Ricardo Alves Jr. lança nos cinemas seu novo longa, “Tudo o que Você Podia Ser”
“Tudo o que Você Podia Ser” terá sessão especial gratuita em São Paulo, no dia 18, às 19h, com a presença do diretor Ricardo Alves Jr. e da protagonista do longa, Bramma Bremmer. A exibição acontece no Cine Nave, com debate após sessão. O cinema está localizado na Nave Coletiva, sede da Mídia Ninja, na Rua José Bento, 106, no bairro de Cambuci. O filme tem estreia nacional marcada para o dia 20 de junho.
A obra, que foi premiada na 25ª edição do Festival do Rio e venceu o prêmio de melhor filme do público no mais recente Festival Mix Brasil, é produzida pela Entre Filmes e Sancho&Punta e tem distribuição da Sessão Vitrine Petrobras em pelo menos 20 cidades de todo o Brasil, através do Programa Petrobras Cultural. O longa chega aos cinemas com preços reduzidos, acompanhado de debates, sessões especiais e eventos com a presença dos diretores e equipe do longa.
Gravado entre dezembro de 2021 e março de 2022, em Belo Horizonte, o filme é o trabalho mais recente de Ricardo Alves Jr., que transita na criação entre o teatro e o cinema, e que, por esse filme, ganhou o prêmio de melhor direção na sessão Novos Rumos da 25ª edição do Festival do Rio. Após os filmes “Elon Não Acredita na Morte” (2016), “Vaga Carne” (2019) e “Quem Tem Medo?” (2022), dessa vez, Ricardo convidou as atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, quatro artistas com reconhecida trajetória no teatro de Belo Horizonte, para protagonizarem um filme em que novos olhares e narrativas sobre as vidas de pessoas LGBTQIAP+ pudessem ser retratados nas telas. “Tudo o que Você Podia Ser” teve sua estreia mundial como o filme de abertura do Festival Internacional de Cinema Queer Porto, em Portugal.
No longa, o público acompanha o último dia de Aisha em Belo Horizonte, uma despedida que se desenrola na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Através das interações cotidianas entre as personagens, o filme oferece um retrato afetuoso da família que escolhemos construir por meio do valor da amizade, mesclando elementos ficcionais e documentais em seu roteiro, aproximando o público de forma sensível e intimista às histórias de cada personagem.
Temas como comunidade, HIV, afeto e sexualidade estão entre os assuntos abordados nas cenas. Alguns diálogos foram improvisados no set, partindo de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. A partir das experiências vividas por essas quatro amigas, o filme tece um retrato particular da cidade de Belo Horizonte, com cenas gravadas em diferentes bairros e regiões da cidade, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha e Santa Tereza, construindo diferentes imagens desse espaço urbano.
A música “Tudo o que Você Podia Ser”, clássico do Clube da Esquina na voz de Milton Nascimento, que dá título ao longa-metragem, foi regravada especialmente para o filme pela cantora Coral, artista baiana radicada em BH, expoente da música popular brasileira na atualidade e uma das vozes da diversidade no Brasil.