Cinemateca Brasileira realiza retrospectiva do Cinema Novo

A Cinemateca Brasileira, em parceria com a Unifesp, apresenta uma grande exposição dedicada a um dos movimentos centrais da cultura brasileira – o Cinema Novo.

A mostra, que acontece de 30 de abril a 15 de junho, com entrada gratuita, exibirá 53 filmes – 35 longas-metragens e 18 curtas-metragens – diversos deles raramente exibidos. A retrospectiva apresenta alguns dos primeiros passos de cineastas ligados ao movimento: Pátio (1959), primeiro curta de Glauber Rocha, uma obra experimental interpretada por Helena Ignez; O Poeta do Castelo e O Mestre dos Apipucos (1959), dois curtas de Joaquim Pedro de Andrade acerca do trabalho de Manoel Bandeira e Gilberto Freyre, respectivamente; Arraial do Cabo (1960), obra inaugural de Paulo César Saraceni, dirigido em parceria com o fotógrafo Mário Carneiro; os marcos do cinema baiano, Bahia de Todos os Santos (1960), de Trigueirinho Neto, A Grande Feira (1961) e Tocaia no Asfalto (1962), de Roberto Pires; e o longa coletivo Cinco Vezes Favela (1962), com episódios de Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Carlos Diegues, Miguel Borges e Marcos Farias, uma das principais obras do período.

Serão exibidas novas cópias em 35mm de Esse Mundo é meu (1964), de Sérgio Ricardo e O Bravo Guerreiro (1968), de Gustavo Dhal, produzidas especialmente para esta mostra. E cópias restauradas anteriormente pela Cinemateca, e ainda inéditas em São Paulo, de filmes como Câncer (1968/1972), de Glauber Rocha, S. Bernardo (1972), de Leon Hirszman, Brasil Ano 2000 (1969), de Walter Lima Jr., Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra, e O Padre e a Moça (1966), de Joaquim Pedro de Andrade.

Filmes raros também estão na mostra, como Gimba, Presidente dos Valentes (1963), de Flávio Rangel, Ganga Zumba (1964), A Grande Cidade (1966) e Os Herdeiros (1969), de Carlos Diegues, O Grito da Terra (1964), de Olney São Paulo, Garota de Ipanema (1967), de Leon Hirszman, e Memória de Helena (1969), de David Neves. E ainda preciosidades pertencentes a acervos parceiros, como A Vida Provisória (1968), de Maurício Gomes Leite, Os Deuses e os Mortos (1970), de Ruy Guerra, e A Casa Assassinada (1971), de Paulo César Saraceni.

Uma grande exposição complementa a experiência da mostra, com diversos materiais referentes à produção dos filmes, como roteiros originais e storyboards, que registram o processo criativo das obras; documentos que mostram a enorme repercussão do movimento no Brasil e no exterior (reportagens de jornais nacionais e estrangeiros, artigos da crítica especializada, folhetos dos filmes e de eventos, certificados de premiação); documentos que registram as relações pessoais e profissionais entre os integrantes do cinema novo (cartas, poemas, críticas dos filmes); publicações diversas sobre o Cinema Novo; materiais de divulgação: cartazes originais, muitos criados por grandes nomes das artes gráficas no país (Rogério Duarte, Ziraldo, Rubens Gerchman, Lielzo Azambuja) e fotografias (de cena, de filmagens, das personalidades, reprodução de fotogramas dos filmes).

A programação completa está disponível no site da Cinemateca, www.cinemateca.gov.br.

 

Retrospectiva Cinema Novo
Data: de 30 de abril a 15 de junho
Local: Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino – São Paulo – (11) 3512-6111

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