Mostra Russa exibe 16 longas, presta tributo ao centenário de “O Encouraçado Potemkin” e aos 80 anos do final da Segunda Guerra
Foto: “O Encouraçado Potemkin”, de Sergei Eisenstein
Por Maria do Rosário Caetano
A décima-primeira edição da Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo exibirá, a partir dessa quarta-feira, 11 de novembro, até o domingo, 23, em sessões presenciais, 16 longas e um curta-metragem. As sessões acontecerão na Cinemateca Brasileira e, depois, no Centro Cultural São Paulo (CCSP Vergueiro).
O evento, organizado pela CPC-UMES Filmes, braço cinematográfico-cultural da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas, prestará tributo aos 100 anos de lançamento do clássico eisensteiniano “O Encouraçado Potemkin”. E, também, aos 80 anos do Dia da Vitória (fim da Segunda Guerra Mundial, ou Guerra Patriótica, como a denominam os russos), e aos 50 anos de carreira do cineasta Karen Shakhnazarov, diretor do centenário Estúdio Mosfilm e realizador de uma dezenas de longas-metragens, entre eles “O Tigre Branco” e “Anna Karenina – A História de Vronsky”.
Nove dos filmes programados pela Mostra Mosfilm nunca foram exibidos pela CPC-UMES, nem em cinemas brasileiros, nem em seu cineclube digital. Deles, a maior novidade é o documentário “A Queda da Dinastia Romanov”, de Esfir Shub (ou Esther Shub). Um filme-referência na história do documentário de arquivo (ou compilação) mundial.
Completam o quadro de novidades soviéticas-russas, em nossas telas, os filmes “O Segredo da Noite Eterna” (1955), de Dimitri Vassiliev, e “O Caminho para Saturno” e “O Fim de Saturno” (ambos de 1967), dirigidos por Villen Azarov, que se somarão a cinco filmes de Karen Shakhnazarov. Sendo quatro inéditos e um já conhecido. Os que estreiam na XI Mostra são o curta “Devaneio de Primavera” (1975), que será exibido junto com o longa “Dia de Lua Cheia” (1998), “O Mensageiro” (1986) e “O Assassino do Czar” (1991). O quinto filme de Shakhnazarov (“No Submundo do Crime”, de 2023) foi lançado recentemente em nosso circuito cinematográfico.
São, também, novidades para os cinéfilos brasileiros, os filmes “Geração de Vencedores”, de Vera Storeva, realizado em 1936, e “Michurin” (1948), de Alexander Dovchenko, autor do clássico “Terra” e tema do capítulo que abre o novo livro do pesquisador João Lanari Bo — “Rússia, Ucrânia e o Cinema em Tempos de Guerra” (Editora Confraria do Vento, 2025). Estes filmes, junto com “Potemkin” (1925), compõem os títulos mais antigos da Mostra, pois realizadas nas primeiras décadas do cinema bolchevique.
Quem assistiu, no canal Arte 1, ao longa documental “Hermitage – O Poder da Arte”, apresentado pelo grande ator italiano Toni Servillo, sabe da importância do longa soviético “A Queda da Dinastia Romanov”. Afinal, Esfir Shub é reconhecida como a sistematizadora (ou inventora) do chamado Cinema de Arquivo (ou Filme de Compilação). Em 1927, os soviéticos comemoraram o primeiro decênio da Revolução Bolchevique. Para festejar a data, o Estado, através de seus braços culturais, encomendou a grandes cineastas, incluindo Eisenstein e Pudovkin, filmes que revivessem o que se passara no convulsivo ano de 1917.
João Lanari anota em seu livro “Cinema para Russos, Cinema para Soviéticos” (Bazar do Tempo, 2019), que Sergei Eisenstein, festejado pelas invenções de “O Encouraçado Potemkin”, realizaria, dentro do calendário dos festejos, o épico “Outubro”, outra obra de grande criatividade, enquanto Vsevolod Pudovkin assinaria “O Fim de São Petersburgo”. Boris Bárnet realizaria “Moscou em Outubro” e a montadora-diretora Esfir Shub, “A Queda da Dinastia Romanov”.
