“Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, entra em cartaz nesta sexta
Na próxima sexta-feira (14/09) entra em cartaz, em São Paulo, o longa “Cabra Marcado para Morrer”, dirigido por Eduardo Coutinho, com cópia restaurada pela Cinemateca Brasileira e exibição exclusiva no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, após 28 anos de sua primeira sessão pública.
No início dos anos 60, no interior da Paraíba, o líder camponês João Pedro Teixeira foi assinado. O cineasta Eduardo Coutinho filmava a história desse líder, quando o golpe de 64 interrompeu o filme, apreendeu o equipamento e prendeu toda a equipe.
Não havia atores trabalhando no filme: todos os personagens eram da família de João Pedro Teixeira ou camponeses que haviam trabalhado com ele. Dezessete anos depois, o diretor volta à Paraíba determinado a continuar o filme, incluindo a trajetória de cada um dos personagens.
Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro, que havia representado ela mesma na primeira parte do filme, havia desaparecido desde o Golpe de 64. Ela vivia escondida sob nome de Marta Maria da Costa, criando um dos seus dez filhos. Graças ao filme, Elizabeth encontra os dez filhos, sai da clandestinidade e aos poucos assume o discurso revolucionário de seu marido, João Pedro Teixeira.