Prêmio Platino consagra “Gloria” e entrega Platino de Honor a Sônia Braga

O Chile foi o grande vencedor da primeira edição do Prêmio Platino. Com “Glória”, conquistou o troféu de melhor ficção ibero-americana, melhor atriz (Paulina García) e melhor roteiro (do diretor Sebastián Lelio).

O México brilhou na cerimônia, enviando a Ciudad Panamá a apresentadora e cantriz Alessandra Rosaldo, o ator, humorista e cineasta Eugenio Derbez, estrela máxima da festa (ele é realmente muito engraçado) e, também, a atriz Blanca Guerra, presidente da Academia Mexicana de Cinema e o representantes dos Atores Mexicanos. Derbez, além do mais, ganhou o Platino de melhor interpretação masculina pela comédia “Não se Aceitam Devoluções”. Um megassucesso azteca, que vendeu mais de 15 milhões de ingressos no mercado interno, e mais de cinco milhões nos EUA. Vale lembrar que o México tem 110 milhões de habitantes. O Brasil, com 200 milhões, tem em “!Tropa de Elite 2” (11 milhões de ingressos) sua maior bilheteria.

O prêmio de melhor diretor também ficou com o México. Amat Escalante, já premiado na mesma categoria em Cannes, levou a mesma láurea por “Heli”. E a louríssima atriz mirim Loreto Peralta, de “Não se Aceitam Devoluções”, causou sensação ao tirar sarro dos apresentadores espanhóis Javier Camara (“Fale com Ela”, de Almodóvar) e Jorge Sanz (“Belle Epoque – Sedução”, de Fernando Trueba). Coube ao trio entregar o troféu de melhor animação ao argentino “Metegol”, de Juan José Campanella. Antes, Loreto Peralta mostrou que sabia tudo sobre as origens do cinema animado no mundo ibero-americano, deixando os marmanjos com cara de abismados.

O Brasil teve presença discreta. Fomos salvos por Sônia Braga (Platino de Honor) e Leandra Leal, que entregou o prêmio de melhor atriz a Paulina García. Nossos dois representantes na competição, Luiz Bolognesi (melhor animação) e Camilo Tavares (melhor documentário), estavam na festa e deram entrevistas. Mas nossos filmes não foram premiados. O Brasil tem muito por fazer para marcar presença no mundo ibero-americano.

Na foto, os candidatos brasileiros na plateia panamenha da noite de entrega do Prêmio Platino: Camilo Tavares e a produtora Karla Tavares, de “O Dia que Durou 21 Anos” , Luiz Bolognesi, de “Uma História de Amor e Fúria”, ao centro, Assunção Hernandez, representante do Brasil na Fipca-Egeda, organizações ibero-americanas que promovem o Platino, e eu, Rô Caetano, ao lado de Luiz Zanin Oricchio.

OS VENCEDORES:

PRÊMIO PLATINO DE HONOR (PELA CARREIRA):
Sônia Braga, do Brasil

MELHOR FILME DE FICÇÃO:
Gloria (Chile)

MELHOR ANIMAÇÃO:
Metegol – Um Time Show de Bola (Argentina) 

MELHOR DOCUMENTARIO:
Con La Pata Quebrada (Espanha)

MELHOR DIREÇÃO:
Amat Escalante (Heli) México

MELHOR ATRIZ:
Paulina García (Gloria – Chile)

MELHOR ATOR:
Eugenio Derbez (No Se Aceptan Devoluciones – México)

MELHOR MUSICA ORIGINAL:
Emilio Kauderer
(Metegol – Um Time Show de Bola – Argentina)

MELHOR ROTEIRO:
Sebastian Lelio
e Gonzalo Maza (Gloria)

PRÊMIO CAMILO VIVES DE MELHOR PRODUÇÃO IBERO-AMERICANA:
Wakolda – O Médico Alemão
, de Lucía Puenzo (Argentina)

 

Por Maria do Rosário Caetano

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.