Festival de Cinema Brasileiro de Paris homenageia Cacá Diegues
O Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece entre os dias 16 e 23 de abril, chega à sua 15ª edição, voltando à renomada sala de cinema de Paris, L’Arlequin, conhecida por exibir produções de prestígio na cidade.
A sala vai abrigar uma mostra competitiva com sete filmes brasileiros, como “A Busca”, que estreou recentemente nos cinemas brasileiros, e “Colegas”. Na abertura, o público poderá assistir “Gonzaga – de Pai para Filho”, de Breno Silveira, que estará em Paris apresentando o longa.
O festival homenageia Cacá Diegues e exibe ainda um tributo ao cineasta, que marca presença no evento. A mostra de longas de Cacá reúne trabalhos da década de 60, como “Ganga Zumba”, “A Grande Cidade” e “Herdeiros”, até filmes produzidos nos anos 2000, como “Deus é Brasileiro” e o “Maior Amor do Mundo”. “Veja essa Canção”, “Xica da Silva” “Tieta do Agreste” e “Joana Francesa” fecham a lista dos filmes exibidos em sua homenagem.
Entre os destaques de 2013, o festival conta com dois lançamentos mundiais. No dia 19 de abril, “Histórias de Arcanjo”, que tem direção de Bruno Quintella e Guilherme Azevedo, terá estreia mundial. O documentário narra a vida do jornalista investigativo Tim Lopes, a partir de depoimentos de colegas de redação, personagens de matérias e amigos que ajudaram Quintella, filho do jornalista, a traçar a trajetória de Tim, assassinado por uma facção criminosa do Rio, em 2002.
Outro lançamento mundial é “Viramundo”, dirigido por Pierre-Yves Borgeaud, que acompanha uma turnê do cantor Gilberto Gil pelo hemisfério sul, com passagens pela Austrália, África e Brasil. A exibição acontece dia 23 de abril, no último dia do festival, e contará com a presença de Gil.
Já “Juan e a Bailarina”, dirigido por Raphael Aguinaga, ganha sua primeira exibição internacional no dia 21 de abril, seguida de debate com Aguinaga, a atriz Marilú Marini, e com a equipe do longa: Tito Liberato, Justine Otondo e Marcos de Oliveira. “Juan e a Bailarina” é uma coprodução entre Brasil, Argentina e França e conta as aventuras de um grupo bastante eclético de idosos, confinados num asilo, que fica sabendo que a Igreja Católica clonou Jesus. A descoberta acontece exatamente no mesmo momento em que a rotina do local vira de pernas pro ar por conta das férias e da ausência de um mês da enfermeira que cuida deles.
Sete filmes estarão em competição na 15ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que vai julgar, por meio de voto popular, longas brasileiros produzidos entre 2011 e 2012. “A Floresta de Jonathas”, primeiro longa-metragem feito no Amazonas, dirigido por Sérgio Andrade, entra na disputa pelo prêmio de melhor filme concorrendo com “Era uma Vez Eu, Verônica”, de Marcelo Gomes; “A Busca”, de Luciano Moura, e estrelado por Wagner Moura; além de “Disparos”, de Juliana Reis, e “Colegas”, de Márcio Galvão. “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, e “Juan e a Bailarina” fecham a lista dos filmes concorrentes. Kleber Mendonça Filho e Juliana Reis estarão presentes no festival.
O público jovem ganha uma programação especial para sua faixa etária. Além de “Colegas”, “Tainá 3 – A Origem” e o premiado “O Palhaço”, que conta com Selton Mello na direção e no elenco, são outras opções.
A atriz e cineasta portuguesa Maria de Medeiros é uma das confirmadas para prestigiar o festival e a exibição do seu filme “Repare Bem”, no dia 22. A produção narra a história de uma família separada pelas ditaduras brasileira e chilena e recompensada com a Anistia e reparação do Brasil. A produção é de 2012.
“As Hiper Mulheres”, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, “Margaret Mee e a Flor da Lua”, de Malu de Martino, e “Tropicália”, de Marcelo Machado, completam a grade de filmes documentários do evento.
No encerramento, dia 23, o público assiste ao documentário “Hélio Oiticica”, dirigido por Cesar Oiticica Filho, que narra a trajetória e conta quem foi o artista. Produzido pela Guerrilha Filmes, a obra traz extenso material inédito sobre sua vida, com entrevistas e depoimentos.