anos no próximo dia 19 de julho, rompeu as fronteiras de seu país com “A Cura” (1997). E virou cult com “Creepy” (2016).

“Cloud – Nuvem da Vingança” foi escolhido para representar o Japão na corrida ao Oscar internacional deste ano. Deve ter deixado boa parte da Academia de Hollywood de cabelo em pé, devido à violência que toma conta de sua trama. E, consequentemente, das vidas de seus jovens protagonistas.

Na França, pátria da cinefilia, “Cloud” foi muito bem recebido pela crítica, com quatro estrelas da Cahiers du Cinéma, do Le Monde, do L’Humanité (jornal do Partido Comunista) e do L’Obs. Les Inrock o brindou com trois étoiles. Só o Libération, jornal criado por Sartre e trupe, destoou: apenas uma estrela. A dissonância é compreensível, pois “Cloud” não é para todos os gostos. Tanto que o Festival de Veneza, que, quatro anos atrás, atribuiu a Kiyoshi Kurosawa o Leão de Prata de melhor direção (por “A Mulher de um Espião “) não o selecionou para a competição pelo Leão de Ouro 2024. Só lhe serviu de vitrine em mostra paralela.

Um dos três filmes (e uma série) realizados pelo workaholic diretor japonês somente nos últimos dois anos, “Cloud” inspira-se em história real. Um jovem deixa o emprego numa fábrica e resolve ganhar a vida como vendedor (online) de produtos falsificados. Para tanto, ele usa o pseudônimo Ratel.

O rapaz decide cuidar de seu novo ofício com mais calma e espaço. Por isso, muda-se, com a namorada, para casa espaçosa e afastada da massa urbana de Tóquio (metrópole de 14 milhões de habitantes). Só que os compradores lesados pelo vendedor online resolvem unir-se e deflagar alucinante processo de vingança. A barbárie ganha o proscênio.

COMPETITIVA BRASILEIRA (LONGAS)

. “Glória & Liberdade”, de Letícia Simões (Bahia, 73’)
. “Explode São Paulo, Gil!”, de Maria Clara Escobar (Brasil, Portugal, 97’)
. “Paraíso”, de Ana Rieper (Brasil, 76’)
. “Torniquete”, de Ana Catarina Lugarini (Paraná, 75’)
. “Cais”, de Safira Moreira (Bahia, 69’)
. “Apenas Coisas Boas”, de Daniel Nolasco (Goiás, 108’)
. “Aurora”, de João Vieira Torres (Brasil, Portugal, França, 130’)
. “A Voz de Deus”, de Miguel Antunes Ramos (SP, 85’)

COMPETITIVA INTERNACIONAL (LONGAS)

. “A Árvore da Autenticidade” (“L’Arbre de l’Authenticité”), de Sammy Baloji (Bélgica-Congo, 87 min’
. “Ariel”, de Lois Patiño (Espanha e Portugal, 108’)
. “Fire Supply” (“Fire Supply”), de Lucía Seles Argentina (156’)
. “Medidas para um Funeral” (“Measures For a Funeral”), de Sofia Bohdanowic (Canadá, 142′)
. “Quando o Telefone Tocou” (“Kada je Zazvonio Telefon”), de Iva Radivojevi (Sérvia, EUA, 73 min)
. “Um Corpo para Habitar” (“A Body To Live In”), de Angelo Madsen (EUA, 98’)

NOVOS OLHARES

. “Na Passagem do Trópico”, de Francisco Miguez (Brasil, 86′)
. “Voz Zov Vzo”, de Yhuri Cruz (Brasil, 51′)
. “Os Lobos”, de Isabelle Prim (França, 96′
. “Invenção”, de Courtney Stephens (EUA, 72′)
. “Em Vez de Árvores”, de Philipp Hartmann (Alemanha, Argentina, 79′)
. “Aoquic Iez in Mexico! O México Não Existirá Mais”, de Annalisa D. Quagliata Blanco (México, 80′)

COMPETIVA BRASILEIRA (CURTAS)

. “A Nave que Nunca Pousa”, de Ellen Morais (15’)
. “Americana”, de Agarb Braga (20’)
. “Fronteriza”, de Rosa Caldeira e Nay Mendl (20’)
. “Girassóis”, de Jessica Linhares e Miguel Chaves (20’)
. “Maira Porongyta – O Aviso do Céu”, de Kujãesage Kaiabi, 21’)
. “Mais Um Dia”, de Vinícius Silva (21’)
. “Ontem Lembrei de Minha Mãe”, de Leandro Afonso (23’)
. “Seco”, de Stefano Volp (17’)

COMPETITIVA INTERNACIONAL (CURTAS)

. “As Loucas do Sótão” (“Locas del Ático”), de Tamara García Iglesias (Espanha, 16’)
. “Barco dos Tolos”, de Alia Haju (Líbano-Alemanha, 30’)
. “Conseguimos Fazer um Filme”, de Tota Alves (Portugal, 15’)
. “Coração Azul” (“Coeur Bleu“), de Samuel Suffren (Haiti, França, 15’)
. “Después del Silencio”, de Matilde-Luna Perotti (Canadá, 14’)
. “Esportes Aquáticos” (“Water Sports”), de Whammy Alcazaren (Filipinas, 15’)
. “Ídolo Evanescente”, de Majid Al-Remaihi (Kuwait, Catar, França, 19’)
.“O Reinado de Antoine” (“El Reinado de Antoine”, de José Luis Jiménez Gómez (Cuba, 19’)

