Festival de Brasília abre inscrições para fórum, seminário e masterclasses

Já estão abertas as inscrições para as atividades extras do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Estão programados um fórum, um seminário e três masterclasses, que vão abordar questões como fotografia, roteiro, curadoria, coprodução internacional e produção cinematográfica. As inscrições devem ser feitas até o dia 4 de setembro, através do e-mail: festbrasilia@gmail.com. Mais informações pelo telefone (61) 3325 7777.

O objetivo do Fórum é propiciar um espaço para troca, interação e divulgação das práticas entre as parcerias de coprodução recentemente experimentadas por produtoras, distribuidoras e festivais de cinema internacionais já consolidados. Também busca-se um diálogo mais específico com curadores e gestores de políticas públicas para o audiovisual, no âmbito internacional e brasileiro. Juntamente à mostra Continente Compartilhado, que exibirá um conjunto expressivo de filmes realizados em coprodução com o Brasil, o festival visa abrigar, estimular e debater essa forma de realização e parceria.

O Fórum é composto por três mesas distintas e complementares. Na primeira, Os festivais de cinema e a coprodução, pretende-se compartilhar o papel e a experiência dos festivais de cinema em fornecer um rico ambiente de troca, expresso nos filmes e nas coproduções apoiadas pelos festivais e/ou neles exibidas e divulgadas. Na segunda, Desafios da coprodução no Brasil, serão debatidos casos específicos de coprodução vivenciados diretamente por realizadores. Mais do que uma ideia ou um projeto, as experiências mais diretas com coproduções de sucesso revelarão as dificuldades e vantagens das escolhas por esse caminho. E, para a terceira e última mesa, Acordos e regulamentação da coprodução, foram convidados representantes de governos para relatar uma pauta de política pública e de incentivo às coproduções internacionais, sem a qual essas realizações e parcerias não alcançam todo o seu potencial.

Abaixo, a programação do Fórum de Coprodução Internacional:

16 de setembro

14h30, mesa 1: Os festivais  de cinema e a coprodução
Convidados: Bina Paul, International Film Festival of Kerela – India; Shari Frilot, Sundance Film Festival – Estados Unidos; Sylvie Debs, Festival Latino-Americano de Tolouse – França; Vincenzo Bugno, Berlinale – Alemanha; Marcelo Panozzo, Bafici – Argentina.
Mediação: Anna Karina de Carvalho, BIFF.

16h, mesa 2: Desafios da coprodução no Brasil
Convidados: Márcio Curi, Brasil – Líbano; Rodrigo Teixeira, Brasil – França; Isabel Martinez – Brasil – Itália; Ricardo Castanheira, MPA.
Mediação: Marcus Ligocki. 

17 de setembro

14h30, mesa: Acordos e regulamentação da coprodução
Convidados: Maria Lucrécia Cardoso, INCAA; Manoel Rangel, Ancine; Alejandro Pelayo, Cineteca México; Juan Carlos Maneglia, Paraguai; Alfredo Manevy, Spcine.
Mediação: Alfredo Manevy, Spcine.

Já o seminário irá abordar a curadoria e circuitos. Nas últimas décadas, a curadoria vem obtendo um papel cada vez mais destacado nos trânsitos entre a criação, as instituições de artes, e os espaços, oficiais ou alternativos, de circulação de obras e artistas. Num contexto histórico pós-industrial, em que a possibilidade de produção de arte é um problema relativamente superado, talvez a questão política – ética e estética – se desdobre sobre as formas e os conceitos que guiam a seleção e a valorização das obras produzidas. Em foco, o próprio ofício da curadoria. Mais do que lidar, conceitualmente, com esse problema, o seminário visa compartilhar práticas e experiências diversas de curadores e festivais que raramente se sentam lado a lado. Por isso, serão cotejadas práticas de curadoria comuns às linguagens diferentes, como a literatura, o cinema e as artes visuais. Quais são os desafios e os limites da curadoria contemporânea? Quais são os aspectos éticos e estéticos que guiam as escolhas dos curadores? Quais são as pressões e os diálogos possíveis, pela prática da curadoria, entre a arte, o mercado, a crítica, e o peculiar público contemporâneo de conteúdos culturais? Quais as formas e os espaços de interação entre os produtores culturais e as curadorias? Num instante em que a criação de circuitos volta à pauta, esse seminário pretende disseminar experiências nas quais os riscos de escolhas lançam importantes desdobramentos estéticos.

