Cinemas populares I

Nove anos atrás, quando Gilberto Gil assumiu a função de Ministro da Cultura, no governo Lula (com o cineasta Orlando Senna na Secretaria do Audiovisual), todas as conversas cinematográficas chegavam à principal bandeira da nova gestão: ampliar a rede de cinemas nas grandes periferias urbanas e cidades do interior. O tempo passou, Gil deixou o MinC (por vontade própria). E os cinemas periféricos e interioranos cresceram bem aquém do prometido. Esforços até que foram feitos. Com a ajuda do BNDES, foram instituídas linhas de financiamento para construção de “multiplexes” nas periferias das grandes cidades e para implantação de salas duplas no interior (com apoio de prefeituras municipais). O maior arauto do novo tempo para o circuito exibidor era o produtor Luiz Carlos Barreto. Ele prometia encontrar sócios que o ajudassem a plantar dezenas de cinemas em áreas carentes. Pois só agora, quase uma década depois, Barretão encontrou parceiros para viabilizar o projeto anunciado na alvorada do governo Lula. O Canal Brasil, que o tem como sócio, associou-se ao Cinespaço, de Adhemar Oliveira, para construção de novos complexos cinematográficos.

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