Linduarte & Diegues

O cineasta Cacá Diegues lança, ainda este ano, um livro com suas memórias e reflexões sobre cinema, com destaque especial para o Cinema Novo. O título: “Almanaque Íntimo do Cinema Brasileiro” (Editora Objetiva).  Cacá conclui o livro, que escreve há três anos, depois de  resgatar dois momentos fundamentais em sua trajetória cinemanovista. Primeiro, produziu releitura contemporânea de “Cinco Vezes Favela”, projeto coletivo do Centro Popular de Cultura da UNE, no qual dirigiu um episódio (“Escola de Samba”/1962). O novo filme (“5XF – Agora por Nós Mesmos”, ou seja, jovens realizadores dos morros cariocas) foi visto por quase 200 mil espectadores. O segundo momento aconteceu em João Pessoa, na Paraíba, durante o Festival Aruanda. Diegues recebeu, das mãos do octogenário Linduarte Noronha, troféu especial pelo conjunto da obra. Ao receber e agradecer o Prêmio Aruanda, o único do país que homenageia um filme, o cineasta alagoano-carioca destacou o significado do curta de Linduarte, realizado há 50 anos, para os jovens de sua geração. Afinal, junto com “Arraial do Cabo” (Saraceni & Carneiro), “Aruanda” fertilizou/incendiou o imaginário dos jovens que queriam estabelecer um  novo cinema.

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