Quentin Tarantino – Arquivos de um Fanático por Cinema
Passado 20 anos desde o lançamento de “Cães de Aluguel”, em 1992, Quentin Tarantino continua, até os dias atuais, a produzir clichês. Aquele clichê que mistura tudo o que já foi dito e feito, Tarantino tirou dos livros policiais baratos, os pulp fictions, que deu título ao seu segundo filme, vencedor da Palma de Ouro de Cannes, e desde então nunca mais a violência no cinema foi a mesma. “Pulp Fiction” virou referência da referência. Para os fãs, Tarantino é Tarantino, e só. Este livro, “Quentin Tarantino, Arquivos de um Fanático por Cinema”, de Paul A. Woods (Editora Leya), tem o status de uma biografia, escrita por um batalhão de fãs, esmiuçando sua vida, detalhando seus filmes através das influências, o começo da carreira com curtas-metragens e roteiros, até a sua fase atual, onde ele mesmo virou seu próprio clichê. Todos os seus filmes são analisados por ao menos quatro críticos. O livro relata a carreira do diretor em um almanaque que reúne fotos, entrevistas, artigos, ensaios, filmografia e textos escritos pelo próprio diretor.
Em um artigo de Peter N. Chumo, exemplifica-se esse trabalho de Tarantino afirmando que o autor realmente pretendia contar uma história batida em “Pulp Fiction”, em 1994, mas que cada uma das “histórias mais batidas do mundo” deu viradas estranhas e inesperadas, e a velha história acabou sendo reciclada em algo novo. Na verdade, este livro é um fetiche, nas gravuras e na diagramação, um verdadeiro manual ilustrado deste submundo onde Tarantino transita, e que atrai milhões de fãs.