O estadunidense Jay Leyda, que foi aluno de Eisenstein na Moscou dos anos 1930, analisará, com entusiasmo, o documentário de Esfir (Ester) Shub em seu monumental “Kino – História del Film Ruso y Soviético” (Editorial Universitária de Buenos Aires, 1965):
“Ao justapor ‘pedaços de realidade’ (a documentarista) pôde obter efeitos irônicos, absurdos, de emoção e grandeza que poucos desses fragmentos continham em si. ‘A Queda da Dinastia Romanov’ descreve uma quantidade de crônicas cinematográficas tanto públicas como privadas da família imperial e suas atividades, agregadas à reconstrução que Shub fez dos acontecimentos que provocaram a queda da dinastia em fevereiro de 1917”.

Sobre a diretora, que construiu sua trajetória como montadora de cinejornais (e “reconfiguradora” de 200 filmes estrangeiros para que pudessem ser exibidos na URSS) realizaria, depois, outros documentários (um deles “Vinte Anos de Cinema Soviético”, em parceria com Pudovkin, 1937). E teria sua grandeza reconhecida pelo mesmo Jay Leyda: “Mais sensata que Dziga Vertov e mais cuidadosa que qualquer montador de cinejornais do mundo”, Esfir Shub “examinou todo o arquivo de documentários conservados (na URSS), quadro a quadro, e descobriu vinculações e conexões em cada tomada, que só um montador experimentado poderia encontrar”.
Para conseguir montar seus filmes (“O Grande Caminho” e “A Queda da Dinastia Romanov”, em especial), Esfir Shub moveu mundos. Depois de constatar que a penúria advinda da guerra civil entre bolcheviques e mencheviques — e a guerra seguinte, a que reagiu ao triunfo dos Soviets, com os derrotados auxiliados pela Alemanha, França e outros países europeus — haviam deixado os arquivos do cinema russo em estado deplorável, a diretora-montadora saiu em busca dos primeiros cinejornais da URSS. Encontrou uma lista deles, na qual constavam nomes de edições enviadas aos EUA, em agradecimento à solidariedade recebida da American Relief Association.
“Como investigadora consciente” – anota Jay Leyda –, “Shub descobriria que muito do material havia sido perdido ou vendido a companhias comerciais”. Então, “recorreu a essas últimas e obteve a merecida recompensa”. Ela mesma escreveria: “Sempre recordarei certo dia. Graças à minha recomendação, haviam comprado alguns negativos na América, através de Amtorg, por 6 mil dólares. Neste lote descobri material da guerra imperialista, o funeral das vítimas da Revolucão de Fevereiro e seis tomadas totalmente desconhecidas de Lenin. O público soviético viu essas cenas íntimas (registro filmado em 1920, de entrevista a um correspondente do New York World) de Vladimir Lenin, pela primeira vez, em ‘O Grande Caminho’”.
Com relação ao homenageado dessa edição da Mostra Mosfilm, Karen Shakhnazarov, de 73 anos, vale destacar que serão exibidos dois de seus filmes menos conhecidos por aqui. O primeiro é o preferido do realizador – “O Mensageiro”. O segundo — “O Assassinato do Czar” — conta com um astro do cinema europeu em seu elenco, Malcolm McDowell, 82 anos, protagonista de “Laranja Mecânica” e “Calígula”.
Confira filme a filme:
. “O ENCOURAÇADO POTEMKIN” (Ficção épica, 1925, 71 minutos, 14 anos) – Direção de Serguei Eisenstein, com roteiro de Nina Agadzhanova, Eisenstein e Grigori Aleksandrov. No elenco, Andrei Fait, Aleksandr Antonov, Ivan Bobrov e Grigori Aleksandrov. O segundo longa-metragem de Eisenstein, se passa no ano de 1905, quando marinheiros do navio Potemkin rebelam-se. A população da cidade portuária de Odessa apoia a revolta e é brutalmente reprimida. O Encouraçado dispara contra o quartel general czarista e parte ao encontro da frota do Mar Negro, com a intenção de sublevá-la.
. “A QUEDA DA DINASTIA ROMANOV”, de Esfir Shub (Documentário, 1927, 62 minutos, 10 anos) – Este título pioneiro do Cinema de Arquivo traz registro histórico dos grandiosos, e ao mesmo tempo trágicos, eventos que marcaram a história da Rússia na virada do século XIX para o XX. As imagens, registros da vida do povo e da elite governante, demonstram a gravidade das contradições sociais da Rússia pré-revolucionária.
