Anunciadas mudanças no FSA para TV

Linha B terá R$ 55 milhões para investir na produção independente para TV, e a Linha A, a ser anunciada, poderá ter a mesma quantia

O Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprovou na última quinta-feira, 29, em reunião no Rio de Janeiro, alterações importantes nas linhas de investimento em produção de obras independentes para cinema e televisão. Os recursos disponíveis na linha B, para TV, mais que dobraram em relação a 2011 – passam de R$ 20 milhões para R$ 55 milhões. Desse total, R$ 5 milhões serão destinados a projetos de documentários com duração igual ou superior a 52 minutos, dirigidos a televisão. O objetivo é ampliar a produção independente de obras brasileiras para atender a Lei 12.485.

Até o final de abril, a Ancine deverá publicar as novas convocatórias para o FSA, agora tendo o BNDES como novo agente. O banco será apenas um agente dos recursos, e as operações técnicas e financeiras serão efetuadas pelo BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. O BRDE é um banco de desenvolvimento dos estados de SC, RS e PR. As linhas de financiamentos do FSA continuam as mesmas, para produção de cinema e TV, e distribuição. As três linhas (A, C e D), quando lançadas, deverão ter em média R$ 50 milhões para a A (cinema) e para C e D (distribuição), cerca de R$ 60 milhões.

Outra novidade é que a partir deste ano a linha B, para TV, passa a funcionar em fluxo contínuo, ou seja, não existe mais um prazo de inscrição e seleção de projetos. “As propostas serão analisadas à medida que forem apresentadas, o que deve garantir maior agilidade ao processo de seleção e, consequentemente, na contratação dos investimentos”, explica o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. Na linha A, ainda não anunciada, poderão existir duas modalidades, a antiga, através de edital, e uma de fluxo contínuo. A Ancine planeja que no edital podem concorrer projetos que estejam em qualquer fase de captação, enquanto que na modalidade de fluxo contínuo o produtor precisa ter captado ao menos 40% do orçamento.

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