CineOP abre inscrições gratuitas para oficinas e workshop internacional

A 14a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, a ser realizada de 5 a 10 de junho, único no circuito de mostras e festivais audiovisuais a tratar cinema como patrimônio e estruturar sua programação em três temáticas – preservação, história e educação –, tem como um dos pilares investir na formação com a oferta de um programa de capacitação.

Para esta edição, o evento promove três oficinas e um workshop internacional. Os interessados têm até 30 de maio (quinta-feira) para se inscrever pelo site oficial do evento (www.cineop.com.br), escolhendo uma entre as seguintes modalidades: as oficinas “Introdução à direção em cinema – A construção da mise en scène”, “A invenção do documentário e o documentário de invenção” e “Oficina de séries para TV: humor e drama” ou o workshop internacional “Cinematecas regionais – o exemplo da Cinémathèque de Bretagne”.

São oferecidas 150 vagas, e é permitida apenas uma inscrição por pessoa. Se o número de inscrições por oficina ultrapassar o número de vagas oferecidas, a seleção será feita conforme critérios definidos pela comissão organizadora do evento. Os cursos são gratuitos e acontecem no Centro de Artes e Convenções da UFOP, na cidade de Ouro Preto (MG), a 90 km de Belo Horizonte, durante a realização da 14ª CineOP.

A primeira oficina será “A invenção do documentário e o documentário de invenção”, com o cineasta e pesquisador Joel Pizzini. Nesta opção, serão oferecidas 45 vagas para maiores de 18 anos e realização entre os dias 7 e 9 de junho. O objetivo da capacitação será proporcionar uma imersão criativa e histórica na linguagem do chamado Cinema Documentário, seus limites e possibilidades, através de suas vertentes contemporâneas: o filme-ensaio, o cinema de não-ficção, de autoficção e outras expressões autorais utilizando recursos como exercícios e exibição de trechos emblemáticos de filmes seminais no gênero.

Nos dias 8 e 9 de junho, o cineasta Eduardo Aguilar será responsável pela oficina “Introdução à direção em cinema – a construção da mise’en’scène”, com a oferta de 35 vagas, e ensinará a estabelecer um diálogo aberto sobre quais procedimentos devem ser levados em consideração na construção da mise en scène, munindo o participante da oficina de elementos capazes de lhe aguçar o senso crítico, e poder desenvolver com maior domínio um trabalho de direção. O curso será dividido nos seguintes módulos: “O que é direção em cinema”, “Subvertendo a falta de condições + composição de enquadramento” e “Movimentação do ator e/ou atores no enquadramento”.

Nas mesmas datas, a roteirista Renata Corrêa ministrará a “Oficina de séries para TV: Humor e Drama”, abarcando assim um grande nicho de produção atual. Serão oferecidas 20 vagas. A capacitação oferecerá instrumentos para que roteiristas iniciantes escrevam seu piloto, montem um projeto de apresentação para os players do mercado e façam seu primeiro pitching. Serão apresentadas estruturas narrativas e gêneros audiovisuais; pontos relevantes da dramaturgia: tema; espaço; abordagem; adequação do tema ao formato; construção de personagem; e sugestões de exercícios para a redação do segundo tratamento da obra apresentada. Na segunda etapa, serão analisadas cenas de produtos audiovisuais e, na terceira e última, será construído um projeto coletivo.

A contribuição internacional virá do workshop “Cinematecas regionais – o exemplo da Cinémathèque de Bretagne”, com Cécile Petit-Vallaud, no dia 9 de junho. Diretora executiva da Cinemateca da Bretanha desde 2015, Cécile Petit-Vallaud foi responsável por coproduções internacionais na Ile-de-France Film Commission (região de Paris) durante 12 anos, após várias colaborações para a TF1, SeptembreProductions, UGC e MK2.

Criada em 1986 a Cinémathèque de Bretagne possui um dos acervos regionais mais importantes da França, em particular de filmes amadores realizados na Bretanha e/ou por bretões. A proposta deste workshop é abordar a particularidade e a importância das estruturas regionais de conservação e valorização do patrimônio audiovisual na França, entendendo quais os desafios e caminhos para a efetivação e consolidação deste trabalho, o que pode se destacar de ações e exemplos para estimular iniciativas semelhantes no Brasil.

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