. “GERAÇÃO DE VENCEDORES” (ficção dramática, 99 minutos) – Direção de Vera Stroeva, autora também do roteiro (em parceria com Serafima Roshal). No elenco, Boris Schukin, Nikolai Khmelyov, Ksenia Tarasova e Nikolai Plotnikov. O filme tem como protagonistas os estudantes Aleksandr e Evgeny, expulsos da Universidade de São Petersburgo, e a jovem revolucionária Sophia. Eles percorrem o difícil caminho dos revolucionários clandestinos. O filme se passa durante a preparação e implementação da primeira revolução russa, entre 1896 e 1905 (22 de janeiro, o chamado Domingo Sangrento).
. “MICHURIN” (ficção dramática, 1948, colorido, 81 minutos, livre) – Direção e roteiro de Aleksandr Dovchenko. No elenco, Vladimir Solovyov, Grigori, Belov, Mikhail Zharov. Nos finais do século XIX, surgem rumores sobre incríveis feitos do pesquisador Ivan Michurin. Sua fama espalha-se não só pela Rússia, mas além fronteiras. Ele recebe ofertas tentadoras para ir embora. Porém, obstinado por seu trabalho, recusa-se e permanece em sua terra natal, onde precisará superar a desconfiança dos colegas, a indiferença das autoridades e a falta de dinheiro. Ivan Michurin é um personagem real, com importante atuação na área da seleção artificial. Recebeu a Ordem de Lenin e a Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho por suas contribuições à ciência. Este é o primeiro filme em cores do diretor Dovchenko, considerado o fundador do cinema poético ucraniano.

. “O SEGREDO DA NOITE ETERNA” (ficção científica, 1955, colorido, 79 minutos, livre) – Direção de Dmitry Vassilev, com roteiro de Igor Lukovsky. No elenco, Ivan Pereverzev, Danuta Stolyarskaya, Mikhail Astangov, Konstantin Bartashevich. Uma explosão acontece no fundo do Oceano Pacífico e faz com que a vegetação subaquática aumente rapidamente de tamanho. Denisov, pesquisador de um Instituto de Oceanologia, testemunha do desastre, presume que o fenômeno se deva a um novo elemento radioativo. E que tal fenômeno deve ser estudado com urgência. Ele precisa descer ao fundo do oceano, mas começa a perder a visão por causa do efeito da radiação. Dmitry Vassilev, diretor do filme, foi assistente de direção de dois clássicos do cinema soviético: “Lenin em Outubro”, de Mikhail Romm, e “Aleksandr Nevsky”, de Sergei Eisenstein.
. “O CAMINHO PARA SATURNO” (ficção bélica. 1967, p&b, 82 minutos, 14 anos, cópia recém-restaurada pela Mosfilm) – Direção de Villen Azarov, roteiro de Mikhail Bleyman, Vassily Ardamatsky e VillenAzarov. No elenco, Mikhail Volkov, Georgy Zhzhenov, ArkadyTolbuzin e Valentina Talyzina. O Capitão Krylov, oficial de inteligência soviético, infiltra-se na organização altamente secreta “Saturno” com o objetivo de conquistar a confiança dos líderes do centro de sabotagem hitlerista e transmitir uma mensagem importante a Moscou. Baseado na obra de Ardamatsky, “Saturno é Quase Invisível”, que inspirou-se na vida do agente russo Aleksandr Ivanovich Kozlov. Tropas reais do Distrito Militar dos Cárpatos adicionaram autenticidade às filmagens, e foram usadas locações reais.
. “O FIM DE SATURNO” (ficção bélica, 1967, p&b, 95 minutos, 14 anos) – Direção de Villen Azarov, com roteiro de Mikhail Bleiman, Vassily Ardamatsky e Villen Azarov. No elenco, Mikhail Volkov, Lyudmila Maksakova, Georgy Zhzhenov e Vladimir Pokrovsky. Continuação de “O Caminho para Saturno”. O oficial de inteligência soviético Krylov trabalha na organização de espionagem alemã “Saturno”, no território ocupado da Bielorrússia, sob o nome de Kramer. Ele transmite a Moscou os nomes e características dos sabotadores nazistas enviados à retaguarda soviética. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2025. O diretor escolheu o tema de Saturno inspirado pela trajetória de seu pai, Avraam Azarov, major da segurança do Estado.
