Prodigo produz para o Multishow primeira série dramática do canal
Em meio às comédias de sucesso como “Vendemos Cadeiras”, “Adorável Psicose”, “Morando Sozinho”, “Não Conta Lá em Casa”, entre outros, o Multishow resolveu apostar em outro gênero. “Oscar Freire 279”, primeira série dramática do canal, estreia hoje às 23h30. Quem assina a direção é Márcia Faria, a produção fica a cargo da produtora Prodigo Films e o roteiro leva a assinatura de Antonia Pellegrino. Com 15 episódios, o programa narra a trajetória de uma estudante de arquitetura que, ao terminar a faculdade, sai de Curitiba e decide morar em São Paulo. Ela começa a trabalhar em uma loja como vendedora, mas, ao chegar aqui, as circunstâncias a levam por outro caminho e o cafetão Beto a introduz ao mundo da prostituição.
Antonia é escritora e roteirista, e já trabalhou em produções como “Alice” (HBO) e também colaborou em novelas da TV Globo, por exemplo, “A Lua me disse”, “Negócio da China” e “Cobras & Lagartos”. Márcia Faria possui no currículo a indicação á Palma de Ouro 2010 pelo curta-metragem “Estação”. A Prodigo, por sua vez, já havia realizado programas para o Multishow (“Mob Brasil”, de 2009) e também para o Nat Geo (“O guia”, também de 2009).
O elenco mescla atores veteranos e estreantes. Maria Ribeiro (atriz convidada), conhecida pelo seu papel como Rosane nos dois filmes de “Tropa de Elite”, é Rita, prostituta experiente; Júlio Andrade, o cafetão Beto , ficou famoso por interpretar Arturzinho, na novela “Passione”, da Rede Globo. Ele também atuou em filmes como “O homem que copiava” e “Meu tio matou um cara”; Lívia de Bueno vive a protagonista Dora, e já passou pela TV: a novela “Bicho do Mato” (Rede Record); Carla Ribas é Cintia, mãe de Dora. A atriz é veterana e seu trabalho mais recente no cinema é o filme “O Abismo prateado”. Assim como Zé Carlos Machado, que fez parte do elenco de “As melhores coisas do mundo”. Ele dá vida a Olavo, pai de Dora. E estreando nas telas está Maria Bope, que interpreta Zazá, prima da protagonista.
Sobre o rumo que a história ganhou, a roteirista diz: “isto foi acontecendo quase naturalmente. Os roteiros foram ganhando uma pegada dramática, com elementos até mesmo do folhetim, como o gancho. E o canal, que investe sobretudo em séries de humor, comprou a nossa onda.”
“Oscar Freire 279” foi bancada pelo próprio canal. Pois, de acordo com o diretor de conteúdo da Prodigo, Giuliano Cedroni: “toda a verba veio do canal Multishow, pois os canais da GLOBOSAT não permitem uma coprodução em que a produtora independente possa captar verba fora do grupo”. O orçamento da série não foi aberto nem pela produtora e nem pelo canal, que alegou não poder divulgar essa informação.
O projeto nasceu há dois anos e foi aprovado pelo canal de TV por assinatura em 2010. “No entanto, foram quase cinco meses de negociação entre advogados até a assinatura do contrato”, conta Giuliano. E como já havia uma parceria entre ambos, a apresentação da ideia ocorreu sem formalidades. “Apenas sondei o canal informalmente que me pediu um material para analisar a série”. E para que se tivesse um panorama do que seria o produto final foi usado o recurso treatment, que desenvolve todos os instrumentos que sustentam a produção. “Narrativa, desenvolvimento de personagens, sinopse de alguns episódios, mais referência visual de fotografia, figurino e make, direção de arte, trilha. Dessa forma, um profissional de canal pode de fato visualizar a série antes de assinar um cheque”, explica Cedroni.
“Oscar Freire 279” veio para atender a demanda dos espectadores do canal, que sentiam falta de um programa com conteúdo mais sério e voltado para um público mais velho. A série promete cenas ousadas e pretende lançar olhares distintos sobre o mesmo assunto: a prostituição. A atração vai ao ar todas as segundas-feiras.
Estamos sentindo falta da continuação da temporada!!!