Cinemateca Brasileira exibe “Os Palhaços”, de Federico Fellini

As fronteiras entre filmes de ficção e documentários sempre foram tênues. Desde um dos primeiros documentários da história Nanook, o Esquimó (1922), de Robert Flaherty, o cinema documental utiliza ferramentas como a encenação e até a roteirização para retratar a realidade. Já a ficção sempre contou com improvisos e acidentes para tornar suas narrativas mais envolventes.

Em 1933, quando o cineasta surrealista Luís Buñuel filma o curta Terra sem Pão, a linguagem documental é usada para retratar situações e personagens inventados a fim de expor a miséria no extremo norte da província de Cáceres, na Espanha. Nasce o primeiro pseudodocumentário, ou falso documentário. A partir daí, usar a forma, as técnicas de câmera e o estilo do documentário para contar histórias ficcionais se expande para todos os gêneros, do terror à comédia.

Mockumentaries, found footage, teorias da conspiração, bastidores do rock e manuais de como ser um assassino em série… Todas essas mentiras contadas de maneira convincente em filmes que desafiam as concepções do verdadeiro e do falso.

Neste eixo, a Cinemateca Brasileira apresenta a Mostra Falsos Documentários – Como Contar uma Mentira, de 29 de setembro a 1 de outubro. Na abertura, às 20h, será exibido o filme brasileiro “Procura-se” (2008), que contará com apresentação da obra pelo diretor Rica Saito, antes da sessão. Às 21h, ocorrerá a sessão de “Isto É Spinal Tap” (1984), do americano Rob Reiner. Dia 30 de setembro, às 18h, será exibido o francês “Aconteceu Perto da sua Casa” (1992), de Rémy Belvaux, André Bonzel e Benoît Poelvoorde, e às 20h, o filme de Fellini, “Os Palhaços”, de 1970. Já no dia 1 de outubro, serão exibidos “Terra sem Pão” (1933), de Luis Buñuel, e “O Jogo da Guerra” (1966), de Peter Watkins, ambos às 18h, e, às 20h, “F for Fake: Verdades e Mentiras” (1973), de Orson Welles.

 

Mostra Falsos Documentários – Como Contar uma Mentira
Data: 29 de setembro a 1 de outubro
Local: Cinemateca Brasileira | Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes) – Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
Ingressos: gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão

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