Videolência

Quem quiser conhecer o trabalho de brigadas audiovisuais e coletivos de cinema, que se multiplicam, país afora, deve assistir, no Youtube, ao documentário “Videolência”, realizado pelo coletivo NCA – Núcleo de Comunicação Alternativa. Diogo Noventa, militante de dois coletivos (Tela Suja Filmes e Coletivo de Vídeo Popular) vem trocando experiências com colegas como Ana Chã, da Brigada Audiovisual da Via Campesina e do Coletivo de Cultura do MST, Adirley Queirós, do Coletivo de Cinema da Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, e Thiago Mendonça, do Coletivo Zagaia. Com as manifestações de rua que agitaram o país, em junho último, outros coletivos, como o Ninja, ganharam relevo. Graças às tecnologias de filmagem, cada vez mais leves e acessíveis, jovens manifestantes (futuros cineastas?) passaram a documentar o que acontecia em enfrentamentos com a polícia e a disponibilizar tudo nas redes sociais. A cineasta Tata Amaral, diretora de “Um Céu de Estrelas” e “Hoje”, confessa estar acompanhando com enorme interesse o trabalho dos coletivos de cinema: “assisti a muitos registros das manifestações de junho feitos pelo Coletivo Mídia Ninja”. O entusiasmo das Associações Brasileiras de Documentaristas – que estão comemorando quatro décadas de história – com os coletivos e brigadas audiovisuais é tamanho que a ABD São Paulo, agora com diretoria colegiada, sem hierarquia, planeja solicitar a órgãos públicos que criem edital específico para atender a grupos de criação coletiva.

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