Testemunhas da história resgatam a Era Vargas e seu legado em série inédita do Canal Brasil
Foto © Arquivo Nacional
Entre os dias 4 e 18 de novembro, sempre às 18h, o Canal Brasil exibe a série inédita “Os Herdeiros de Vargas”, dirigida por Yacy Nunes, Daniel Zarvos e Guilherme de Azevedo Melo. Os 13 episódios, de cerca de 30 minutos cada, percorrem a história brasileira desde a Era Vargas até o final dos anos 1980, período da reconstrução democrática no país. A produção marca os 70 anos da morte de Getúlio Vargas (1882-1954) e conta com entrevistas de personalidades que vivenciaram os contextos da época, incluindo estudiosos, jornalistas, políticos e artistas.
O primeiro episódio mostra a comoção popular após a morte de Vargas. O segundo retorna para a Revolução de 30, uma revolta da classe média representada pelos tenentes em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. O terceiro episódio acompanha o momento em que o regime autoritário no país torna-se mais forte e provoca a deposição de Vargas, então presidente. Ele se exila em São Borjas, no Rio Grande do Sul, sua terra natal, onde se aproxima de João Goulart, o Jango, presidente do Brasil nos últimos quatro anos anteriores ao golpe militar.
O quarto episódio contextualiza o início dos anos 1950 com a nova campanha de Vargas para a presidência, junto à união de trabalhistas e ruralistas. O quinto e sexto apresentam os reajustes econômicos feitos por Vargas, além da oposição de Carlos Lacerda a seu segundo governo e mostram os últimos momentos de Vargas e as decisões políticas após seu falecimento.
Os episódios seguintes destacam o crescimento da Rede da Legalidade no país, que denunciava golpistas e convocava o povo brasileiro a defender a Constituição a partir de pressão popular, discutem sobre a trama e a véspera do golpe militar de 1964. Também contextualizam os anos 1968 no Brasil e no mundo por meio das repercussões da promulgação do Ato Institucional nº 5 no país e retratam a abertura política no Brasil a partir de movimentos de reconstrução democrática como o dos estudantes, a Anistia Internacional – responsável pela produção dos primeiros relatórios globais sobre tortura durante a ditadura militar no Brasil – e as Diretas Já, de cunho popular, para voltar com as eleições para presidente da República.