Canal Like exibe entrevista exclusiva de Julia e Sergio Rezende
Para comemorar o Dia dos Pais, o Canal Like (530 da Claro) vai juntar dois cineastas brasileiros renomados, que são pai e filha: Julia e Sergio Rezende. No papo online com Anne Braune, os convidados especiais relembram momentos dos dois no cinema e falam sobre a parceria na vida e nos trabalhos. A entrevista completa vai ao ar na segunda, dia 10 de agosto, às 20h.
Além deles, a produtora Mariza Leão, mãe de Julia e casada com Sergio, e a montadora Maria Rezende, também filha do casal, fazem parte do cenário cinematográfico. Se a paixão vem de berço? Julia ri ao recordar a primeira lembrança do pai como cineasta. “Eu tinha uns cinco, seis anos, mas acho que foi quando entendi um pouco o que ele fazia. Ele foi filmar na África e ficou meses longe de casa. Quando voltou, trouxe uma caixa com 100 canetas de várias cores”, conta a diretora e roteirista, que tem na bagagem longas como “Meu Passado me Condena” (1 e 2) e “De Pernas pro Ar 3”, e se prepara para lançar “Depois a Louca Sou Eu”.
Sergio também guarda grandes lembranças da filha, como a estreia de Julia nas telonas: “Foi como atriz, em uma participação no filme ‘Lamarca’”. “Primeira e única!”, brinca a convidada. Como assistente de direção, o primeiro longa que Julia fez com o pai foi “Zuzu Angel”, estrelado por Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira, entre outros. “Ela me surpreendeu. O filme tinha um elenco conhecido e a Julia tinha aquela tarefa ingrata de trazer os atores do camarim para o set. Isso é o pavor dos assistentes de direção, porque é um negócio difícil você chegar lá e falar que tem que ir filmar. E os atores começaram a elogiá-la. A Julia era uma menina e já tinha esse gosto, essa sinergia e uma maneira de se colocar diante dos outros. Ela foi pegando isso”, recorda Sergio. Outro momento marcante para ele é uma das vezes em que foram juntos ao Festival do Rio. “Enquanto diretores e equipe estavam no palco para apresentar um filme, ela comentou comigo que jamais conseguiria fazer aquilo. Que não teria coragem de subir. Passaram alguns poucos anos, e lá estava ela, no palco”, lembra Sergio, orgulhoso.
Quando Anne pergunta como os cineastas estão lidando com a quarentena, os dois revelam que estão com muitos projetos e, como sempre, trocam ideias o tempo todo. “Essa fase de escrever é muito solitária. Sou analógico, escrevo sozinho em casa. Mas é bom quando você acaba e tem uma pessoa em quem confia, que te entende. Não humanamente, mas entende em relação ao seu trabalho, sabe aquilo que você busca fazer”, comenta Sergio. Julia concorda com o pai: “É quando trocamos mais, um lê o roteiro do outro. No set, nos visitamos pouco. E, quando o filme está pronto, tem a coisa de mostrar o primeiro corte, de ouvir opinião”. Durante o tempo livre, enquanto Julia maratona séries inspiradoras para futuros projetos, Sergio prefere ver e rever filmes clássicos e não abre mão dos DVDs.