Começam as filmagens de “O Verão da Lata”, Samantha Schmütz e Babu Santana

Foto © Luciana Melo

Começaram, no Rio de Janeiro, as filmagens de “O Verão da Lata”, comédia policial inspirada em um dos acontecimentos mais icônicos da contracultura brasileira, quando milhares de latas de maconha surgiram misteriosamente nas praias do país em 1987. Protagonizado por Samantha Schmütz e Babu Santana, o longa tem direção de Santiago Dellape (“A Repartição do Tempo”, “Meio Expediente”, “Fuga de Natal”), que também assina o roteiro com Davi Mattos e Renato Fagundes. Com produção da Na Paralela Filmes, Gancho de Nuvem e Nada Consta, em coprodução com Warner Bros. Discovery e H2O Produções, “O Verão da Lata” tem lançamento previsto para 2026, com distribuição da H2O Films.

Na história, Sandra (Samantha Schmütz) e Brasa (Babu Santana) são policiais federais com personalidades opostas que precisam superar suas diferenças para enfrentar uma ameaça vinda do mar: milhares de latas cheias de maconha estão prestes a invadir as praias brasileiras, provocando uma verdadeira “corrida do ouro verde” no verão de 1987. No caminho, a dupla se depara com traficantes, policiais corruptos, jornalistas, malandros e jovens em busca de sorte — todos envolvidos no caos de um caso que mistura crime, política e contracultura em plena redemocratização do país.

Além dos protagonistas, o elenco conta com Rafael Saraiva, Humberto Martins, Leandro Firmino, Polly Marinho, Gabi Correa, Alane Dias, Igor Jansen, Ademara e Paulinho Serra.

O episódio real que inspirou o filme ocorreu em setembro de 1987, quando a tripulação do navio Solana Star, carregando 22 toneladas de maconha distribuídas em mais de 14 mil latas, lançou a carga ao mar após ser interceptada por uma operação da Polícia Federal e da Marinha, nas proximidades de Angra dos Reis. As correntes levaram parte da droga até as praias do Sudeste, e o fenômeno ficou conhecido como o “Verão da Lata”. A maconha, de origem tailandesa e apelidada de “veneno”, se espalhou pelo país e rapidamente ganhou fama por sua potência. O acontecimento, que ocorreu poucos anos após o fim da ditadura militar, influenciou a música e a cultura pop: inspirou canções de blocos de carnaval, versos do poeta Chacal e sucessos como “Veneno da Lata”, de Fernanda Abreu, além de consolidar um imaginário de liberdade e irreverência que marcou o Brasil do final dos anos 1980.

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