Novo filme de Jorge Furtado, “Virgínia e Adelaide”, estreia nos cinemas
Foto © Fábio Rebelo
“Virgínia e Adelaide”, protagonizado por Gabriela Correa e Sophie Charlotte, com direção dupla assinada por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, está em cartaz nos cinemas.
O longa se constrói em torno do vínculo entre Virgínia Bicudo e Adelaide Koch. Adelaide foi uma psicanalista alemã e judia que se exilou em São Paulo durante o regime nazista. No ano seguinte, em 1937, conheceu Virgínia Bicudo, quem se tornaria sua paciente e, mais tarde, marcaria a história do Brasil, se tornando a primeira psicanalista do país. O filme foi produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, com coprodução da Globo Filmes e GloboNews, e distribuição da H2O Films.
A pesquisa para a narrativa começou em 2019, quando Jorge Furtado descobriu que a terapia psicanalítica teria sido introduzida no Brasil por uma mulher negra, Virgínia Bicudo. Depois de acessar diversos trabalhos acadêmicos e relatos da própria psicanalista, e tomar conhecimento de sua relação com a médica refugiada Adelaide Koch, Furtado convidou Yasmin Thayná para uma direção conjunta do longa.
O primeiro material de pesquisa ao qual Yasmin Thayná teve acesso foi um trabalho acadêmico de Virgínia Bicudo, publicado nos anos 40, sobre a forma como pessoas negras se percebem. Ainda que pioneira em temas que seguem atuais e relevantes, Virgínia não teve grande reconhecimento por sua contribuição na discussão sobre saúde mental da população negra.
A primeira exibição de “Virgínia e Adelaide” foi no Festival do Rio de 2024, edição em que Jorge Furtado foi o cineasta homenageado.