Espacio INCAA

Os cineastas argentinos dispõem, em Buenos Aires, de espaço dedicado por inteiro à exibição de seus filmes. Trata-se de um conjunto de salas, mantido pelo INCAA (Instituto Argentino de Cinema e Artes Audiovisuais), de nome simples e claro: Espacio INCAA.

O empenho do governo em colaborar com a difusão dos filmes produzidos por argentinos e parceiros (Espanha e América Latina) é tão significativo, que o Espacio INCAA, localizado no bairro Congresso, entrou em reforma. Para não interromper a oferta de filmes – em especial as produções de maior empenho artístico, aquelas que não costumam encontrar espaços nos shoppings centers – o Instituto alugou um conjunto de salas na Calle Lavalle, no coração comercial da velha Buenos Aires.

As três salas, que pertencem ao Circuito Monumental, oferecem, provisoriamente, ao público, uma média de seis produções argentinas por semana. E não há pressa em retirar os filmes de cartaz. Os ingressos custam oito pesos (menos de três reais), a inteira.

Por que não há, no Brasil, um Espaço Ancine ou Espaço SAv-MinC, destinado à exibição exclusiva de filmes brasileiros? Por que se teme tanto a “grita” dos exibidores privados? Por que a Ancine e o MinC não se unem e transformam o Cine Belas Artes paulistano, fechado há mais de dois anos, em vitrine do cinema brasileiro? O projeto, aliás, poderia servir como modelo para futuros espaços, a serem espalhados em grandes capitais brasileiras, já que temos território e população infinitamente maiores que os argentinos.

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