Festival exibe pré-estreia do novo filme de Bertolucci

A segunda edição do BIFF – Festival Internacional de Cinema de Brasília, que acontece de 13 a 23 de junho, no Museu Nacional da República e no Cine Cultura Liberty Mall, teve mais de 220 filmes inscritos, de mais de 40 países. Destes, apenas 12 foram selecionados para a Mostra Competitiva – dez deles já confirmados. Eles irão concorrer a prêmios no valor total de R$ 100 mil.

Porém, além da mostra competitiva, o festival apresentará ainda seis mostras paralelas, pré-lançamentos de obras de nomes de peso do cinema mundial e organizará uma série de seminários que fazem uma radiografia do mercado cinematográfico mundial.

Para a mostra competitiva, estão selecionados filmes dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Chile, Itália, Senegal, Turquia, China, Nova Zelândia, Taiwan e Espanha. Como determina o regulamento do festival, são o primeiro ou no máximo terceiro filme da carreira de seus realizadores, todos inéditos no Brasil. As sessões solenes ocorrerão no Auditório I do Museu da República e as reprises no Cine Cultura Liberty Mall. Alguns diretores já confirmaram presença, como o argentino Hernán Goldfrid (de Tesis sobre un homicídio), Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori (do paraguaio 7 Cajas), Jeremy Teicher (de Tall as the baobab tree, produção Senegal/EUA), o chinês Rui Jun Li (de Fly with the crane) e Alyx Duncan (do neozelandês The Red House).

Outra novidade do festival este ano é a criação da sessão Grandes Pré-Estreias, que exibirá em primeira mão no Brasil os mais recentes filmes de Bernardo Bertolucci (Eu e Você), Marco Bellochio (A Bela que Dorme) e Sofia Coppola (Bling Ring – A Gangue de Hollywood).

O II BIFF contará também com uma ampla programação de seminários para discutir o mercado cinematográfico no mundo. Em Os mercados sul-americanos e os espaços das cinematografias nacionais, por exemplo, será possível ter um retrato detalhado do público e da produção de nossos hermanos, com dados como o total de espectadores para filmes nacionais e estrangeiros (em 2012, 3,5 milhões na Colômbia e na Argentina para produções nacionais e cerca de 40 milhões para os filmes estrangeiros), total de salas em 3D, filmes lançados, preços de ingressos etc.

A grade de seminários contempla diálogos entre continentes (Brasil e África: as possibilidades de intercâmbio e coprodução), debates sobre o papel do estado (As perspectivas do cinema e do audiovisual na América do Sul: o papel do estado e a participação da sociedade), os desafios impostos pelas novas tecnologias (O mecanismo de financiamento para a digitalização do parque exibidor, A participação dos exibidores e dos distribuidores no processo de digitalização do parque exibidor, Os desafios do mercado digital) e a produção do futuro (Os desafios dos novos realizadores no atual panorama da América do Sul).

A programação dos seminários recebe a coordenação geral de Paulo Sérgio Almeida e conta com a curadoria de José Carlos Avellar.

A mostra KRISIS vai exibir documentários da Espanha, Estados Unidos, Argentina e França. Dos EUA vem,Fatal Assistance, do premiado diretor haitiano Raoul Peck, que faz um retrato devastador das tentativas do Haiti se reerguer após o terremoto de 2010. Já Calles dela memória, da argentina Carmen Guarini, discute a transmissão da memória a partir dos atos de terrorismo praticados pela ditadura militar do país.

A mostra AMÉRICA DEL SUR oferecerá a oportunidade de o espectador tomar contato com o que se tem produzido de mais recente no cinema do continente. Trará títulos como Crónica del fin del mundo, do colombiano Maurício Cuervo Rincón, sobre a fragilidade do mundo que cada pessoa constrói em torno de si. Reverón, do venezuelano, Diego Risquez, que mostra em linguagem de ficção o romance entre o grande artista plástico venezuelano Armando Reverón e sua Juanita. Lo más bonito y mis mejores años, um road movie boliviano, assinado por Martin Boulocq, e Prometeo Deportado, de Fernando Mieles, que narra o drama de um grupo de equatorianos detidos numa sala de um aeroporto europeu à espera de serem deportados, dentre outros títulos.

Pela mostra INDEPENDENTES AMERICANOS passarão dramas e comédias como Gimme the loot, de Adam Leon; Now, forager, de Jason Cortlund e Julia Halperin; Detroit Unleaded, refilmagem de Rola Nashef de um curta de 2007; e It felt like love, de Eliza Hittman.

Para a mostra PANORAMA ÁFRICA, estão confirmados Yema, de Djamila Sahraoui, um retrato pungente da Guerra Civil na Argélia; La Pirogue, de Moussa Touré, sobre a tentativa de senegaleses de emigrar para as Ilhas Canárias; Virgem Margarida, premiado filme do moçambicano Licínio Azevedo sobre a reeducação de prostitutas em Moçambique; One man’s show, do nigeriano Newton Aduaka, sobre um ator de meia idade e seus relacionamentos familiares; e How to steel 2million, filme de ação dirigido por Charlie Vundla, da África do Sul.

Na mostra MUNDO ANIMADO, serão exibidos Komaneko – O gatinho curioso, produção japonesa de Tsuneo Goda sobre um gato que adora fazer bonecos para usar em seus filmes de animação; O Segredo de Eleonor, animação de Dominique Monféry, que conta a história do menino Nathaniel, criador de um plano para salvar os personagens dos contos de fadas; e Zarafa, produção de Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie em que o menino Maki e a girafa órfã Zarafa vivem uma grande aventura, viajando das areias do Sudão até as luzes de Paris.

 

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