. “LIBERTAÇÃO” (conjunto de cinco filmes dirigidos por Yuri Ozerov, realizados entre 1967 e 1971 e restaurado, recentemente, pelo Estúdio Mosfilm em 4K) – Com roteiro de Yuri Bondarev, Oscar Kurganov e Yuri Ozerov). No elenco estão Nikolai Olyalin, Boris Zaydenberg, Vassily Shukshin, Larisa Golubkina, Mikhail Ulyanov, Yuri Kamorny, Bukhuti Zakariadze e Fritz Dietz. O filmes retratam os momentos mais importantes da participação da URSS na Segunda Guerra Mundial: a batalha de Kursk, a travessia do Dnieper, a libertação de Kiev, a conferência de Teerã, as intensas batalhas pela tomada de Berlim e do Reichstag, a rendição da Alemanha nazista e a conferência dos chefes da coalizão anti-Hitler, em Yalta.
. “O ARCO DE FOGO” (Parte 1, 1968, cor, 92 minutos, 14 anos) – Vai da da contraofensiva soviética após a vitória em Stalingrado até a batalha de Kursk. Os alemães lançam a Operação Cidadela e estão determinados a estrangular as forças soviéticas em Kursk, dando, assim, um golpe fatal no Exército Vermelho. Sabendo que o próximo objetivo alemão é a eliminação de Kursk, os generais russos decidem preparar uma poderosa defesa na região.
. “A RUPTURA” (Parte 2, 1968, cor, 98 minutos, 14 anos) – A narrativa começa no início em julho de 1943, com a destituição de Mussolini e a invasão da Itália pelas tropas de Hitler. Prossegue com a travessia do Dnieper pelo Exército Vermelho, a retomada de Kiev e o encontro de Roosevelt, Stalin e Churchill, em Teerã, para decidir a abertura da frente ocidental.
. “A DIREÇÃO DO ATAQUE PRINCIPAL” (1970, cor, 127 minutos, 14 anos) – O foco recai sobre a Operação Bagration, que resulta na liberação da Bielorrússia do jugo das tropas nazistas. Durante a Operação, o exército soviético infligiu grande derrota ao exército hitlerista.
. “BATALHA DE BERLIM” (Parte 4, 1971, cor, 82 minutos, 16 anos) – 1945, últimos meses da guerra. Nos primeiros dias de fevereiro, na Conferência de Yalta, os chefes de governo Josef Stalin, Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt tratam das futuras operações militares. O filme retrata os momentos imediatamente anteriores à luta pela capital do Reich – a campanha da primavera de 1945 –, que culminou no cerco de Berlim pelo Exército soviético.
. “O ÚLTIMO ATAQUE” (Parte 5, 1971, cor 74 minutos, 16 anos) – Uma vez derrotada a resistência das últimas tropas alemãs, em luta nos arredores de Berlim, as tropas soviéticas tomam o Reichstag e desfraldam a bandeira da vitória. Em 2 de maio, após negociações, a guarnição de Berlim se rende incondicionalmente. O filme termina enumerando os danos que o fascismo causou, com dados sobre o número de mortes causadas pela guerra em diferentes países. A série de filmes é reconhecida por seu rigor histórico. 51 personagens históricos reais são representados nos filmes. O diretor Ozerov e muitos dos integrantes de sua equipe foram soldados nas linhas de frente do exército soviético.
. “DEVANEIO DE PRIMAVERA” (1975, curta-metragem, 22 minutos, cor, 10 anos) – Direção de Karen Shakhnazarov, com roteiro de Vassily Shukshin e Shakhnazarov. No elenco estão Aleksandr Safronov, Nina Grebeshkova, Gueorgy Burkov e Nikolai Smirnov. O jovem médico Solodovnikov é enviado a hospital da zona rural para período de três anos de residência. Constantemente atrasado para suas tarefas diárias, o rapaz faz planos ambiciosos para sua carreira, e os descreve em seu diário, que marca a chegada da Primavera. Trabalho de conclusão de curso de Shakhnazarov, no Instituto Estatal de Cinema (VGIK), inspirado no conto “Um Passo à Frente, Maestro!”, do escritor e cineasta Vassily Shukshin.
. “O MENSAGEIRO” (1986, cor, 89 minutos, drama, 12 anos) – Direção de Karen Shakhnazarov, com roteiro do diretor, em parceria com Aleksandr Borodyansky. Música de Eduard Artemev. No elenco estão Fyodor Dunaevsky, Anastasya Nemolyaeva, Oleg Basilashvili, Inna Churikova e Svetlana Kryuchkova. Este filme que o realizador e presidente do Estúdio Mosfilm define como seu preferido se passa durante a era Gorbachev. Rapaz sem noção da realidade consegue emprego como office boy. Durante uma de suas entregas, ele conhece o professor Kuznetsov e sua filha Katya. Para irritar o professor, ele afirma ter engravidado Katya. Para sua surpresa, ela confirma a sua história. Por seu trabalho, Shakhnazarov recebeu o Prêmio de Direção no Festival Internacional de Cinema de Moscou.
