CCBB SP apresenta a mostra Mulheres Mágicas: reinvenções da bruxa no cinema

Foto: “Orlando, minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado

Com o intuito de investigar a maneira que a figura da bruxa foi construída ao longo da história do cinema, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta a 2ª edição da mostra Mulheres Mágicas: reinvenções da bruxa no cinema. A nova edição do evento acontece entre os dias 6 de abril e 5 de maio e conta com 28 filmes, debates com especialistas e uma oficina gratuita. Os ingressos serão vendidos a preços populares.

Com curadoria de Carla Italiano, Juliana Gusman e Tatiana Mitre, a programação passa por diferentes gêneros, entre ficção, documentário, experimental e performance de países, como Alemanha, França, México, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos, Brasil e outros. Os filmes estão agrupados em dois eixos temáticos:  “A bruxa através dos tempos: imagens clássicas” e “Bruxas contemporâneas: corpos indomáveis, saberes ancestrais”. O primeiro revisita o imaginário clássico das bruxas, enquanto o segundo apresenta reinvenções contemporâneas, com destaque para obras de cineastas mulheres e perspectivas feministas.

O primeiro eixo da programação conta com títulos como “A Paixão de Joana D’Arc” (1928), um dos principais filmes do cinema mudo, “Casei-me com uma Feiticeira” (1942), do renomado diretor René Clair, e “A Bruxa” (2015), que se destacou em várias premiações independentes. A intenção desse segmento é mostrar os tropos que formaram o arquétipo da bruxa no cinema. Por sua vez, o segundo eixo busca reunir filmes que expandem a ideia de mulheres mágicas e apresentam perspectivas críticas. Entre eles estão os longas “Retrato de uma Jovem em Chamas” (2019), vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes, e “Orlando, minha Biografia Política”, adaptação de uma das obras mais conceituadas da escritora inglesa Virginia Woolf. Durante as quatro semanas, haverá ainda sessões de filmes infantis, como o clássico “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), “O Serviço de Entregas da Kiki” (1989) e “Malévola” (2014).

A Sessão de Abertura acontece no dia 06/04, às 16h, com a exibição de “A Praga” (2021), filme póstumo de José Mojica Marins, o lendário Zé do Caixão, um dos maiores nomes do horror brasileiro de todos os tempos. Este filme havia sido dado como perdido até que parte dos seus negativos foi localizada. A sessão do filme é acompanhada do curta-documentário “A Última Praga de Mojica”, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira, que esmiúça os processos de criação do último longa de Mojica, e de um debate após a sessão, com a crítica Júlia Noá e com mediação da curadora Carla Italiano.

Durante o evento também serão realizados mais dois debates e uma oficina gratuita, todos presenciais. No dia 18/04, haverá a mesa redonda “Reencantando o mundo”, conduzida por Glênis Cardoso, Sophia Pinheiro e Mariana Queen Nwabasili, com mediação de Juliana Gusman, e no dia 25/04, a curadora Tatiana Mitre falará sobre os filmes “A Fada do Repolho”, de Alice Guy (1896/1900), e “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937).

Já a oficina, intitulada “Perambulando nas sombras encantadoras: segredos da bruxaria no cinema de horror contemporâneo”, será ministrada pela estudiosa Laura Cánepa e acontecerá em 20/04, às 14h. As inscrições devem ser realizadas previamente em bb.com.br/cultura.

A 2ª edição da mostra Mulheres Mágicas também contará com uma programação online, disponível para todo Brasil, de 26 de abril a 5 de maio, com os filmes “Rami Rami Kirani”, de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira Huni Kuin (2024) e “Para Sempre condenadas”, de Su Friedrich (1987), disponível gratuitamente no site www.mulheresmagicas.com.

 

Mostra Mulheres Mágicas: reinvenções da bruxa no cinema
Data:
6 de abril a 5 de maio
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP – (11) 4297-0600
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras
Ingressos: R$10 inteira / R$5 meia, disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP
Classificação indicativa: de livre a 16 anos

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