“3 Obás de Xangô” celebra amizade entre Jorge Amado, Caymmi e Carybé
Depois de ganhar o Grande Otelo de Melhor Longa-Metragem Documentário, “3 Obás de Xangô”, narrado por Lázaro Ramos, estreia nas salas de cinema, no dia 4 de setembro, com distribuição da Gullane+.
Com roteiro e direção de Sérgio Machado (“Arca de Noé”, “Maria e o Cangaço”), o filme mergulha na amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Os três artistas se tornaram grandes parceiros e dividiram a paixão pela Bahia, além de uma forte conexão com o candomblé. O longa é uma coprodução entre a Coqueirão, Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews, e contou com o patrocínio da Global Participações em Energia.
Em 2024, “3 Obás de Xangô” foi eleito melhor filme, pelo Júri Popular, na Mostra de Cinema de Tiradentes, além de ganhar o Redentor de Melhor Documentário no Festival do Rio e, na Mostra de São Paulo, o Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro.
O título honorífico de Obá de Xangô foi criado em 1936, por Mãe Aninha, a fundadora do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá (“Casa da Força Sustentada por Xangô”), em Salvador. O “cargo” é concedido aos chamados protetores do templo. Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé foram elevados a esse título por Mãe Senhora, terceira Iyalorixá (mãe de santo, na língua iorubá) do terreiro. Para os três amigos, a arte funcionava como meio de expressão da espiritualidade, que se aflorava através da imersão na cultura da Bahia. “3 Obás de Xangô” é uma celebração a esses grandes artistas brasileiros, cujo legado para a cultura nacional e, especialmente, para a identidade baiana, é de uma potência inesgotável.
