Carolina Markowicz é a primeira brasileira a receber o Tribute Award no Festival de Toronto

Prestes a realizar no 48º Festival de Toronto (7 a 17 de setembro) a estreia mundial de “Pedágio”, seu novo longa-metragem, Carolina Markowicz também será agraciada com uma das principais honrarias do mais importante evento de cinema norte-americano, o Tribute Awards, oferecido pela Bulgari. A cineasta será a primeira brasileira da história a receber o troféu – na categoria Emerging Talent –, em cerimônia de gala marcada para o dia 10 de setembro, na qual também serão premiados nomes da grandeza de Pedro Almodóvar (Jeff Skoll Award in Impact Media) e Spike Lee (TIFF Ebert Director Award), bem como o ator Andy Lau (Special Tribute Award) e o diretor de fotografia Lukasz Zal (TIFF Variety Artisan Award). Em anos anteriores, a premiação contemplou artistas consagrados, como Anthony Hopkins, Brendan Fraser, Jessica Chastain e Joaquin Phoenix, enquanto Sally El Hosaini (“As Nadadoras”), Danis Goulet (“Night Raiders”), Tracey Deer (“A Pequena Guerreira”) e Mati Diop (“Atlantique”) estiveram entre as homenageadas na mesma categoria de Carolina em outras edições.

Além da participação no festival canadense, considerado um termômetro dos títulos que estarão na disputa do Oscar, “Pedágio” está entre os longas que serão avaliados pela comissão de seleção da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de filme internacional da premiação. O longa-metragem protagonizado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga também integra a seleção oficial do Festival de San Sebastián, na Espanha.

Produzido pela Biônica Filmes e O Som e a Fúria, coproduzido pela Globo Filmes e Paramount Pictures e distribuído pela Paris Filmes, o filme conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”. Único longa brasileiro de ficção na programação do Festival de Toronto, “Pedágio” retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, diante das incoerências e atrocidades promovidas – de forma mais explícita nos últimos anos – por alguns setores da sociedade.

O longa, que a diretora descreve como “um drama permeado por humor ácido”, participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All Access, Torino Film Lab e Berlinale Coproduction Market.

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