Kleber Mendonça Filho ganha retrospectiva de seus filmes, no Espaço Petrobras de Cinema

Antes de apresentar seu mais recente trabalho, “O Agente Secreto”, na competição oficial do 78º Festival de Cannes, o diretor Kleber Mendonça participa, em São Paulo, de um debate com o público após a exibição de dois de seus filmes: o curta-metragem “Recife Frio” e o longa “Retratos Fantasmas”, na quinta-feira, 8 de maio, às 19h30, no Espaço Petrobras de Cinema.

A homenagem ao diretor vai apresentar seis curtas – “Vinil Verde”, “A Menina do Algodão”, “Eletrodoméstica”, “Noite de Sexta, Manhã de Sábado”, “Recife Frio” e “A Copa do Mundo no Recife” – e cinco longas – “Crítico”, “O Som ao Redor” (foto), “Aquarius”, “Bacurau” e “Retratos Fantasmas”, que serão exibidos de 8 a 14 de maio, sendo uma sessão por dia, às 19h. Os ingressos para a programação dessa retrospectiva custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, Kleber Mendonça Filho tem um trabalho abrangente como crítico, programador de cinema e cineasta e roteirista. Foi responsável pelo setor de cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, durante 18 anos e escreveu como crítico de cinema para o Jornal do Commercio, em Pernambuco, e outros veículos, como a Revista Continente e Folha de São Paulo. É diretor artístico do Janela Internacional de Cinema do Recife e curador-chefe do Cinema do Instituto Moreira Salles, em São Paulo.

Como realizador, migrou do vídeo, nos anos 90, quando experimentou com ficção, documentário e videoclipes, para o digital e o 35mm na década de 2000. Seus curtas-metragens (“Enjaulado”, “A Menina do Algodão”, “Vinil Verde”, “Eletrodoméstica” e “Recife Frio”) receberam mais de 150 prêmios no Brasil e no exterior.

Seu primeiro longa-metragem é o documentário “Crítico” (2008), realizado ao longo de nove anos como fruto do seu trabalho como observador do cinema e crítico de filmes. Em 2014, realizou “A Copa do Mundo no Recife”, documentário de 15 minutos feito para o Canal SporTV e Casa de Cinema de Porto Alegre.

“O Som ao Redor” (2012) foi seu primeiro longa de ficção, exibido em mais de 100 festivais internacionais, lançado comercialmente em 14 países e vencedor de 32 prêmios. O filme foi o representante brasileiro no Oscar 2014.

“Aquarius” (2016), seu segundo longa, teve uma carreira ainda mais prestigiosa, estreando na competição do Festival de Cannes, distribuído em mais de 100 países, indicado ao César de Filme Estrangeiro e vencedor do Prêmio de Melhor Filme Internacional do Sindicato Francês da Crítica de Cinema.

Em 2018, codirigiu e coroteirizou, ao lado de Juliano Dornelles, “Bacurau”, que estreou na competição do Festival de Cannes em maio de 2019, vencedor do Prêmio do Júri. Bacurau foi também vencedor do Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro do New York Film Critics Circle e indicado ao Independent Spirit Awards como Melhor Filme Estrangeiro.

Em 2023, o filme ensaio/documentário “Retratos Fantasmas” também estreou no Festival de Cannes em sessão especial (“Special Screening”). “O Som ao Redor”, “Aquarius”, “Bacurau” e “Retratos Fantasmas” foram todos listados na prestigiosa lista de 10 Melhores do Ano do jornal The New York Times em seus respectivos anos de lançamento nos cinemas dos Estados Unidos. “O Som ao Redor”, “Aquarius”, “Bacurau” e “Retratos Fantasmas” levaram às salas de cinema brasileiras cerca de um milhão e quatrocentos mil espectadores.

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