“À Beira do Caminho”, de Breno Silveira, é o grande vencedor do 16º Cine PE

O 16º Cine PE – Festival do Audiovisual chegou ao fim na última quarta-feira, 2 de maio, e teve como grande vencedor o longa “À Beira do Caminho”, de Breno Silveira, agraciado com cinco troféus Calunga,  mais o Troféu Gilberto Freyre, uma honraria especial do festival. “Boca”, de Flávio Frederico”, e “Paraísos Artificiais”, de Marcos Prado, ganharam cada um quatro Calungas. O Prêmio Especial do Júri Oficial foi para Jorge Mautner, por “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, de Pedro Bial e Heitor D´Alincourt. “Estradeiros”, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro, recebeu o prêmio da crítica.

Antes da cerimônia de premiação, realizada no Teatro dos Guararapes, foram exibidos dois filmes fora de competição: o curta-metragem “MPB: A História que o Brasil Não Conhece”, de André Moraes; e o documentário inédito “Sons da Esperança”. Dirigido por Zelito Viana e produzido por Alfredo Bertini, Vera de Paula e Zelito, o longa mostra a preparação do concerto de comemoração ao aniversário da Orquestra Criança Cidadã do Coque, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Recife. Mais de 70 crianças da comunidade do Coque, que fazem parte da orquestra, foram ao Teatro dos Guararapes para assistir ao filme.

Realizado por Alfredo Bertini e Sandra Bertini, entre os dias 26 de abril e 2 de maio, o festival levou mais de 25 mil pessoas (média de 2,2 mil por dia) ao cinema do Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, que tem 2,4 mil lugares. Em 16 edições, o Cine PE já soma um público de 350 mil espectadores e 849 filmes exibidos desde 1997. O evento gerou mais 500 empregos diretos e indiretos. O orçamento do evento é de R$ 2 milhões e o festival recebeu cerca de 250 convidados, entre atores, cineastas, produtores, jornalistas, técnicos e profissionais do mercado audiovisual.

Em sete dias, foram exibidos sete longas-metragens na Mostra Competitiva (cinco ficções e dois documentários), todos inéditos em circuito comercial e alguns em sua primeira exibição pública, e mais 18 curtas. A Mostra Pernambuco exibiu oito curtas e, nas mostras especiais, o público conferiu ainda um curta-metragem e sete outros longas fora de competição, entre eles o documentário inédito “Sons da Esperança”, dirigido por Zelito Viana. Ao todo, a programação reuniu 41 filmes (27 curtas e 14 longas). Os cineastas Fernando Meirelles e Cacá Diegues, e o ator Ney Latorraca foram homenageados com o troféu Calunga de Ouro.

O Troféu Calunga representa a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do Maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari.

Relação dos vencedores do 16º Cine PE:

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: “À Beira do Caminho”, de Breno Silveira

Direção: Flávio Frederico (Boca)

Ator: João Miguel (À Beira do Caminho)

Atriz: Hermila Guedes (Boca)

Atriz Coadjuvante: Divana Brandão (Paraísos Artificiais)

Ator Coadjuvante: Vinícius Nascimento (À Beira do Caminho)

Roteiro: Patrícia Andrade (À Beira do Caminho)

Fotografia: Lula Carvalho (Paraísos Artificiais)

Montagem: Quito Ribeiro (Paraísos Artificiais)

Trilha Sonora: BiD (Boca)

Direção de Arte: Alberto Grimaldi (Boca)

Edição de Som: Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima, Armando Torres Jr. (Paraísos Artificiais)

Prêmio Especial do Júri Oficial: ao compositor e músico Jorge Mautner (“Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, de Pedro Bial e Heitor D´Alincourt)

Melhor Filme do Júri Popular: “À Beira do Caminho”

Prêmio da Crítica – “Estradeiros”, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro

Troféu Gilberto Freyre (honraria especial destinada à produção de longa-metragem que melhor expresse a valorização da identidade nacional): “À Beira do Caminho”.

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: “Até a Vista”, de Jorge Furtado

Direção: Thais Fujinaga (L)

Roteiro: Jorge Furtado (Até a Vista)

Fotografia: André Luiz de Luiz (L)

Montagem: Bruno Bini (Depois da Queda)

Edição de Som: Pablo Lamar (Dia Estrelado)

Trilha Sonora: Everton Rodrigues (Até a Vista)

Direção de Arte: Amanda Ferreira (L)

Ator: Felipe de Paula (Até a Vista)

Atriz: Sofia Ferreira (L)

Melhor Filme do Júri Popular: “Depois da Queda”, de Bruno Bini

Prêmio da Crítica: “Isso Não é o Fim”, de João Gabriel

Prêmio Especial do Júri Oficial: “A Fábrica”, de Aly Muritiba

Prêmio Aquisição do Canal Brasil (no valor de R$ 15 mil para o melhor curta-metragem escolhido por júri composto por jornalistas e críticos de cinema): “Di Melo – O Imorrível”, de Alan Oliveira e Rubens Pássaro

MOSTRA PERNAMBUCO

Melhor Curta-Metragem: “Poeta Urbano”, de Antônio Carrilho

Veja fotos do festival na galeria de fotos da Revista de CINEMA.

 

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