Protagonizada por mulheres negras e indígenas nordestinas, a série “Quem Ela Pensa que É?” pode ser maratonada na Cultne TV

Um mergulho profundo nas histórias de mulheres negras e indígenas nordestinas, “Quem Ela Pensa que É?” pode ser maratonada gratuitamente na Cultne TV (www.cultne.tv), a primeira plataforma de streaming totalmente dedicada à cultura negra no Brasil. Coproduzida por Kilomba Produções, Arrudeia Produções e Cultne TV, a série documental de cinco episódios teve seus lançamentos ao longo de agosto e agora pode ser assistida na íntegra. Cada episódio traz uma protagonista nordestina: de Pernambuco, a grafiteira Nathê Ferreira, a Mestra de Maracatu Joana Cavalcante e a cientista social Joyce Paixão; de Alagoas, a professora indígena Idiane Crudzá; e da Paraíba, a estilista e multiartista Dorot Ruanne, criando um retrato profundo das lutas, conquistas e criatividade dessas mulheres em seus territórios.

Dirigida pela pernambucana Natara Ney, produzida por Erika Candido e Monique Rocco, a série foi filmada nas comunidades onde as protagonistas vivem e atuam, em locações que não são apenas cenários, elas contam e fazem parte das histórias dessas mulheres, escolhas da produção e da direção que revelam a conexão das mulheres com seus territórios. A partir de Alagoas, a professora Idiane Crudzá, do povo Kariri-Xocó, defende seu modo de vida, sua língua e território, ao manter viva a tradição oral de seu povo. Em João Pessoa (PB), a série documental identifica a inovação, criação de possibilidades a partir da cultura Ballroom, da moda, e outras formas de expressão e ação de Dorot Ruanne, a travesti do fim do mundo, junto com sua comunidade.

Em diferentes territórios de Pernambuco atuam mais três lideranças. A grafiteira e educadora social Nathê, uma artista que se expande no coletivo, ao aprender, ensinar, produzir, na comunidade Colônia Z2, em Recife. Também da capital pernambucana, os tambores de maracatu ecoam através da força e liderança de Mestra Joana (PE), da comunidade do Pina, o comando por meio da arte e zelo coletivo. O cuidado compartilhado marca a trajetória de Joyce Paixão, cientista social que mobiliza a comunidade da Várzea, pela mudança social local e no país, à frente da Coordenação do Espaço Gris.

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