. “O ASSASSINO DO CZAR” (1991, drama, cor, 103 minutos, 14 anos) – Direção de Karen Shakhnazarov, com roteiro de Aleksandr Borodyansky e Shakhnazarov. Música de Vladislav Shut. O elenco é encabeçado pelo ator britânico Malcolm McDowell, que atua ao lado de Oleg Yankovsky e Armen Dzhigarkhanyan. O filme, que participou da competição do Festival de Cannes, conta a história de um homem internado em hospital psiquiátrico, que garante ser o executor do Czar Nicolau II e família imperial. Um médico, que acaba de chegar para trabalhar no hospital assume o caso e procura entender a mente daquele suposto assassino. Os dois entram em um jogo que vai além da realidade. Premiado com o Troféu Nika, principal láurea do cinema russo, nas categorias melhor ator (Oleg Yankovsky) e melhor figurino.
. “DIA DE LUA CHEIA” (1998, drama, cor, 93 minutos, 16 anos) – Direção de Karen Shakhnazarov, com roteiro de Aleksandr Borodyansky e Shakhnazarov. Música de Anatoly Kroll. No elenco, Anna Germ, Andrei Panin, Elena Koreneva e Vladimir Ilin. Numa sucessão de eventos e memórias, que se conectam, o filme, permeado de enigmas e surrealismo, mostra situações bizarras, que podem acontecer sob a lua cheia. Vencedor do Troféu Nika, na categoria de melhor roteiro.
. “NO SUBMUNDO DE MOSCOU” (2023, aventura, cor, 129 minutos, 14 anos) – Direção de Karen Shakhnazarov, com roteiro de Elena Podrez, Ekaterina Kochetkova e Shakhnazarov. Música de Yury Poteenko. No elenco, Konstantin Kryukov, Mikhail Porechenkov, Anfisa Chernykh e Evgeny Stychkin. Inspirado no romance “O Signo dos Quatro”, de Arthur Conan Doyle, e em evento real (a visita de Stanislavsky, acompanhado por Gilyarovsky, pelo distrito barra-pesada de Khitrovka), a trama se passa em Moscou, 1902. O famoso diretor de teatro Konstantin Stanislavsky, busca inspiração para uma nova peça e decide conhecer o “submundo” da cidade. Ele pede ajuda a Vladimir Gilyarovsky, reconhecido especialista nas periferias de Moscou. Juntos, eles vão ao lendário bairro dos bandidos, Khitrovka, e se envolvem na investigação do assassinato de um misterioso residente local: um sikh indiano, de passado sombrio.
Confira a programação:
Primeira semana, na Cinemateca Brasileira
Quarta-feira, dia 12, 19h30
Abertura para convidados, com o curta “Devaneio de uma Primavera” e o longa “Dia de Lua Cheia”
Quinta-feira, dia 13
17h – “Geração de Vencedores”
19h10 – “O Caminho para Saturno”
21h – “O Fim de Saturno”
Sexta-feira, dia 14
18h20 – “A Queda da Dinastia Romanov”
19h50 – “O Assassinato do Czar”
Sábado, dia 15
16h – “Libertação” – Parte 2
18h – Oficinas
19h – “No Submundo de Moscou”
21h40 – “O Encouraçado Potenkin” (sessão externa, no pátio da Cinemateca)
Domingo, dia 16
16h30 – “Libertação” – Partes 4 e 5
19h30 – “O Segredo da Noite Eterna”
21h10 – “O Mensageiro”
Segunda semana – No CCSP Vergueiro (Sala Paulo Emílio)
Quarta, dia 19
16h50 – “Geração de Vencedores”
19h – “No Submundo do Crime” (sessão dublada)
Quinta, dia 20
17h – “Libertação” – Parte 1
19h – “Libertação” – Parte 2
Sexta, dia 21
16h30 – “Libertação” – Parte 3
19h – “Libertação” – Partes 4 e 5
Sábado, dia 22
15h20 – “O Caminho para Saturno”
17h10 – “O Fim de Saturno”
19h20 – “Devaneio de Primavera” e “Dia de Lua Cheia”
15h15 – “A Queda da Dinastia Romanov”
16h45 – “O Assassinato do Czar”
19h – “O Encouraçado Potemkin”

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