MIRADA PARANAENSE

. “Notas Sobre Um Desterro” , de Gustavo Castro (competição paranaense, 80′)
. “Torniquete”, de Ana Catarina Lugarini” (competição brasileira, 75”)
. “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”, de Bruno Costa (84′)
. “Verde Oliva”, de Wellington Sari (sessão de encerramento, 84”)
. A Mão Invisível”, de Fernando Moreira (16′)
. “Areia”, de Ive Machado e Gustavo Ribeiro (7′)
. “Bem me Quer, Mal me Quer”, de Victoria Spitzner e Gabriela Santana (14′)
. “Dança dos Vagalumes”, de Maikon Nery (25′)
. “Entre Sinais e Marés”, de João Gabriel Ferreira e João Gabriel Kowalski (14′)
. “Fabulosas – Operação Aranha”, de TH Fernandes e Lua Lambertti (15′)
. “Guairacá”, de Luan Rodrigues (18′)
. “Interior, Dia”, de Luciano Carneiro e Paulo Abrão (20′)
. “Ontem Lembrei de Minha Mãe”, de Leandro afonso (23′)
. “Fronteiriza”, de Rosa Caldeira e Nay Mendl (20′)
. “Um Monstro e Meia”, de Rama Rambo (22′)

MOSTRA RETROSPECTIVA (AGNÈS VARDA)

. “Saudações aos Cubanos” (“Salut les Cubains”, França, 1964, 29’)
. “La Pointe-Courte” (França, 1955 | 81’)
. “A Ópera-Mouffe” (França, 1958, 17’)
. “Cléo das 5 às 7” (França, 1962, 90’)
. “Tio Yanco” (“Oncle Yanco”) – França, 1967, 19’)
. “Documentira” (“Documenteur”, França, 1981, 65’)
. “Uma Canta, a Outra Não” (“L’Une Chante l’Autre Pas” (França, 1977, 122’)
. “Ulysse” (França, 1983, 22’)
. “Os Catadores e a Catadora” (“Les Glaneurs et la Glaneuse” (França, 2000, 82’)
. “As Praias de Agnès” (“Les Plages de Agnès” – França, 2008, 108’)

MOSTRA CLÁSSICOS

. “A Greve”, de Sergei Eisenstein (URSS, 1925, 95′)
. “A Grande Cidade”, de Carlos Diegues (Brasil, 1965, 80′ )
. “Carta Camponesa”, de Safi Faye (Senegal, França, 1975, 98′)
. “Meu Nome é Oona”, de Gunvor Nelson (EUA, 1969, curta-metragem)
. “Eraserhead”, de David Lynch (EUA, 1977, 89′)
. “Plantar nas Estrelas”, de Geraldo Sarno (Moçambique-Brasil, 1975-1978, 17′)
. “Desapropriado”, de Frederico Fullgraf (Brasil, 1983, 60′)
. “Quarup, Sete Quedas”, de Frederico Fullgraf (Brasil, 1983, 15′)
. “Yeelen – A Luz”, de Souleymane Cissé (Mali, 1987, 105′)
. “Eu, a Pior de Todas”, de Maria Luiza Bemberg (Argentina, 1990, 105′)

MOSTRA FOCO

. “Sobrenome Viet, Nome Próprio Nam”, de Trinh T. Min-ha (EUA, 108′)
. “Notas Sobre a Tortura e Outras Formas de Diálogo”, de Patricio Guzmán (Espanha, 15′)
. “A Zerda e os Cantos do Esquecimento”, de Assia Djebar (Argélia, 60′)
. “Dahomey”, de Mati Diop (Senegal-França, 2024, 68′)
. “A Fidai Film”, de Kamal Aljafari (Palestina, Alemanha, Catar, França, Brasil, 78′)
. “Yog Atak: Meu Pai, Kaiowá”, de Sueli e Israel Maxacali, Roberto Romero e Luísa Lanna (Brasil, 2024, 90′)
. “Ngupelngamarrunu. Tempo da Noite Vamos”, do Coletivo Karrabing (Austrália, 31”).
. “Recorrências Pepétuas”, de Reem Shilleh (Palestina, 60′)

SESSÕES ESPECIAIS

. “Tardes de Solidão”, de Albert Serra (Espanha, 2025, 125′)
. “Relâmpagos de Críticas Murmúrios de Metafísica”, de Julio Bressane e Rodrigo Lima (2025, 148′)
. “Canções da Terra Ardente”, de Olha Zhurba (Ucrânia, Dinamarca, Suécia, 2024)
. “Hot Milk”, de Rebecca Lenkiewicz (Inglaterra, Grécia, 92′)
. “Salomé”, de André Antônio (PE, 2024, 118′)
. “Batguano Returns – Roben na Estrada”, de Tavinho Teixeira e Frederico Benevides (2025, 84′)
. “Nem Toda História Acaba em Morte”, de Bruno Costa (Brasil, 2025, 84′)

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