Ciclo de Cultura Tradicional realiza sessão de estreias de documentários de indígenas, quilombolas e caiçaras
Com o objetivo de mostrar diversas narrativas das comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras, o Ciclo de Cultura Tradicional (CCT) promove uma sessão, no dia 30 de abril, a partir das 19h, quando apresenta as estreias dos curtas-metragens produzidos pelos povos da Aldeia Filhos desta Terra, localizada em Guarulhos, do Quilombo Ivaporunduva, da cidade de Eldorado, da Aldeia Paranapuã, situada em São Vicente, e da comunidade do Bonete de Ilhabela. Para isso, os participantes realizaram oficinas de criação audiovisual e mentorias, entre março e abril, promovidas pelo CCT, uma das ações de Oficinas Culturais, Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela OS Poiesis.
O Ciclo de Cultura Tradicional oferece espaços de formação e reflexão para que comunidades, como a dos quilombolas, indígenas e caiçaras, protagonizem as próprias histórias e mostrem o olhar sobre variados temas com o suporte da linguagem do documentário. Desde 2019, o CCT reúne produtores audiovisuais para a criação de curtas-metragens que traduzem as conexões entre tradição, território, identidade, memória e futuro.
A edição de 2024 conta com a coordenação pedagógica do Vídeo nas Aldeias, projeto considerado precursor na produção audiovisual feita por indígenas, desde 1986 dedicado à formação de cineastas dos povos originários e à difusão desses filmes; e com a correalização das Prefeituras Municipais de Eldorado, Guarulhos, São Vicente e de Ilhabela.
A sessão de estreia dos curtas, chamada “Entre o visível e invisível”, será ao vivo e apresentada no canal de YouTube do Programa Oficinas Culturais, com recurso em Libras, e no dia 30 de abril, das 19h às 22h. Além da sessão, o público poderá conferir e participar do bate-papo com participação dos produtores dos documentários, dos especialistas que aplicaram as formações e de Vincent Carelli, franco-brasileiro, antropólogo, indigenista e documentarista, criador do projeto Vídeo nas Aldeias, diretor de filmes como “Adeus, Capitão” (2022) e premiado pelo Festival de Gramado, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, APCA, entre outros.
A mediação será de Antonio Filogenio de Paula Junior, membro do grupo de Batuque de Umbigada, pós-graduado em Filosofia e Ensino de Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano, e doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba.
Os quilombolas, indígenas e caiçaras, dos territórios informados, estreiam os documentários em curta-metragem após o suporte do Ciclo de Cultura Tradicional, iniciativa que conectou os participantes com a coordenação de especialistas. São eles (as): Alberto Álvares, diretor de cinema, tradutor de Guarani e da etnia Guarani Nhandewa; Danilo Candombe, videomaker e do Quilombo do Açude (Minas Gerais); Natália Tupi, produtora audiovisual, roteirista e de Parintins-AM; e Sophia Pinheiro, pesquisadora de epistemologias ameríndias, cineasta e doutora em Cinema e Audiovisual (PPGCine-UFF).