Veja a programação do seminário:

19 de setembro, 14h30

Mesa: Os lugares da curadoria
Convidados: Nicolas Azalbert, Cahiers du Cinema; Cleber Eduardo, Festival de Tiradentes; Antonio Junior, Olhar de Cinema, Curitiba; Marcela Borela, Festival Fronteiras, Goiânia.
Mediador: Pablo Gonçalo, Festival de Brasília.

O festival oferecerá ainda três masterclasses com profissionais renomados:

 

16 de setembro, 15h

MASTER CLASS DE DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA, com Walter Carvalho
Em foco, o ofício do fotógrafo, a forma de trabalho com a narrativa, as implicações no trânsito da película ao digital, além de um mapeamento do status do fotógrafo, hoje, no cinema e no audiovisual brasileiro.
Walter Carvalho – Fotógrafo e cineasta brasileiro. Herdeiro do Cinema Novo, começou ajudando como fotógrafo e, aos poucos, foi assumindo outros projetos de fotografia em cinema até se tornar também, diretor de cinema. Sua apurada fotografia cinematográfica tem a marca inconfundível do cinema brasileiro da segunda metade do século 20, assim como testemunha as transformações sociais, políticas e culturais pelas quais o Brasil tem passado nas últimas décadas. Seu currículo no cinema inclui mais de 80 obras, entre elas alguns dos principais longas que dirigiu Brincante (2014); Raul – O Início, o Fim e o Meio (2012); Budapeste (2009); Moacir Arte Bruta (2005); Cazuza – O Tempo não Para (codiretor) (2014); Lunário Perpétuo (2003); Janela da Alma (2001).

18 de setembro, 14h30

MASTER CLASS DE ROTEIRO, com Marcos Bernstein
A atividade vai tratar do ofício do roteirista, a forma de trabalho com a narrativa, a construção dos personagens e da trama, além de um mapeamento do status do roteiro, hoje, no cinema e no audiovisual brasileiro.
Marcos Bernstein – Diretor de Meu Pé de Laranja Lima (2012), baseado no best-seller internacional de José Mauro de Vasconcelos, Marcos Bernstein estreou na direção com O Outro Lado da Rua (2004). Dirigiu ainda o documentário A Era dos Campeões (2011, codireção de Cesário M Franco). Na TV, é autor de novelas na Rede Globo, como Além do Horizonte (2013), e de séries. Iniciou sua carreira com os roteiros de dois longas-metragens de destaque do diretor Walter Salles: Central do Brasil Terra Estrangeira. Em seguida, fez o roteiro do último filme de Anthony Quinn, Oriundi. Escreveu ainda Chico Xavier, que levou 3,4 milhões de espectadores aos cinemas em 2010; Faroeste Caboclo, baseado no hit da Legião Urbana e com cerca 1,6 milhão de espectadores nos cinemas do Brasil; Somos Tão Jovens, biografia de Renato Russo, dirigido por Antonio Carlos Fontoura, com cerca de 1,8 milhão de espectadores. Fez ainda o roteiro do livro Onze Minutos, de Paulo Coelho, para o estúdio americano New Line (em desenvolvimento). Na TV, é criador e escritor da série A Cura, para a TV Globo, prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de melhor série do ano na TV Brasileira 2010; e da minissérie para a TV3 da Catalunha, Descalço sobre a Terra Vermelha, vencedor de Melhor Roteiro e Melhor Filme de TV no Seoul Drama Awards de 2014. Escreveu também o episódio A Justiceira de Olinda, da série “As Brasileiras”, obtendo a maior audiência dos 18 episódios exibidos. É detentor de diversos prêmios como diretor e roteirista.

22 de setembro, 14h30

MASTER CLASS DE DIREÇÃO DE PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA, com Marcelo Torres
As etapas e procedimentos de um coordenador de produção na realização de um longa-metragem.
Marcelo Torres – Diretor de produção, começou como assistente de produção e finalização de A difícil viagem (1981), de Geraldo Moraes. Depois foi assistente de produção do diretor Pedro Jorge, em Tigipió (1984). Em 1986, atuou como coordenador de produção de No país dos tenentes, de João Batista de Andrade. Desde então, vem se dedicando a esse trabalho que acontece por trás das câmeras, seja como produtor de frente, produtor de locação até chegar a diretor de produção de diversos filmes nacionais, como Xingu (2012), de Cao Hamburger; Budapeste (2009), de Walter Carvalho; Linha de Passe (2008), de Walter Salles e Daniela Thomas; O passado (2007), de Hector Babenco; Os porralokinhas (2007), de Lui Farias; Cidade Baixa (2005), de Sérgio Machado; Cazuza – O tempo não pára (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho; Diários de motocicleta, de Walter Salles; Central do Brasil (1998), de Walter Salles, entre outros.

 

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