“O Som ao Redor” é o melhor filme do Festival do Rio

César Oiticica e Kleber Mendonça Filho, levaram os principais prêmios da Première Brasil. O Som ao Redor, primeiro longa-metragem de ficção do pernambucano Kleber Mendonça Filho venceu como Melhor Filme e Melhor Roteiro (do próprio diretor). Produzido e ambientado em Recife, o filme conta uma história envolvendo milícias e o cotidiano da classe média da Veneza americana.

Hélio Oiticica, dirigido pelo sobrinho do artista plástico, César Oiticica, foi o Melhor Documentário de longa-metragem, enquanto outro documentário longa, sobre um contemporâneo de Oiticica, deu o troféu Redentor de Melhor Diretor a Erik Rocha, por Jards. Coincidência ou não, Jards Macalé e Hélio Oiticica são tropicalistas de primeira hora e os filmes que os retratam fogem à habitual sequência de entrevistas do gênero.

Atores televisivos em personagens pouco usuais na telinha foram os vencedores nessa categoria. Leandra Leal foi escolhida a Melhor Atriz por Éden, enquanto Otávio Müller (Melhor Ator) e Alessandra Negrini (Melhor Atriz Coadjuvante) venceram por sua atuação em O Gorila. Caco Ciocler foi o Melhor Ator Coadjuvante por DisparosDisparos teve ainda os prêmios de Melhor Montagem (Pedro Bronz e Marília Moraes) e Fotografia (Gustavo Hadba). O pesquisador Antônio Venâncio recebeu homenagem especial por estar presente em quatro documentários da mostra competitiva de longas-metragens e em cinco outros que já estrearam no circuito comercial.

Veja a lista dos premiados:

Troféu Redentor

Melhor Longa-Metragem de Ficção
O SOM AO REDOR, de Kleber Mendonça Filho

Melhor Longa-Metragem Documentário
HÉLIO OITICICA,  de César Oiticica Filho

Melhor Curta-Metragem
REALEJO, de Marcus Vinicius Vasconcelos

Melhor Direção
ERYK ROCHA, por JARDS

Melhor Ator
OTÁVIO MÜLLER, por sua atuação em O GORILA

Melhor Atriz
LEANDRA LEAL, por sua atuação em ÉDEN

Melhor Atriz Coadjuvante
ALESSANDRA NEGRINI, por sua atuação em O GORILA

Melhor Ator Coadjuvante
CACO CIOCLER, por sua atuação em DISPAROS

Melhor Roteiro
KLEBER MENDONÇA FILHO, por O SOM AO REDOR

Melhor Montagem
PEDRO BRONZ E MARÍLIA MORAES  por DISPAROS

Melhor Fotografia
GUSTAVO HADBA, por DISPAROS

Prêmio Especial de Júri
ANTONIO VENÂNCIO, pelo trabalho de pesquisa nos filmes HELIO OITICICA, DOSSIÊ JANGO, SOBRAL – O HOMEM QUE NÃO TINHA PREÇO e O DIA QUE DUROU 21 ANOS, mas também pela extensa presença em documentários brasileiros recentes como PALAVRA ENCANTADA, VINICIUS, O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS, RAUL, UMA NOITE EM67, A MUSICA SEGUNDO TOM JOBIM entre muitos outros.

Júri Oficial: Lucy Barreto (produtora), Marcos Prado (produtor e diretor), Renato Falcão (diretor e cinematógrafo), Rajendra Roy (diretor do departamento de cinema do MoMA)

Novos Rumos

Melhor Longa-Metragem
SUPER NADA, de Rubens Rewald   e
A BATALHA DO PASSINHO, de Emílio Domingos

Melhor Curta-Metragem
CANÇÃO PARA MINHA IRMÃ, de Pedro Severien

Homenagem Especial do Juri para
Jair Rodrigues, em SUPER NADA
Gambá, em A BATALHA DO PASSINHO

Júri: Roberto Berliner (diretor e produtor), Eduardo Nunes (diretor) e Maria Ribeiro (atriz e diretora)

Premio Fipresci

Melhor filme da América Latina: A Beleza (Argentina)

Personalidades Latino Americanas do Ano: Lucy e Luiz Carlos Barreto

Voto popular

Os filmes escolhidos foram: A Busca, de Luciano Moura (longa ficção), Dossiê Jango, de Paulo Henrique Fontenelle (documentário longa) e Zéfiro Explícito, de Sergio Duran e Gabriela Temer (curta).

Mostra Geração

A Morte do Super Herói foi eleito o melhor filme pelo voto popular

Mais vistos

César Deve Morrer, dos irmãos Vittorio e Paolo Taviani, foi o campeão de bilheteria desta edição do Festival do Rio. Os dez mais fora: Moonrise KingdomGreat ExpectationsHoly MotorsElefante BrancoPietáNós e EuIndomável SonhadoraRub Sparks – A Namorada Perfeita Magic Mike.

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